1 de outubro de 2009

Dois clubes fundados na década de 30

Saltense
A Associação Atlética Saltense, apelidada Gloriosa, foi fundada em 29 de março de 1936, sendo fruto da fusão de três outras agremiações existentes em Salto: Ypiranga Futebol Clube (fundado em 1927), Atlético Clube Corinthians (1928) e São Paulo Futebol Clube (1934). Essas três equipes passavam dificuldades técnicas e financeiras, o que motivou a união de forças. Do Corinthians F.C., por exemplo, a Saltense herdou o campo da Rua Itapiru, que então pertencia ao italiano Hilário Ferrari, sendo adquirido pelo clube apenas em 1951. A primeira diretoria da Saltense era composta por Benedito Silveira, João Baptista Ferrari, Vicente Scivittaro, Luiz Milanez, Emílio Cherighini e Rodolpho Nardelli. A fotografia de seu quadro inicial de jogadores vem a seguir. São eles: Quenca, Américo, Rei, Aníbal, Nelo Mugnai, Mazetto, Gominho, Joãozinho Garcia, Taragim, Sebastião Fiúza e Silvino Correa de Moraes (com a bola).


As primeiras conquistas da Saltense se deram em âmbito local e regional, como clube amador, sendo os anos de 1943, 1944, 1945, 1948, 1950 e 1951 particularmente recheados de conquistas. Em 1953 o clube ingressou no profissionalismo, conquistando em 1958 o vice-campeonato da Terceira Divisão da Federação Paulista de Futebol, obtendo a promoção à Segunda Divisão. Nessa primeira fase de 11 anos no futebol profissional, a Saltense esteve por 6 anos na Segunda Divisão e 5 na Terceira. Em 1965 a Gloriosa abandonou o profissionalismo, participando apenas de competições amadoras durante nove anos seguidos. Isso ocorreu em virtude da prioridade dada, em termos administrativos, ao aumento do patrimônio do clube. As piscinas e arquibancadas cobertas são obras dessa época. O retorno ao profissionalismo ocorreu em 1976. Nele, a Saltense permaneceu até 1993, embora licenciada em 1989 e 1991. Em 1994 afastou-se novamente. Breve participação do clube nas divisões profissionais inferiores ocorreu nos últimos anos, retornando recentemente ao amadorismo.

Guarani
O Guarani Saltense Atlético Clube tem sua origem numa reunião de uns poucos rapazes em frente à casa que hoje leva o número 499, situada à Rua José Revel, na Vila Operária Brasital. Esses elementos decidiram levar adiante a idéia de reunir, além deles, outros que vinham jogando em campos improvisados dispersos pela cidade. Os cinco idealistas eram os irmãos Mozart e Esmael de Carvalho, José Ribeiro (Zito), Luiz Zuim (Chita) e Benedito Pereira Garcia. Em conjunto e de improviso, de imediato listaram os nomes dos possíveis 22 jogadores a serem convidados a fazer parte daquela nova agremiação. No dia seguinte, Mozart trouxe ao conhecimento do grupo inicial a sua idéia de se batizar o clube de Guarani, dada a intenção que tinha em homenagear o compositor natural da cidade de Campinas, Carlos Gomes, cuja principal obra leva esse nome.

Os nomes de José Merlin, comerciante na Vila Teixeira, Ernesto Perazzo e Eloy Rigolin, estão ligados aos primeiros anos de administração do clube. Seguidas transferências de sede marcaram as três primeiras décadas após a fundação. A fixação da sede no local onde hoje se encontra, ao lado do que era sua praça esportiva, vendida e transformada em supermercado há poucos anos, ocorreu apenas em 1966. Essa mesma praça, como estádio improvisado – batizado como Juquiá, foi palco de diversas conquistas na década de 1940, época da foto a seguir, datada de 1945. Ao final dessa década, foi inaugurado equipado e nomeado Estádio Luiz Dias da Silva, rebatizado posteriormente como Estádio João de Arruda. Em termos futebolísticos, o primeiro feito significativo do Guarani foi a conquista de uma competição estadual em 1947, após ter sido oficializado perante a Federação Paulista. Dois anos depois se sagrou campeão da cidade de Salto, em cujo âmbito obteve considerável destaque nos anos 1970, conquistando seis títulos locais.

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Ouça o hino da cidade, "Salto Canção", na gravação de 1966