30 de janeiro de 2009

A vila da Barra

A vila da Barra – um conjunto de 30 casas para operários construídas pela antecessora da indústria têxtil Brasital S/A, a Società per l'Esportazione e per l'Industria Italo-Americana, entre os anos de 1911 e 1912, é o mais antigo dos conjuntos de casas para operários construídos em Salto ao longo da primeira metade do século XX. Outros conjuntos foram a vila operária Brasital (situada no quadrilátero formado pelas ruas Rio Branco, Itapiru, 9 de Julho e Avenida D. Pedro II) e as casas de Porto Góes, situada nas proximidades da fábrica de Papel, para atender aos funcionários desta.

A Barra constitui um dos primeiros núcleos do gênero no estado de São Paulo. As casas estão localizadas às margens dos rios Jundiaí e Tietê, mais especificamente no cotovelo formado pela confluência das águas. O nome barra é sinonímia de margem [do rio]. Costuma-se dizer que há duas barras: a do Jundiaí e do Tietê. O conjunto mais antigo e significativo foi construído com as fachadas voltadas, em sua maior parte, para a barra do rio Jundiaí. As casas da barra do Tietê, num total de oito, mas em outro padrão, são posteriores (1945-1946). Diz a memória popular saltense que a relação com a fábrica era muito estreita, já que das casas era possível ouvir o apito da fábrica, distante apenas alguns quarteirões, que era tocado minutos antes do horário de entrada – tempo suficiente para que os operários saíssem das referidas casas e caminhassem rumo a tecelagem.

Casas da Barra do rio Jundiaí, 1912.

Casas da Barra do rio Tietê, construídas na década de 1940. Foto de 1983.

Barra do rio Jundiaí em 1940, já com o escorregador do Clube de Regatas Saltense, fundado em 1936.

Rio Jundiaí, em seu último trecho, antes de desaguar no Tietê: enchente de 1983.

O contraste de duas épocas: 1983 x 2008.


26 de janeiro de 2009

Os rios da minha terra

Poema de Mario Dotta

Alma dos seres brutos, sinfonia
De rudes sons alçando o infinito,
Na cadência de grave melodia,
Em acordes de água e de granito.

Cedo aprendi a ouvir teus lamentos,
Os queixumes de estranha litania,
Essa reza feral dos elementos,
Esse grito pungente de agonia.

E me acompanhas, onde quer que esteja,
Em recolhimento, só, instrospectivo,
Reboando na pedra que poreja
Teu lamento incessante, aflitivo.

Antes, tuas águas claras, majestosas,
Polindo a rocha dura, submersa,
Rendilhada de espumas cor de rosa,
Arco-íris de bruma, luz dispersa.

Quando as cheias vinham, bem depressa,
Corria a ver o salto, rude e forte,
Em meus olhos guardei a imagem dessa
Incoercível força - vida e morte!

Tu agora rastejas, já sem viço,
Não rebrilhas ao sol, nem inspiras verso,
Tens o dorso de lama movediço
E em teu ventre, a escória do universo!

Alma dos seres brutos, eu pressinto
Esse lento pulsar de tua agonia,
No teu grito de angústia quase extinto,
Débil sopro de antiga melodia...

Quando, antes, à alva luzidia,
Em teu seio tormentoso refletindo
O céu azul na água que corria,
Como se a vida ali estivesse rindo.

Fitando o rio de águas fugidias,
Deixei fugir com ele a mocidade.
Correu o rio veloz, passei meus dias,
Só não deixei passar minha saudade.

Veio o progresso, a máquina, o detrito,
Titãs cruéis em fúria, conturbados,
Passou o tempo, não ouvi o grito
Desses dois rios morrendo envenenados!

Mudou tudo. Mudei, e lembro quando
Mil cardumes prateando a flor das águas
Refulgente nas ondas, se arrojando,
Nos alcantis, nas rochas e nas fragas.

Não vi o taperá fugir saudoso,
Nem da andorinha o pipilar ausente,
Só o silêncio de um rio moroso,
Morrendo envenenado lentamente!

Nem mais, além do salto, sobre a pedra,
Na haste em que fina e trêmula se apruma,
Esplender a flor vermelha que aí medra,
Vergastada de borrifos e de bruma.

Como era belo o salto, o coretinho,
Onde acorria o povo a ver o rio,
A piracema farta, o burburinho,
A teleférica suspensa a um fio.

Evoco à noite, o rio escachoando,
Ladainhas soturnas a rezar
Pela alma dos mortos e os levando
Em cortejo sinistro para o mar!

Velho rio, em cujo leito outrora,
Cavalgaram heróis, como Bartolomeu,
O que resta de tua pujança, agora?
Envelheceste tu ou envelheci eu?

23 de janeiro de 2009

A doação do Sítio Cachoeira

Segue, na grafia original, o documento do ano de 1700 que trata da doação do Sítio Cachoeira, núcleo de origem de Salto, por Antonio Vieira Tavares e sua mulher, Maria Leite. As medidas citadas no texto, as léguas de sesmaria, perfaziam 6600 metros lineares. Sendo assim, a área doada corresponderia a 2.178.000 metros quadrados, o mesmo que 90 alqueires paulistas. Do documento abaixo é interessante destacar que sua escrita ocorreu na própria casa de Tavares, cuja exata localização talvez permaneça para sempre desconhecida. É interessante também uma das condições da doação: a obrigação de se “mandar dizer uma missa ao mês pela alma dos doadores”, já que a doação só se consumaria com o falecimento de ambos, marido e mulher. Maria Leite faleceu em 1704 e Tavares – que se casou ainda uma segunda vez – em 1712.

Escriptura de doação a Capella de nossa Senhora do Monserrate

Saibão quantos este publico instrumento de doação entre marido e molher, Antonio Vieyra Tavares e Maria Leite, virem que no ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil esete centos annos, nesta Villa de Nossa Senhora da Candellaria de Itú-Guassú, Capitania de São Vicente, partes do Brazil, etc. n'esta dita Villa aos onze dias do mez de Dezembro do dito anno em posadas e moradas do dito Antonio Vieyra Tavares, onde eu publico Taballião eleito pelo Senado desta Villa, em falta, e impedimento do Capitão Francisco de Barros Freire fui chamado, e sendo lá me appareceram odito Antonio Vieira Tavares e bem assim sua molher Maria Leite, epor elles ambos juntos mefoi dito a mim tabalião abaixo assinado, que elles ambos juntos faziam a doação da Capella de Nossa Senhora do Monteserrate, sita no Sitio delles doadores, o dito sitio com todas terras que possuem por duas Escrituras de carta de data Sismaria e confirmação que começa na barra do Rio, e Jundiahy acima do Salto correndo Rio abaixo me ia legoa da testada, e de sertão húa legoa, donde acaba ameia legoa dahi para baixo quinhentos e cincoenta braças de testada de que tem escriptura, e de sertão athé sair aos campos tudo pertencente ao dito Sitio, e todo ogado que se achar por fallecimento de ambos, etodas as pessoas de gentios da terra, e escravos que se acharem, e as casas de moradas delles ditos escravos que se acharem, e as casa de moradas delles ditos doadores sitas nesta dita Villa, as que são de dous lanços com seus corredores, e quintal etudo o mais que se achar por fallecimento de ambos, excepto dinheiro, ouro, prata emais fardas,como cavallos, espingardas, roupa branca; para maior clareza ficam exceptuadas todas as esmollas, que cada hum dos ditos doador deixarem, e mandos que em testamentos codicillos mandarem. e toda esta dita doação disseram eles doadores que faziam por morte e fallecimento de ambos; e que enquantos a vida de hum, ede outro lograrião todos os usos e frutos da dita doação; eque por morte e fallecimento de hum lograria o outro que ficasse; e falecendo o derradeiro ficaria a dita doação a Capella de Nossa Senhora do Montserrat, e ficaria com poder de nomear administrador a dita Capella, os quaes admnistradores ficarão com obrigações de mandar dizer húa missa cada mez pela alma dos ditos doadores, e serão obrigados a fazer a festa do dia do orago da dita Capella, e tambem disserão elles doadores, que era vontade de ambos se conservasse a dita Capella para sempre no mesmo logar a paragem em que está sita, com todos os bens pertencentes a dita Capella, conforme o thêor da dita obrigação digo doação; e desta sorte disseram elles doadoresera sua vontade, q se nesta escriptura de doação faltassem algumas clauzulas, o solemnidades emdireito necessarios os havião aqui por postas ezpressas, e declaradas, como se de cada huma dellas sefisesse clara, edistinta menção; em fé e testemunho de verdade assim o mandarão lhe fizesse esta Escriptura de doação neste livro de notas; estanto presente por testemunhas Antonio Bicudo Leme, Cosme de Sylva Gil, João Pires, moradores desta Villa, pessoas de mim Tabaleião reconhecidas e mandarão dar os traslados necessarios e as ditas testemunhas assignarão com os ditos doadores; epela doadora Maria Leite não se saber assignar pedio a mim Taballião por ela assignasse.

Eu, Antonio Machado do Passo Tabalião por comissão a escrevi.”

“Declaro e certifico que o dito traslado de escriptura tirei bem e fielmente do traslado da escriptura de doação, que anda em papel avulso efica em poder do dito Administrador Braz Carvalho Paes; Em fé doque me assignoaqui: Ovigario Miguel Dias Ferreira: A pessoa, que por hora serve d'Administrador da dita Capella com obrigação de ornalla hé o dito Capitão Braz Carvalho Paes por nomeação de seu irmão Capitão Manoel Antunes de Carvalho auzente, oqual hé olegitimo ad'ministrador da dita Capella, por ser ofilho mais velho dos doadores e fundadores. Tem a obrigação de mandar dizer húa missa cada mez pela alma dos ditos doadores, efazer afestado dia do Orago da dita Capella.”


Assinatura de Antônio Vieira Tavares

(Fonte: 2º livro-tombo da Matriz de Itu. Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo. Arm. 2, Prat. 3, nº 24, folha 15v. "Escriptura de doação a Capella de nossa Senhora do Monserrate". Citado em: CASTELLARI, Luiz. História de Salto. Gráfica Taperá, 1971, pp. 26-28.)

16 de janeiro de 2009

José Dias da Silva

Um nome que se esquece de mencionar entre os que deixaram escritos sobre o passado local é o de José Dias da Silva. Nos primeiros números do periódico saltense O Liberal, por exemplo, ele colaborava com a coluna “Salto, cidade poesia”. Sobre o espaço que hoje leva o nome de Complexo Cachoeira, José Dias, num de seus textos semanais, faz uma digressão e veicula uma opinião que, de certa forma, conduziu os trabalhos da atual administração da cidade: “Salto tem um jardim público que jamais deverá ficar abandonado, pois é a sua sala de visita; deve orgulhar-se de tê-lo aí, à margem do portentoso Tietê, em frente a sua formosa cascata. Melhor lugar não poderia encontrar aquele que teve a feliz idéia de aplicar uma verba da municipalidade para a sua construção. É o verso mais bonito da Cidade-Poesia, tal o panorama que ele nos apresenta” (O Liberal, n. 28, 19/03/1950). Foi a leitura desse excerto que me despertou para os textos seguintes desse saltense.

A maioria de suas colunas tem caráter memorialístico. Algumas abordam a atmosfera saltense do início do século XX, descrevendo cenas típicas também em outras localidades: “Cenas interessantes se passavam na cidade. De manhã cedo, [via-se] os cabreiros conduzindo dúzia ou mais de cabras, ligadas por amarrilhos de uma em uma e assim todas, com sinetas dependuradas em seus pescoços, chamando a freguesia para a compra de leite tirado na hora”. Lembra-se, ainda, da “leva de porcos que passava pela rua principal da cidade, em direção ao matadouro municipal” (23/04/1950).

Ao tratar de lendas e superstições locais, José Dias menciona que “na pedra alta [hoje Memorial do Rio Tietê], certa vez apareceu um fantasma que, à noite, acenava com um lenço branco aos caminhantes que por ali passavam” e, também, que “cavaleiros que à noitinha regressavam a seus sítios, alongavam o caminho contornando atalhos, só para não passarem perto do cemitério, pois aí arrepiavam-se-lhes os ossos e eriçavam-se-lhes os cabelos, e diziam: até o cavalo se estacava e não queria prosseguir a viagem” (30/04/1950).

José Dias lista ainda alguns tipos populares do passado ou que ainda viviam em 1950: “Salto, como todas as cidades, mormente os pequenos municípios onde se torna mais fácil a popularidade, teve e ainda tem os seus tipos clássicos populares: os seus Xuxos, os seus Taragins, os seus Joãos-perna-de-pau, os seus Saladinos, os seus Zé Batatão, etc.”. Em seguida, descreve cada um deles, como “Taragim, um mulato, cujo estado normal era o de embriaguês, [que] fazia esparramos com os garotos que o molestavam”, e João – o perna de pau – que “puxando com sacrifício a sua perna direita que fora amputada e substituída por um aparelho de madeira, fazia carretos, empurrando uma carrocinha de mão que fora produto de uma subscrição popular. Morreu afogado no rio Jundiaí”.

Dentro dessa temática, há menção a um caso ocorrido com Benedito, o come-fogo: “Era um pardo que morava em Itu e estava sempre em Salto. Exercia a profissão de pintor e gostava bastante da cachaça. Certa ocasião, estando a pintar uma porta a óleo, sentado nos degraus de uma escada, pesou-lhe a cabeça pelo excesso de álcool e o que lhe aconteceu? Quando procurado para a janta, foi encontrado dormindo, com a cabeça presa na porta. O óleo já estava quase seco e foi preciso tosar-lhe os cabelos encarapinhados para tirá-lo daquela situação difícil. É de se imaginar quantas horas teria ele ficado ali sem se aperceber do acontecido” (30/04/1950). Entre os tipos que destaca, apenas uma mulher é citada. José Dias assim escreveu: “Maior popularidade teve uma preta gorda, de idade já avançada, conhecida por Ana, a louca – que não fazia mal a ninguém. A sua mania era invadir as residências alheias e ir ao fundo dos quintais à cata de frutos caídos ao chão que os saboreava mesmo apodrecidos. Saía depois, conforme entrava: sem pedir licença e sem proferir qualquer palavra. É falecida e ao que soubemos o seu enterro foi um dos que maior acompanhamento teve na cidade. Foi uma consagração do povo que muito a estimava” (30/04/1950).

8 de janeiro de 2009

Outras notas sobre o passado local

Chegou-me às mãos, nos últimos dias de 2008, uma xerocópia de um livreto publicado em 2001 pela Ottoni Editora, de Itu. Trata-se de Pesquisa de Salto, de autoria de Eduardo Castellari. Segundo contato que fiz com a editora, tal livro foi distribuído pelo próprio autor, não existindo nenhum exemplar à venda. Na nota de agradecimento, Castellari cumprimenta a todos os cidadãos saltenses que cooperaram com “histórias e causos”. Assim sendo, imagina-se que o autor, nas páginas seguintes, concatenará escritos com uma pretensa seriedade e outros não tão comprometidos: os mais interessantes, todavia. Tal publicação não era de meu conhecimento até então.

O primeiro dos tópicos trata do “maestro Henrique Castellari”, pai do autor. Embora a veia musical seja a escolhida para dar relevo ao nome, Eduardo menciona a vinda do imigrante italiano para Salto, ainda criança, e fala também de seu primeiro ofício: acendedor dos poucos lampiões a gás que existiam na então vila do Salto. E destaca, ainda, o esforço de Henrique, tido por engenheiro civil autodidata. No início do capítulo seguinte, “O boi Chibarro”, Eduardo justifica a abordagem de temas aparentemente irrelevantes: “há ocasiões em nossas vidas em que, sem uma razão muito lógica, certas lembranças voltam à baila e ficam martelando em nossa memória. Foi o que aconteceu comigo. De repente, sem saber bem porque, lá estava eu lembrando, ou tentando lembrar, de fatos ocorridos com o Boi Chibarro”. Alguns parágrafos adiante, ele menciona seu objetivo ao empreender breve pesquisa sobre uma lembrança dos tempos de sua infância: “perpetuar a lembrança do Boi Chibarro e seus toureiros que passaram a fazer parte da história de Salto”. Contudo, creio que o maior valor desse breve trabalho resida não na eleição do tema, mas na forma escolhida para abordá-lo. Afirma o autor: “na transcrição dos depoimentos (...) procurei manter a singeleza das narrativas, suas espontaneidades e seu sabor local”.

Em “Estórias de lobisomens”, a cidade de Salto em 1920 é vista como um cenário onde “a crendice é muito forte”. Com cerca de 5 mil habitantes, era um local onde “tudo ocorria monotonamente, sem muitas novidades”. A rotina era pacata e sem muitas opções de lazer. Afora a reza, durante a semana, depois do trabalho, “ficava-se em casa conversando e contando ‘causos’ e, é lógico, sempre apareciam as estórias de lobisomens”. Estavam determinadas, portanto, as “condições para que muito se falasse” sobre o assunto. No tópico, algumas informações e causos sobre esse tema são colhidos por Castellari junto a antigos moradores, como este: Numa fazenda, uma família de imigrantes italianos trabalhava duro de sol a sol. Num determinado dia decidiram ir trabalhar no galpão até mais tarde para preparar a colheita do dia seguinte. Apenas um dos membros da família – um jovem – não quis ir. Era noite de lua cheia. No caminho para o galpão apareceu um cachorrinho acompanhando-os. Ele foi enxotado, mas se recusava a fugir. Então, um homem do grupo deu uma varada nas costas do cachorrinho, que saiu correndo e uivando e sumiu no mato. No dia seguinte, o jovem que não foi trabalhar apareceu com um enorme vergão de varada nas costas e disse: “Olha o que vocês fizeram comigo ontem à noite”.

Castellari, ao falar de uma frondosa figueira que “localizava-se na confluência da Rua de Campinas (hoje 9 de Julho) com a Rua Atrás do Céu (hoje Avenida Dom Pedro II), no quarteirão onde hoje está o prédio da Associação Comercial”, recorda que “toda essa área era (...) ocupada por um imenso cafezal, ou o que restava dele: tudo velho e abandonado depois de queimado pela grande geada de 1918”, e servia a alguns habitantes que de lá tiravam lenha para seus fogões. Para retratar o quando deserta era a região naquela época, que em 1925 veria o início da construção das casas da Vila Brasital, o autor é minucioso: “para se ter uma idéia, da figueira até o cemitério velho [hoje Praça XV de Novembro], na Vila Teixeira, pela atual Avenida Dom Pedro II, existia apenas a casa do sr. Pollo e, próximo à rua que descia em direção à igreja, mais umas oito ou nove casas (...). Também para os lados da antiga cadeira [hoje Fórum] e Grupo Escolar [hoje E. E. Tancredo do Amaral], apenas duas ou três casas velhas.”

Ouça o hino da cidade, "Salto Canção", na gravação de 1966