tag:blogger.com,1999:blog-24901123278167039262024-03-13T02:34:27.795-03:00História de Salto/SPTextos de Elton Frias ZanoniEltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.comBlogger161125tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-81343770445151462492023-09-03T08:00:00.004-03:002023-09-03T08:00:59.880-03:00Hino à Senhora das Neves<p style="text-align: justify;">O CULTO A NOSSA SENHORA DAS NEVES - Uma família de imigrantes, contam os antigos moradores do bairro rural do Buru, em Salto, trouxe da Itália uma pequena imagem de Nossa Senhora das Neves, propagando o culto sob essa invocação. Foi então que os habitantes dos arredores passaram a se reunir para rezar o terço, desde a época do padre Bartholomeu Taddei. Já naqueles tempos, no mês de agosto, promoviam-se novenas que eram encerradas com a procissão da imagem venerada.</p><p style="text-align: justify;">ZEQUINHA MARQUES - O maestro José Maria Marques de Oliveira - popularmente conhecido como Zequinha Marques - nasceu em Salto em 1893, onde faleceu em 1981. Estudou nas escolas isoladas de Salto. Alfaiate, viveu muito mais para a música. Já em 1904 aprendeu a tocar bandolim. Dez anos depois era professor de música. Em 1916, tocava baixo na “Banda Brasileira”, mas em 1918 formou a sua própria banda, que durou três anos. Casou-se em 1921 com Emma Donatto. Foi um dos fundadores da S.I.R. Ideal e da Lira Saltense, tocando também na Orquestra Itaguaçu. Dirigiu por mais de 40 anos o Coro Oficial da Matriz e a famosa orquestra que abrilhantava as festas mais importantes da paróquia. Zequinha exerceu outros cargos, como o de juiz de casamentos. Como compositor, escreveu quatro missas, muitos tríduos, novenas, ladainhas, marchas, hinos sacros, cerca de quarenta músicas, como dobrados, marchas, maxixes. Seu acervo artístico foi doado ao Museu Cidade de Salto.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvVEKen-KbESoDW96nWz_0uzNI0twprRGVur9yOaqgjhtAZStvQ-CGc5lBBEbiCcLsJU27XxlUOR4ABVfn557AGg_NkrXeMJ8b5a6z72uh-PxOFvO4MUafMctvLOj_kRLSNNjmaWwqv0YORtjUqTJLGnbgDc1bXe3W_NT9qWcJxJ7_bBPuS8lW79ev5i4/s4155/057_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="4155" data-original-width="3461" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvVEKen-KbESoDW96nWz_0uzNI0twprRGVur9yOaqgjhtAZStvQ-CGc5lBBEbiCcLsJU27XxlUOR4ABVfn557AGg_NkrXeMJ8b5a6z72uh-PxOFvO4MUafMctvLOj_kRLSNNjmaWwqv0YORtjUqTJLGnbgDc1bXe3W_NT9qWcJxJ7_bBPuS8lW79ev5i4/s320/057_01.jpg" width="267" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Zequinha Marques (1893-1981)</td></tr></tbody></table><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8aMYnzHao5xwRFi6jB84rqRDYLb2MnbG0-2usFCKTv-F-5jp5AzynxpHfj5WeEyOsyHkfDA52Ueh-AOLZIpXy1aAQb2O7b-y5L_DhRwWkmXfK2ctmFPHypIe3MEA40x-zd9xLpkyPZiEb_xHOrsNIllF9cF-RaSpcFi9OyYi2Q0Pny24WlYNhYEIhruc/s2464/Hino%20a%20Nossa%20Senhora%20das%20Neves-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1714" data-original-width="2464" height="446" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8aMYnzHao5xwRFi6jB84rqRDYLb2MnbG0-2usFCKTv-F-5jp5AzynxpHfj5WeEyOsyHkfDA52Ueh-AOLZIpXy1aAQb2O7b-y5L_DhRwWkmXfK2ctmFPHypIe3MEA40x-zd9xLpkyPZiEb_xHOrsNIllF9cF-RaSpcFi9OyYi2Q0Pny24WlYNhYEIhruc/w640-h446/Hino%20a%20Nossa%20Senhora%20das%20Neves-1.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHbvNhC2O8Ftwa7WqZPMlFiU-NqyMYaH7Re1MilnOfwWh1g30eMJGHv1iE-95UzRG99tmtheXxbjxEoGzE5ZedPPveCHex7bunS8Umi1avudSJg4czRTPznoCyvs3v2aO_AIxIg0INhgsl05lCivC0clzTfl4Ys9lzHCJEbxoYQIEVORAXIsCzYW__bSo/s2467/Hino%20a%20Nossa%20Senhora%20das%20Neves-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1720" data-original-width="2467" height="446" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHbvNhC2O8Ftwa7WqZPMlFiU-NqyMYaH7Re1MilnOfwWh1g30eMJGHv1iE-95UzRG99tmtheXxbjxEoGzE5ZedPPveCHex7bunS8Umi1avudSJg4czRTPznoCyvs3v2aO_AIxIg0INhgsl05lCivC0clzTfl4Ys9lzHCJEbxoYQIEVORAXIsCzYW__bSo/w640-h446/Hino%20a%20Nossa%20Senhora%20das%20Neves-2.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc7MKknC3tLAa9dh4iOcVQQJj-cKyfXpPTsn_oKDmPVC_4ieBOx3WB1l1oz4UO8SA9etp26PgqDOVasxkPlTMq2rtdDQDhLGD5yOqJAIn0hK6T2Kp8w4udhA4PJFI4_MIL3mfcpwmFcQ0_P8897YgnEbRnnljH5auyh1BA4LUaORraUIHRNrmJt0TAs1k/s2487/Hino%20a%20Nossa%20Senhora%20das%20Neves-3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1748" data-original-width="2487" height="450" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgc7MKknC3tLAa9dh4iOcVQQJj-cKyfXpPTsn_oKDmPVC_4ieBOx3WB1l1oz4UO8SA9etp26PgqDOVasxkPlTMq2rtdDQDhLGD5yOqJAIn0hK6T2Kp8w4udhA4PJFI4_MIL3mfcpwmFcQ0_P8897YgnEbRnnljH5auyh1BA4LUaORraUIHRNrmJt0TAs1k/w640-h450/Hino%20a%20Nossa%20Senhora%20das%20Neves-3.jpg" width="640" /></a></div><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpK8WUzJt5ZMxZz7ffPxDGATTqWvUu1pL9inSzAE3RhIb0OxD8wRZFGVo528TzAHvxZdI5m-6R7eToSDcdS0b4jSHV1FfXnKF_FSyJ_-nJ0SnE2PjaCX1SbLb7-DP2AYzcA8CpJTCzytHpvDR-T30h8CtRX4da7vYk3wZlzNRVMDQ6XvcEiHTBgyqf9ik/s2473/Hino%20a%20Nossa%20Senhora%20das%20Neves-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1728" data-original-width="2473" height="448" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpK8WUzJt5ZMxZz7ffPxDGATTqWvUu1pL9inSzAE3RhIb0OxD8wRZFGVo528TzAHvxZdI5m-6R7eToSDcdS0b4jSHV1FfXnKF_FSyJ_-nJ0SnE2PjaCX1SbLb7-DP2AYzcA8CpJTCzytHpvDR-T30h8CtRX4da7vYk3wZlzNRVMDQ6XvcEiHTBgyqf9ik/w640-h448/Hino%20a%20Nossa%20Senhora%20das%20Neves-4.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Acervo do Museu da Cidade de Salto</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG9NTNrCUesNKvxYz8vjRmGwx7jtAws6erWYGgW6pFirC7m7MhOsOKEPO90Cz6lctz1bub_6gDEs-SQ8vT50QEeX6p_egbP_BMRqcqjftBuboMtzXLzcJu45JYI4CbPsXashUmWAZs2StZmM_p58OMAOOrhbWM0j4yxSD1WAj3viQlEAv_yBnnXIVwFtw/s1600/HPIM4146.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1171" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjG9NTNrCUesNKvxYz8vjRmGwx7jtAws6erWYGgW6pFirC7m7MhOsOKEPO90Cz6lctz1bub_6gDEs-SQ8vT50QEeX6p_egbP_BMRqcqjftBuboMtzXLzcJu45JYI4CbPsXashUmWAZs2StZmM_p58OMAOOrhbWM0j4yxSD1WAj3viQlEAv_yBnnXIVwFtw/w469-h640/HPIM4146.JPG" width="469" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Início da procissão no ano de 2005.</td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-30717434077592792602023-09-03T07:54:00.002-03:002023-09-03T07:54:59.915-03:00Festa do Salto: breve história em imagens<p>A <b>Festa do Salto</b> tem origem remota e confunde-se com a própria fundação de Salto. Ocorreu pela primeira vez no mesmo ano de instalação e bênção da capela de Nossa Senhora do Monte Serrat, o longínquo 1698. A iniciativa do fundador, Capitão Antonio Vieira Tavares, contou com a presença de moradores da vizinha Itu e habitantes do Sítio Cachoeira, de sua propriedade, e que hoje corresponde ao território de Salto. Mais que tricentenária, portanto, a prática ininterrupta da Festa permanece viva ainda nos dias de hoje.</p><p>A data da <b>Padroeira </b>é o 8 de setembro. Em virtude disso uma série de atividades religiosas ocorre nos dias de Festa. Contudo, ao menos desde meados do século XIX, ela conta também com uma parte popular, ou profana, caracterizada por quermesses e feira com barracas de comestíveis, roupas e outras dedicadas a promover sorteios e jogos.</p><p>Desde o final do século XIX até meados do século XX, nos primeiros dias de setembro de cada ano, comerciantes vindos de outras localidades traziam a Salto produtos dos mais diversos, dos quais o comércio local era carente: sapatos, tecidos, louças e outras tantas bugigangas. Alguns saltenses montavam tais barracas e alugavam aos comerciantes forasteiros interessados. Um dos últimos a se dedicar a tal prática foi Alberico de Oliveira. Uma de suas barracas pode ser vista em foto de 1950.</p><p>A face lúdica da Festa, em sua parte profana, até o final do século XIX se traduzia em brincadeiras como cabo-de-guerra, cabra-cega, mastro cocagne e boizinho baiano. Tais práticas adentraram ao século XX e foram remodeladas. Nas últimas décadas o que se verifica é a predomínio de brinquedos eletromecânicos destinados, em grande parte, ao público infantil. Embora revestida de modernidade, a essência da Festa do Salto permanece pouco modificada após tantos anos.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="358" src="https://www.youtube.com/embed/DX0FCjSeliQ" width="430" youtube-src-id="DX0FCjSeliQ"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;">Imagens: Museu da Cidade de Salto e Jornal Taperá.</span><br style="text-align: left;" /><span style="text-align: left;">Música do vídeo: "Sertão Paulista", pelo Quarteto Tristão Júnior.</span></div><p></p><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-60676612926276230102022-07-09T18:00:00.001-03:002022-07-09T18:00:13.287-03:00O escorregador do Rio Jundiaí<div style="text-align: justify;">Nas últimas chuvas mais volumosas deste ano - e a consequente cheia dos rios - ampliou-se preocupação com destruição de mais um elemento do patrimônio histórico de Salto - "o escorregador do Rio Jundiaí". Por sorte, a perda desse bem cultural não ocorreu. Aproveito, então, e trago imagens dos anos 1940 e um texto de 2007 (mesmo ano da foto em cores, abaixo) que permitem avaliar um pouco dos significados deste referencial da memória saltense.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O extinto Clube de Regatas Estudantes Saltenses (CRES) - responsável pela instalação do escorregador e trampolim - surgiu em 1936. Utilizava-se de terrenos próximos e das águas do Rio Jundiaí, particularmente de seu trecho final, próximo ao encontro com o Rio Tietê, entre o Bairro da Barra e a Estação Ferroviária.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em Salto, o uso regular dos rios para prática esportiva encerrou-se nos anos 1950, pois já naquela época a poluição - notadamente do Jundiaí - impedia seu uso recreativo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipo5aXP70xuZk3xFqwLZT3TjnESXbX-XRX-JbCEk5ISzN6Ilbw_PcmExxspzVXPtGJa3KlsOJpnsudlzFkDA0XX3SBV09SA5POhk0MoOYdz4LqMDuregYDR3_Ivuz3OJhqrL9MCXpPl8hMPbLIY_5fgMGKi-6tLB1zkptMnZt16YALL9seUy1N6SpF=s2436" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1416" data-original-width="2436" height="372" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEipo5aXP70xuZk3xFqwLZT3TjnESXbX-XRX-JbCEk5ISzN6Ilbw_PcmExxspzVXPtGJa3KlsOJpnsudlzFkDA0XX3SBV09SA5POhk0MoOYdz4LqMDuregYDR3_Ivuz3OJhqrL9MCXpPl8hMPbLIY_5fgMGKi-6tLB1zkptMnZt16YALL9seUy1N6SpF=w640-h372" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgfcQhOcBEGgbaQfdNfyKB78g_-gxKVomBDV5isIi1Ujf-5_JcNTueyd275DK-SVWIw_2qX5bAYwIxCGAcZQ6HpLQHjzucMuvz3t6iZm2XGd-DM0Yv3u0rh0fHak6XW65m2ZL9Vvr-IMZra3Pl4HSTomsYQUt-PsOHTM9iDoK3rn5Kc5QGJgn81SK87=s2304" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1728" data-original-width="2304" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgfcQhOcBEGgbaQfdNfyKB78g_-gxKVomBDV5isIi1Ujf-5_JcNTueyd275DK-SVWIw_2qX5bAYwIxCGAcZQ6HpLQHjzucMuvz3t6iZm2XGd-DM0Yv3u0rh0fHak6XW65m2ZL9Vvr-IMZra3Pl4HSTomsYQUt-PsOHTM9iDoK3rn5Kc5QGJgn81SK87=w640-h480" title="O escorregador em foto de 2007" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgCCKEDjSe4HtPS2Z519VJ4fBtAjRKHXt9k4XJochr-AD3kcaoY520O0BBEzGSSi1tBjtGZDHBkkmP11JjFnESNLosWooyXdLd0hg6iwbuFYkEY5Qm5Qc_gOPOLZ1wv_q-nDux24inGZmV-Cxtm022iTm9Jt4PZmIr0mkfy0S9ev4tqT3uOeJScNlac=s1552" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1273" data-original-width="1552" height="524" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEgCCKEDjSe4HtPS2Z519VJ4fBtAjRKHXt9k4XJochr-AD3kcaoY520O0BBEzGSSi1tBjtGZDHBkkmP11JjFnESNLosWooyXdLd0hg6iwbuFYkEY5Qm5Qc_gOPOLZ1wv_q-nDux24inGZmV-Cxtm022iTm9Jt4PZmIr0mkfy0S9ev4tqT3uOeJScNlac=w640-h524" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiIK4q2KCSsXU21Y1V_f4-a3MapsDxh7X050446r45wa5ua4gvlGowM3Ae4JDcYVbzVynerNxwTDujnVXtiWTFGXrXxhx0TtJAqkh_pp9MOejA6Wr7KxRG4WZV8omLeCps7VDAfSVIzmRiFQaeXALKz4H-cGVzwe0-c0iV5zgGcZ3XzbKUSEFoExCbl=s2460" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1428" data-original-width="2460" height="372" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiIK4q2KCSsXU21Y1V_f4-a3MapsDxh7X050446r45wa5ua4gvlGowM3Ae4JDcYVbzVynerNxwTDujnVXtiWTFGXrXxhx0TtJAqkh_pp9MOejA6Wr7KxRG4WZV8omLeCps7VDAfSVIzmRiFQaeXALKz4H-cGVzwe0-c0iV5zgGcZ3XzbKUSEFoExCbl=w640-h372" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhvHqBwJlvqmjvaoaI_eNy-svAjTuTJyI7Xg5toz_PZ8tP_WAr9W0edDbyfuFWr-9o2NdFnmjNovxxALQ8-Cy5PSM5hWZ66nGHsW9i7FjCwohnJ8uQ_wMcFuzvmHO5JPEjoRGMv5PVLIlKZrWBL5oF06ODQ6vlVBBXcPnL1X7vYz8HZ2zZ1W5ybTZsr=s2448" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1412" data-original-width="2448" height="370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhvHqBwJlvqmjvaoaI_eNy-svAjTuTJyI7Xg5toz_PZ8tP_WAr9W0edDbyfuFWr-9o2NdFnmjNovxxALQ8-Cy5PSM5hWZ66nGHsW9i7FjCwohnJ8uQ_wMcFuzvmHO5JPEjoRGMv5PVLIlKZrWBL5oF06ODQ6vlVBBXcPnL1X7vYz8HZ2zZ1W5ybTZsr=w640-h370" width="640" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Em 2007, colhi algumas informações a partir do "Regimento" do CRES. Sua leitura nos permite imaginar algumas das práticas desse clube e de uma época:</p><p style="text-align: left;"><br /></p></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: left;"><p style="text-align: left;"></p><div style="text-align: justify;"><b>REGIMENTO DO REGATAS</b></div><p></p></div><div style="text-align: left;"><p style="text-align: left;"></p><div style="text-align: justify;">Dias atrás, li algumas páginas do regimento interno do Clube de Regatas Saltense, impressas em 1939 pela Spröesser & Cia., em Salto, num formato [16 x 12 cm] que me lembrou as antigas cadernetas de padaria, que ainda sobrevivem em alguns lugares. Pequenas publicações deste tipo, com ligeiras variações, existem para outras entidades e clubes saltenses fundados na primeira metade do século XX, hoje quase todos extintos.</div><p></p></div><div style="text-align: left;"><p style="text-align: left;"></p><div style="text-align: justify;">O Clube de Regatas Saltense utilizava-se, para suas práticas esportivas, do último trecho do rio Jundiaí, descrito como área esportiva, situada “entre a ponte do Rio Jundiaí e a ponte da E.F.S. [Estrada de Ferro Sorocabana], e de cada lado confinando com uma linha reta imaginária, traçada da margem esquerda do Rio Tietê à ponta da margem direita do Rio Jundiaí”. Essa área esportiva, eventualmente, poderia “ser ampliada (...) de acordo com o parecer do diretor esportivo [que na data de impressão do regimento era Raphael Mugnai]”.</div><p></p></div><div style="text-align: left;"><p style="text-align: left;"></p><div style="text-align: justify;">As disposições iniciais são sobre os esportes praticados: remo e natação. Acerca do remo, os artigos tratam do uso do barracão [hoje apenas um terreno murado na rua Marechal Deodoro, à venda], em especial estabelecendo os seus horários de funcionamento “para retirada das embarcações”. Os tripulantes eram apenas os sócios inscritos e autorizados pelo diretor esportivo, e se tornavam “responsáveis pelas avarias ocorridas nos remos ou barcos” que utilizassem. Alguns termos próprios do esporte surgem nos artigos 4º e 5º: patrão [nos barcos de regata, aquele que dirige o leme e comanda o ritmo das remadas] e guarnição [o conjunto dos remadores dum barco]. O lazer com os barcos obedecia a um limite estreito: “Fora das representações, nenhuma guarnição (...) [poderia] utilizar-se dos barcos por mais de meia hora, sem prévio consentimento do diretor esportivo”.</div><p></p></div><div style="text-align: left;"><p style="text-align: left;"></p><div style="text-align: justify;">A natação não era permitida “aos menores de 16 anos que, embora sócios contribuintes,” não estivessem “devidamente autorizados pelos seus pais ou responsáveis”. Entre os nadadores maiores de 16 anos, permitia-se “dar caldo [mergulho forçado que, geralmente por brincadeira, se dá em quem está nadando]”. Trata disso o artigo 13º, proibindo tal prática entre os menores de 16, fossem “sócios ou aspirantes”. Vetava-se também “atirar pedras, barro, etc.”.</div><p></p></div><div style="text-align: left;"><p style="text-align: left;"></p><div style="text-align: justify;">Há, por fim, três outros aspectos interessantes. Dois deles ainda resistem fisicamente como referenciais da memória do uso de nossos rios enquanto lugar de lazer: o escorregador [chamado no documento de water-shoot] e o trampolim. Sobre o primeiro, destinado “a brinquedos individuais ou coletivos” devia-se “ter especial cuidado, a fim de evitarem desastres ou ocorrências desagradáveis”. Embora estivesse ao alcance de qualquer transeunte, como ainda hoje permanece, era “expressamente proibido subir à plataforma do water-shoot sem uniforme ou sem o traje permitido aos remadores”, conforme o artigo 39º mencionava. Já sobre o uso do trampolim, o sócio deveria observar o “perigo de se lançar sobre os nadadores ou remadores [que estivessem], no momento, próximos do trampolim”. Também não era permitido “permanecer [no trampolim] só ou em grupos (...), impedindo, desse modo” os que desejassem dele saltar.</div><p></p></div><div style="text-align: left;"><p style="text-align: left;"></p><div style="text-align: justify;">O terceiro aspecto peculiar era o cocho – plataforma de madeira que boiava graças a tambores vazios a ela amarrados, destinada “ao aprendizado da natação”. Sair dessa espécie de cercado semi-imerso na água era proibido aos “aprendizes que não (...) [tivessem] autorização do diretor”. Proibia-se ainda a permanência no cocho de sócios que soubessem nadar, quando nele estivessem aprendizes. Peculiar é o artigo 35º, que proíbe “brincadeiras inconvenientes no cocho, quando os aprendizes, homens ou mulheres, nele” estivessem. Nesse rol de preocupações, tampouco se permitia “fazer do cocho trampolim, subir nos tambores, permanecer nas grades e no pranchão e praticar quaisquer atos que (...) [pudessem] danificá-lo”.</div></div></blockquote><div style="text-align: left;"><p></p></div><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-36301034909931685182022-04-18T15:59:00.006-03:002022-04-28T07:57:19.558-03:00Uma tradição culinária<p style="text-align: justify;">No ano de 2007, no primeiro mandato do então prefeito José Geraldo Garcia, a Secretaria da Cultura e Turismo - que contava com a liderança do já falecido Prof. Valderez Antonio da Silva (1962-2018) - deu impulso significativo à preservação do patrimônio histórico e cultural da cidade de Salto. Nesse movimento, um quitute comum na cidade desde meados do século XX foi alçado à condição de tradição culinária local pelo Decreto 037/2007, de 30 de agosto de 2007. Como historiador do Museu à época, pude acompanhar e documentar esse processo.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGlbf4E142obNYd39HdRk0lEARkYEcOjGYmZPvxCwOTQSkTqQNnih0AGUCuTRasJ61j_o20isGEwQypkkfXEFr3vtYsdyBgzIPSdJ7Lth9uFMU4POZ5Uza4j7k1Yjcc48_lKu2KsC04uO9NSkc6pHnzuNQrBhiG7Ax1BCeJ7DkF6xnamuburgilFPL/s1244/01---.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1130" data-original-width="1244" height="364" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGlbf4E142obNYd39HdRk0lEARkYEcOjGYmZPvxCwOTQSkTqQNnih0AGUCuTRasJ61j_o20isGEwQypkkfXEFr3vtYsdyBgzIPSdJ7Lth9uFMU4POZ5Uza4j7k1Yjcc48_lKu2KsC04uO9NSkc6pHnzuNQrBhiG7Ax1BCeJ7DkF6xnamuburgilFPL/w400-h364/01---.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Selo criado para divulgação do "quitute local".</div><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoQwJjFvlcphYLSltIbpLi5bvlxuZqguV-u3nI3lubU6pEg5YqymXzrFL9TQwQ0AkOwPKGRiOt_qqmooCpp2PBTUOzehJ3FOUXkUIFaPhEZyEWARDkpvFX41PH0CRHQicJEv8_6KMxuxZRbTLptO1F4j7kXbrsD_RF9mFYdNpuZmNVONtLsu7I2yjt/s2592/DSC07960.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1944" data-original-width="2592" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoQwJjFvlcphYLSltIbpLi5bvlxuZqguV-u3nI3lubU6pEg5YqymXzrFL9TQwQ0AkOwPKGRiOt_qqmooCpp2PBTUOzehJ3FOUXkUIFaPhEZyEWARDkpvFX41PH0CRHQicJEv8_6KMxuxZRbTLptO1F4j7kXbrsD_RF9mFYdNpuZmNVONtLsu7I2yjt/w400-h300/DSC07960.JPG" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Assinatura do Decreto durante cerimônia.</div><p style="text-align: justify;">Parte integrante dessa legitimação foi a coleta de informações junto aos antigos moradores envolvidos com a tradição a se forjar (ou a se ressignificar), em particular as senhoras e descendentes daqueles que vendiam as "tradicionais empadas fritas saltenses". Foi possível, inclusive, apontar uma "primeira" empadeira.</p><p style="text-align: justify;">Partilharemos neste post parte da pesquisa feita à época, sob condução do Museu da Cidade de Salto. Vale destacar o empenho do Prof. Wladimir Tadeu Zotti, que percorreu inúmeras residências, coletando depoimentos e verdadeiramente legitimando o quitute, por meio de sua pesquisa, como um "bem cultural" dos mais interessantes para a cidade.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUkwXXnDe4Q4XToXF5nKYMmHUy-SFbeaK6lAqyFUIJbEoLo2R3uImrLioOqTUl0k880NUeF_AutDvX26dGtl16QetLKMTF_u6Winv8eCr8F_V91Ld5NKHu2NE3S35_i9NChxshSlJRvDA-aaTwG_qGBSvhVUFZeH8xeW4e_MhIwFmfda6Q2AXG7dQI/s2048/DSC07170.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUkwXXnDe4Q4XToXF5nKYMmHUy-SFbeaK6lAqyFUIJbEoLo2R3uImrLioOqTUl0k880NUeF_AutDvX26dGtl16QetLKMTF_u6Winv8eCr8F_V91Ld5NKHu2NE3S35_i9NChxshSlJRvDA-aaTwG_qGBSvhVUFZeH8xeW4e_MhIwFmfda6Q2AXG7dQI/w640-h480/DSC07170.JPG" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Uma das reuniões com as "empadeiras" para tratar do projeto em curso.</div><br /><p style="text-align: justify;">Fruto desse esforço, surgiram desde um Decreto Municipal até um festival exclusivo, com direito a concurso e a toda uma movimentação de pequenos empreendedores locais. Anualmente, dado esse movimento, a imprensa regional se interessa pela pauta e acaba por destacar a cidade e seu quitute - desde 2007 apresentado como "tipicamente saltense".</p><p style="text-align: justify;"><b><br /></b></p><p style="text-align: justify;"><b>A tradição</b></p><p style="text-align: justify;">A origem da receita da empada frita de Salto permanece incerta. O que se sabe é que a precursora no seu preparo foi Diamantina Andriolli, popularmente conhecida como Dona Nena, que teria aprendido a receita com seus familiares. A partir da década de 1950, Dona Nena preparava suas empadas, juntamente com as ajudantes Dona Julica e Dona Eliza. Os quitutes, muito apreciados já naquela época, eram vendidos por meninos nas ruas de Salto, em cestos de vime.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinRUlMcdh7RY_oseTD8UnDOClAeZPN_F6_aKiQU_XB9x9KwLShHWx7jhJ-w5yfTbMH8o1A6udNbyI2EMS8YUfmj8pQKEA3XK0yVP9hoFBwLqCPeHk3a-86Iw0fKLBBYqlyT8fwlQo0E-w7waXuarKjWBfeBaA9q0F9tiRWSFk-9ELrhuXAgb5AxEGt/s1016/Dona_Nena_1946.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Dona Nena em foto de 1946" border="0" data-original-height="1016" data-original-width="818" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinRUlMcdh7RY_oseTD8UnDOClAeZPN_F6_aKiQU_XB9x9KwLShHWx7jhJ-w5yfTbMH8o1A6udNbyI2EMS8YUfmj8pQKEA3XK0yVP9hoFBwLqCPeHk3a-86Iw0fKLBBYqlyT8fwlQo0E-w7waXuarKjWBfeBaA9q0F9tiRWSFk-9ELrhuXAgb5AxEGt/w323-h400/Dona_Nena_1946.jpg" title="Dona Nena em foto de 1946" width="323" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Dona Nena em foto de 1946.</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgitvraNkIXTSStmgvY8_T7cuFFTPmCMbNXxYr0hM_McGTAWb9H0GlOUIn2jJ43uQgUJlVT46vY7tx_WZVvwtikjJfJ7JbRStK_BjOBerp7bqLe0HQecoR5LfrxtIfIp_fIULeKccgrbgAO8QQ9EYlv65k9HonFq8C9tphtMs3kzyYx_ShyNNMamIwN/s1402/Dona_Nena_1972.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1402" data-original-width="1042" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgitvraNkIXTSStmgvY8_T7cuFFTPmCMbNXxYr0hM_McGTAWb9H0GlOUIn2jJ43uQgUJlVT46vY7tx_WZVvwtikjJfJ7JbRStK_BjOBerp7bqLe0HQecoR5LfrxtIfIp_fIULeKccgrbgAO8QQ9EYlv65k9HonFq8C9tphtMs3kzyYx_ShyNNMamIwN/w298-h400/Dona_Nena_1972.jpg" width="298" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Dona Nena e uma de suas filhas, 1972.</div><br /><p style="text-align: justify;">Com o tempo, a empada frita passou a ser preparada por várias outras senhoras saltenses, seguindo basicamente a mesma receita, cuja massa leva farinha de trigo, água, sal, fermento, gordura e um pouco de aguardente. Os recheios mais usuais são o frango e o palmito, mas ela também já foi preparada com camarão e mesmo bacalhau. Ao longo de mais de meio século, desenvolveu-se o hábito de abastecer os bares da cidade e atender encomendas para festas e outros eventos, com as empadas no tamanho grande, tradicional, ou menores, entregues às dúzias e centenas.</p><p style="text-align: justify;">Mulheres saltenses, como Alzira Pacher Bonatti (Dona Ila), Idair Scalet, Alzira Cruz Figueiredo, Otília Alves Amaral, Jacira Pacher, Irene Zanuni, estão entre as muitas empadeiras que sustentam até hoje uma tradição local, de vez que a empada frita não é encontrada em outros lugares. É comum pessoas de outras localidades fazerem suas encomendas de empadas fritas em Salto, depois de as terem conhecido através de algum parente ou amigo.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKPPevfMK2xrdSegejuyBR_1vNySqSV2BtzCe-BfHyxZoYqj_erci3J-vAWZmETcs9nxguoNQvbVBlJXgyLR6YJlrXBxSHYB1_03NvuIKmw18vxQvlXzc4_eli09nFNGMXR6Ox3Y_aNBrv6d6_NVjErUs4PxaGQoYF8RJAxmu4gJuZ6W12662qpnYl/s2160/Alzira%20Cruz.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="2160" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKPPevfMK2xrdSegejuyBR_1vNySqSV2BtzCe-BfHyxZoYqj_erci3J-vAWZmETcs9nxguoNQvbVBlJXgyLR6YJlrXBxSHYB1_03NvuIKmw18vxQvlXzc4_eli09nFNGMXR6Ox3Y_aNBrv6d6_NVjErUs4PxaGQoYF8RJAxmu4gJuZ6W12662qpnYl/w400-h266/Alzira%20Cruz.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Alzira Cruz</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAq9pO2AWGuE-SAz7mCYbikT8vOhzRPizGQuhAkzbilbaN8yxZpiCiSQztsj8pzWHPiRCwZHN711u81aBTvTVNSSpok4oQGdcyoUTQHyg-pf1VmpzapxLruuD5u4DIFsVLl2oMpzq4m3-AN0i03VkEY-TLxxm-om2R7H5WNoqKzIblu5g5ujnKDfJr/s2160/Ernesto%20Andriolli.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2160" data-original-width="1440" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAq9pO2AWGuE-SAz7mCYbikT8vOhzRPizGQuhAkzbilbaN8yxZpiCiSQztsj8pzWHPiRCwZHN711u81aBTvTVNSSpok4oQGdcyoUTQHyg-pf1VmpzapxLruuD5u4DIFsVLl2oMpzq4m3-AN0i03VkEY-TLxxm-om2R7H5WNoqKzIblu5g5ujnKDfJr/w266-h400/Ernesto%20Andriolli.jpg" width="266" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Ernesto Andriolli</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzBC6_WH5AF8pjk28zzIaBgu1gpe_1bjn4bZdxEKgg5WTjPcnAZFPjaFzxMGRUSEB8mrKt70zik6RJ9akM5VQBPU9bbYmx6smDAYYEr7-nG2eb8zsgLuVGuufIUQnSabC-wAyj3N-vfENRwLnWLfRMIaenWeQFptNLdJF2brkA-TVoKFKxN5BXkZoQ/s2160/Idair%20Scalet%2002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2160" data-original-width="1440" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzBC6_WH5AF8pjk28zzIaBgu1gpe_1bjn4bZdxEKgg5WTjPcnAZFPjaFzxMGRUSEB8mrKt70zik6RJ9akM5VQBPU9bbYmx6smDAYYEr7-nG2eb8zsgLuVGuufIUQnSabC-wAyj3N-vfENRwLnWLfRMIaenWeQFptNLdJF2brkA-TVoKFKxN5BXkZoQ/w266-h400/Idair%20Scalet%2002.jpg" width="266" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Idair Scalet</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbF8U2SUSxfN-vLqSND0HxYK14K7Ld7GxKBYieo8BuWwNXgtyUeaZlcFLpTI0YWJR2FC-LdTln4q4uVXPwDFhNpraHcmB_j0pwgo435h16jtGRhwwGbDuw-avjsj2VqKxLayvRWJUE2tqFSZ_JWsx4D2yIJyiPXqabyuPoUlnVmHcNq7jtvYTpDHKo/s2160/Ila%20Bonatti%2001.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2160" data-original-width="1440" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbF8U2SUSxfN-vLqSND0HxYK14K7Ld7GxKBYieo8BuWwNXgtyUeaZlcFLpTI0YWJR2FC-LdTln4q4uVXPwDFhNpraHcmB_j0pwgo435h16jtGRhwwGbDuw-avjsj2VqKxLayvRWJUE2tqFSZ_JWsx4D2yIJyiPXqabyuPoUlnVmHcNq7jtvYTpDHKo/w266-h400/Ila%20Bonatti%2001.jpg" width="266" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Ila Bonatti</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjl6znfQioSRBoZYOhQzMdpf3BtoW6dDVXgJQji16f0IqSq13odts5hvbPSiCO1hkfe4CL6q9HeLdZ4XvQ5w1HuZk0axGAMtSWPu93x31NRoRc8Fq_InQij4tZ4-RkPGWPejROJZbBXnTenhaGHxY4Yh-AFcF4_UWXcaG6-T0dija1TeDs0d1CRl8O/s2160/Jacira%20Andrade%2002.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="2160" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjl6znfQioSRBoZYOhQzMdpf3BtoW6dDVXgJQji16f0IqSq13odts5hvbPSiCO1hkfe4CL6q9HeLdZ4XvQ5w1HuZk0axGAMtSWPu93x31NRoRc8Fq_InQij4tZ4-RkPGWPejROJZbBXnTenhaGHxY4Yh-AFcF4_UWXcaG6-T0dija1TeDs0d1CRl8O/w400-h266/Jacira%20Andrade%2002.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Jacira Andrade</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLKc0BbXAE3tFqHpeoM5WAwq5X9qSGfVpinK85-JmtnDtDqZw9lBHIBQtibCurlC9l_Z4ZC60MTxfWzPOFmcK03kP2Yzg_AN9D_1Z1Ws0Zr8LF8RkunM3QZUlayTeftNqbxVIINTAgAt0huN64oEA-H4B31A0KlQxnM32EL6ZLTZnFP7FizpSkY92i/s2160/Ot%C3%ADlia%20Amaral.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1440" data-original-width="2160" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLKc0BbXAE3tFqHpeoM5WAwq5X9qSGfVpinK85-JmtnDtDqZw9lBHIBQtibCurlC9l_Z4ZC60MTxfWzPOFmcK03kP2Yzg_AN9D_1Z1Ws0Zr8LF8RkunM3QZUlayTeftNqbxVIINTAgAt0huN64oEA-H4B31A0KlQxnM32EL6ZLTZnFP7FizpSkY92i/w400-h266/Ot%C3%ADlia%20Amaral.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Otília Amaral</div><br /><p style="text-align: justify;">Por se tratar de uma tradição culinária tipicamente saltense, com uma clientela de apreciadores que cresce a cada dia, a empada frita foi declarada bem de valor cultural para a comunidade local. Passou, assim, a ser oficialmente divulgada pelos órgãos públicos que zelam pelo turismo e pela cultura, com o objetivo de preservar e incentivar o conhecimento de uma delícia que vem se somar a tantos outros atrativos oferecidos pela cidade de Salto.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><b>Os depoimentos que legitimaram a tradição</b></p><p></p><div style="text-align: justify;">A pesquisa elaborada pelo Museu da Cidade de Salto, em 2007, contou com a coleta de depoimentos realizada por Wladimir Zotti, que entrevistou as pessoas abaixo listadas. O resumo para cada nome, inclusive, é de sua autoria. As idades indicadas são do ano da pesquisa, sendo provável que algumas depoentes já tenham falecido.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">ERNESTO ANDRIOLLI – "TUCO" (filho de D. Nena) – 70 anos</p><p style="text-align: justify;">Segundo as informações obtidas, D. Nena, cujo verdadeiro nome era Diamantina Andriolli, lá pela década de 1950, foi uma das precursoras na produção de empadas fritas em Salto juntamente com suas ajudantes D. Julica (já falecida), D. Maria (falecida) e D. Eliza (com 92 anos). Suas empadas eram muito famosas em Salto e possuía grande freguesia, pois seu filho Ernesto e outros meninos saíam com um cesto de vime para vender as empadas nos comércios e pela cidade (entrevista concedida em 09/08/2007).</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">ALZIRA PACHER BONATTI (ILA) – 78 anos </p><p style="text-align: justify;">Fez empadas fritas durante 30 anos e aprendeu a receita com sua irmã Jacira. Atualmente não faz mais as empadas, por motivo de saúde. Alegou que se pudesse, ainda continuaria a fazer os salgados (entrevista concedida em 07/08/2007).</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">IDAIR SCALLET – 58 anos </p><p style="text-align: justify;">Proprietária do Krepp Café e durante muito tempo do Restaurante Scallet. Ainda produz as empadas fritas em grande quantidade, faz encomendas para festas, eventos etc. Produz a pequena para festas e a grande para vender no balcão (individual). As fotos que ilustram esta pesquisa foram tiradas no Krepp's Café durante a produção de uma série de salgados para venda (entrevista concedida em 07/08/2007).</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">JACIRA MARIA PACHER DE ANDRADE – 67 anos</p><p style="text-align: justify;">Trabalhou durante 15 anos com salgadinhos, inclusive a empada frita. Aprendeu a receita num curso de arte culinária quando estudava no antigo Ginásio Industrial de Salto (atualmente Escola Leonor Fernandes da Silva). Passou também a receita à sua irmã Ila (entrevista concedida em 08/08/2007).</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">ALZIRA CRUZ FIGUEIREDO – 64 anos</p><p style="text-align: justify;">Fez empadas fritas por mais de 20 anos, pois sua família era proprietária de um bar. A receita veio de família e suas encomendas eram de Salto e de outras cidades. Foi uma das mais conhecidas empadeiras de Salto e sua mãe era parente de Dona Nena Cazzamatta (entrevista concedida em 08/08/2007).</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">OTÍLIA ALVES AMARAL – 63 anos</p><p style="text-align: justify;">Faz as empadas fritas há 15 anos sob encomenda, cuja receita aprendeu de sua mãe Eliza, que foi ajudante de D. Nena. Suas empadas são grandes, mas também faz as pequenas para festas (entrevista concedida em 09/08/2007).</p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p><b>Ouça os depoimentos no Spotify:</b></p><p><iframe allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; fullscreen; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="232" src="https://open.spotify.com/embed/episode/3f6L4V1DwWeFr0cps154cJ?utm_source=generator&theme=0" style="border-radius: 12px;" width="100%"></iframe></p><div>Ouça também no <a href="https://anchor.fm/historiasalto/episodes/Depoimentos---Tradio-da-Empada-Frita-de-Salto-2007-e1hbe0t/a-a7p850h" target="_blank">Anchor</a>.<br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><b>Folder instituído para divulgação:</b><br /><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDP_QzM1RuoQnEp3mFRnCuvkgmbJ-brU0kDVrchfdkCBUiTcqA6mcDRKr48h_HrJpxamOLZxSC5eyYc9hqgd5FOyyf5QG8Iz2uLr4_Pp8f4IEdKvJOZ2MpdUX_edO7qxeaJ_xnOdL7aWfQcN_ZyswmSfbuGWOUelZ2_Ozr84yRnDK21xIL8icuwpSM/s2493/01.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2493" data-original-width="1244" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDP_QzM1RuoQnEp3mFRnCuvkgmbJ-brU0kDVrchfdkCBUiTcqA6mcDRKr48h_HrJpxamOLZxSC5eyYc9hqgd5FOyyf5QG8Iz2uLr4_Pp8f4IEdKvJOZ2MpdUX_edO7qxeaJ_xnOdL7aWfQcN_ZyswmSfbuGWOUelZ2_Ozr84yRnDK21xIL8icuwpSM/w320-h640/01.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm6Dw59K2dwxfibchbH29cULSPIjvWFCrIrjpgt6KhGO8x04PnM_CiUmXGGXg6SWjiqot1drN024kTJcsl5wWYQlSqoqadzdBAt64YukBr97pTSdDz5E9y2YZb_-s7I2yYme75gey6xXBXhPLxZdKvgyFViCUn00oFvdrqWRZRL3WwEkJIIyMqSD_L/s2493/02.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2493" data-original-width="1204" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjm6Dw59K2dwxfibchbH29cULSPIjvWFCrIrjpgt6KhGO8x04PnM_CiUmXGGXg6SWjiqot1drN024kTJcsl5wWYQlSqoqadzdBAt64YukBr97pTSdDz5E9y2YZb_-s7I2yYme75gey6xXBXhPLxZdKvgyFViCUn00oFvdrqWRZRL3WwEkJIIyMqSD_L/w310-h640/02.jpg" width="310" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPTh3xyUOF0tzrTbhQzKBBKPap_OqOJvZGJ9PY4nWYcaCnXZ88tIMRk75n1IabanfYMAA1nA0Yf7d7tapAhBb-dT3rNYS6LQLZUwopx1z3Yv49PVXj52QXlon4ZamgLA-2jry6ULveNiffh2F5JnxX4MXOKTeqL6uyEks2PBk75ErRxO2K5apgFIPs/s2485/03.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2485" data-original-width="1212" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPTh3xyUOF0tzrTbhQzKBBKPap_OqOJvZGJ9PY4nWYcaCnXZ88tIMRk75n1IabanfYMAA1nA0Yf7d7tapAhBb-dT3rNYS6LQLZUwopx1z3Yv49PVXj52QXlon4ZamgLA-2jry6ULveNiffh2F5JnxX4MXOKTeqL6uyEks2PBk75ErRxO2K5apgFIPs/w312-h640/03.jpg" width="312" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoVdBZZkqycluP9eOjNCwIl7ci2mlcI3Jzf5hsEtZk-goY3kFJELE1Xvc3EOiHJrBLjZVTmIW01lxvKs_UzrP_J2-MAn1qA4RYPCIDuWlQL02wa5NuUhL_cWj3OZie74RRQWlzJbvnjHa42GS5MiSbBiDcWrdE1xEg2kKF4Ou0Hg4NARf6WeuNnEny/s2485/04.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2485" data-original-width="1253" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoVdBZZkqycluP9eOjNCwIl7ci2mlcI3Jzf5hsEtZk-goY3kFJELE1Xvc3EOiHJrBLjZVTmIW01lxvKs_UzrP_J2-MAn1qA4RYPCIDuWlQL02wa5NuUhL_cWj3OZie74RRQWlzJbvnjHa42GS5MiSbBiDcWrdE1xEg2kKF4Ou0Hg4NARf6WeuNnEny/w322-h640/04.jpg" width="322" /></a></div><br /><div><br /></div><div><br /></div><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-63516951384517931712022-03-07T12:25:00.002-03:002022-03-07T14:26:01.175-03:00Meu avô Attílio<p style="text-align: justify;">Meu avô Attílio Zanoni completaria, hoje, 100 anos. Nascido em 7 de março de 1922, partiu em 25 de dezembro de 2000.</p><p style="text-align: justify;">Lavrador, filho de imigrantes italianos, viveu a maior parte de sua vida na zona rural, onde nasceu, cresceu, trabalhou, casou-se e teve dez filhos. Dizia-se que queria completar os 11 de um time de futebol, dado que teve oito filhos homens. Fico a imaginar, pelas histórias que ouço de meu pai, que grau de dedicação e coragem eram necessárias a homens como ele, obrigados e tirar o sustendo da terra com as próprias mãos. Quantas incertezas e angústias devem ter feito parte dessa jornada, a qual percorreu – nos momentos mais desafiadores – sempre com a presença resiliente e de muita fé de minha avó.</p><p style="text-align: justify;">No começo dos anos 1970, foi forçado – pelas circunstâncias de um Brasil que se urbanizava velozmente – a deixar suas terras e a morar na cidade. Cultivar a terra e conviver com as incertezas do campo se tornava cada vez mais difícil. Já contava, nessa época, com seus dez filhos – aos quais precisava oportunizar um futuro menos incerto.</p><p style="text-align: justify;">Deixou de viver no campo, mas não de visitar regularmente suas terras – coisa que o obrigava a caminhadas de mais de 20 km. Essas terras eram uma fração da herança de seu pai que, como outros italianos, desbravou as terras da região do Buru – bairro rural de Salto – desde fins do século XIX. Hoje, essa é uma região do município que começa a se conectar com a cidade por meio dos condomínios de chácaras. Por isso, praticamente já perdeu aquela atmosfera que cheguei a conhecer nos meus tempos de criança, quando das pescarias naquele seu sítio.</p><p style="text-align: justify;">Após breve incursão como operário em uma indústria local, veio a aposentadoria – muito em função de seus problemas de visão, agravados pela perda da vista esquerda em um acidente de trabalho, ainda dos tempos de lavrador. Em minha infância, foi sempre forte a imagem do avô que não enxergava bem, mas que fazia suas caminhadas – lentas e apoiando-se nas paredes das casas – até uma praça próxima à sua residência. Ali permanecia por algumas horas, quase sempre em pé, a conversar com um ou outro conhecido que se aproximava. Muitos foram os dias em que eu, saindo do colégio, passava por ele e o cumprimentava, não sem antes ter que me identificar.</p><p style="text-align: justify;">As memórias do que presenciei de seus últimos anos não são nada alegres, dada essa situação de saúde que o acompanhou pelas duas últimas décadas de vida, praticamente. Mas hoje, com a distância do tempo e conseguindo fazer alguma reflexão histórica de sua biografia, fica – além do respeito ampliado – o inevitável vazio de não ter feito a ele as perguntas que hoje me vêm à mente, além da certeza de que, entre acertos e erros, viveu sua jornada – de algum modo – heroica.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhp5HKiPnBwgJ_eW1HRjS_FIGRaNiYaxqMLk9r1QnWHGIK5J-em0524cgUrECzvnYQgE3P9V7WEMtkedUgKp5nvokzxhhE3iGBrXMmBmA-rc2Fzvs6MNh2Zrf4GUnLL16uP9xt7CJJ6kFR5GLfFObjMcNvrdelkQlU0ryzfDXEzRwAbW1lRm9IbstGO=s426" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="426" data-original-width="335" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhp5HKiPnBwgJ_eW1HRjS_FIGRaNiYaxqMLk9r1QnWHGIK5J-em0524cgUrECzvnYQgE3P9V7WEMtkedUgKp5nvokzxhhE3iGBrXMmBmA-rc2Fzvs6MNh2Zrf4GUnLL16uP9xt7CJJ6kFR5GLfFObjMcNvrdelkQlU0ryzfDXEzRwAbW1lRm9IbstGO=w315-h400" width="315" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj5JkOGfmDwmLyCVd-P3KKUxCjqjM6YjPlD-1LOMSsT12DpUdXuh_UmvZI42g5u4Ta0XpCFssW5xJHk6Pb23ab_azmaAj_1kbFfOC0CgTQrRt0DE8JnaJCModjutitlGxX4lLTlK6tvsLK67bMWtEwrj6n8Xhvop5J152EmWnNabgxzfKKSBfXhsM3y=s1035" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1035" data-original-width="902" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEj5JkOGfmDwmLyCVd-P3KKUxCjqjM6YjPlD-1LOMSsT12DpUdXuh_UmvZI42g5u4Ta0XpCFssW5xJHk6Pb23ab_azmaAj_1kbFfOC0CgTQrRt0DE8JnaJCModjutitlGxX4lLTlK6tvsLK67bMWtEwrj6n8Xhvop5J152EmWnNabgxzfKKSBfXhsM3y=w558-h640" width="558" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi4KOSN8hreHmdDhuSbClxApFKeht84rli7h-KKwYuWxrT649o0XNKhWXCkcOpuUhXkWvaHHYGG0tefnwlf6imUz8niOZvMj50i9hYsRpGt28iUUw2WN1Dct15Xd8YcSaPNy3twY6yHEEsapsnTgxLzzZTP5uqW5mDaBqitEkv7xUeBMCZmJEdRb8LX=s410" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="392" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEi4KOSN8hreHmdDhuSbClxApFKeht84rli7h-KKwYuWxrT649o0XNKhWXCkcOpuUhXkWvaHHYGG0tefnwlf6imUz8niOZvMj50i9hYsRpGt28iUUw2WN1Dct15Xd8YcSaPNy3twY6yHEEsapsnTgxLzzZTP5uqW5mDaBqitEkv7xUeBMCZmJEdRb8LX=s320" width="306" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-68529405934243628602021-07-28T08:22:00.003-03:002021-07-29T08:26:47.757-03:00Memória dos antigos professores<p style="text-align: justify;"><i>Compartilho texto e fotos que postei há 5 anos, os quais trazem memórias pessoais agradecidas. </i><i>Na iminência do retorno às aulas, na próxima semana, somos chamados à reflexão sobre a importância da escola em nossas vidas. </i><i>A pandemia forçosamente aguçou essa percepção. </i><i>Que possamos recuperar parte do que, contra a vontade de todos, foi prejudicado neste tempo ainda muito desafiador. </i><i>E um VIVA a todos os nossos educadores, de ontem e de hoje!</i></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPb8EY2c6mKhYnWVXP5cT74JDKSE17N__iK89TAhD9F74wN5rKiSgeJCp2ySafsbHNGNYdl1IVvpyA0do3g0X3CAf378Zi3BCBn3stmVhfvR-l2yqMi9oQj0mkr0EhfuVDCkwqV-KJLks/s1213/ESF+1990.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="840" data-original-width="1213" height="444" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPb8EY2c6mKhYnWVXP5cT74JDKSE17N__iK89TAhD9F74wN5rKiSgeJCp2ySafsbHNGNYdl1IVvpyA0do3g0X3CAf378Zi3BCBn3stmVhfvR-l2yqMi9oQj0mkr0EhfuVDCkwqV-KJLks/w640-h444/ESF+1990.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Docentes e outros colaboradores do Externato Sagrada Família no início dos anos 1990.</td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;">Talvez seja por eu ter me tornado professor... O fato é que tenho uma memória muito viva de quase todos os professores que passaram por minha vida de estudante, em especial os do ensino infantil, fundamental e médio. Das minhas primeiras mestras, Anna Cristina Ambrózio e Rosana Merlin, guardo memória aguçada e reelaborada no presente por gravações em VHS de quase três décadas atrás, que documentaram de modo muito sensível a trajetória escolar dos anos de 1987 e 1988. Nessas imagens, vê-se a luz da juventude e do empenho de profissionais com as quais ainda hoje tenho contato pela internet, com carreiras consolidadas.</p><p style="text-align: justify;">Como não lembrar das professoras Liliane Imperatto e Rosana Canzano, tão intimamente ligadas à consolidação de minha alfabetização e primeiras incursões no universo das letras? Mudando de área, tenho comigo que os alicerces para a Matemática foram garantidos pela professora Idalci, com que tive aulas na antiga 4ª série. Lembro-me que ela residia no final da mesma avenida do colégio. Creio que se aposentou logo após ministrar aulas para nossa turma, pois nunca mais a reencontrei.</p><p style="text-align: justify;">No percurso escolar, o ingresso na 5ª série, marcando o início do que hoje se chama Fundamental II, representou o contato com um leque vasto de docentes igualmente memoráveis: Enedino de Moraes, de Ciências; Fernando, de Marcenaria e Artes; Marly Fabbri, de Língua Portuguesa; Valéria Malimpensa e Jacinta, de Inglês; Henrique Orlandini e Gláucia Ruy, de Geografia; Mary Leme do Prado, de Matemática; Irmã Rosa (in memorian), de Ensino Religioso; César Vecina, de Educação Física... No Ensino Médio, alguns continuaram conosco e outros se inseriram e nos brindaram com seu trabalho dedicado e, por isso mesmo, memorável. Faço questão de lembrar de Jeferson Santos, de Química; e de Carlos Cabiró, de Espanhol. Ambos se tornaram amigos bem próximos quando eu já havia ingressado na universidade. Em nome deles, agradeço a todos que fizeram parte de minha vida de estudante. Todos, ao seu modo, seguem me inspirando.</p><p style="text-align: justify;">Ao citar alguns nomes, corro o risco de esquecer gente muito importante em minha trajetória escolar e, de antemão, peço desculpas. Mas não fazer memória seria um erro maior ainda! A vocês, neste 15 de outubro, meu muito obrigado recheado de saudade, alegria e desejo de revê-los e abraçá-los, assim que possível.</p><p style="text-align: right;"><i>Prof. Elton Frias Zanoni<br /></i><i>Texto publicado originalmente em 14/10/2016. </i></p><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-20230436846620081872021-06-15T11:58:00.006-03:002021-06-15T11:58:45.929-03:00Por que 16 de junho?<p style="text-align: justify;">Salto comemora mais um aniversário de fundação nesta quarta-feira. Trata-se do seu 323º aniversário. Data simbólica, guarda suas razões históricas que merecem ser conhecidas por todos seus munícipes.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><b>TAVARES E A FUNDAÇÃO DE SALTO</b></p><p style="text-align: justify;">Considera-se como a data da fundação de Salto o dia da bênção da capela dedicada a Nossa Senhora do Monte Serrat, ocorrida em 16 de junho de 1698. E o fundador, o capitão Antonio Vieira Tavares - então proprietário do sítio Cachoeira, cujas terras correspondem hoje a parte da cidade de Salto. Antes de falecer, Tavares fez a doação do sítio Cachoeira à capela por ele construída. E na escritura de doação, datada de 1700, fez constar que era vontade dele e de sua mulher, Maria Leite, que a capela permanecesse para sempre naquele local, onde hoje está a Igreja Matriz. À época, quem observasse o horizonte a partir daquele ponto teria vista privilegiada para a cachoeira.</p><p style="text-align: justify;">O trabalho de recuperação da memória do fundador de Salto coube a Luiz Castellari [1901-1948], autodidata, autor de "História de Salto", que empreendeu competente pesquisa, decifrando manuscritos do final do século XVII e início do século XVIII. Antes disso, pouco se sabia sobre a ocupação pioneira das terras à direita do Ytu Guaçu, como diziam os índios.</p><p style="text-align: justify;">Nascido em meados do século XVII, Tavares vivia no sítio Cachoeira desde aproximadamente 1690, com sua mulher, alguns familiares e escravos. A propriedade fora obtida por duas escrituras de datas de cartas de sesmarias – uma forma existente, no Brasil colonial, para se tornar proprietário de terras. Para assistir missa aos domingos, na vila de Itu, Tavares e seus familiares tinham que atravessar o rio Tietê – e não há registro da existência de uma ponte ligando as duas margens nessa época. Além disso, nosso fundador alegava sofrer de grande moléstia – o que dificultava ainda mais seu deslocamento.</p><p style="text-align: justify;">Com base nesses argumentos, somados à sua devoção religiosa, solicitou formalmente às autoridades católicas que o autorizassem a construir em seu sítio uma capela dedicada à Senhora do Monte Serrat. Para tanto, pediu autorização também para usar os bens móveis de uma capela fundada por seu pai, Diogo da Costa Tavares, localizada em Cotia, hoje cidade da Grande São Paulo. A licença para construir a capela no sítio Cachoeira foi concedida em fins de 1696 e, em 16 de junho de 1698, o padre Felipe de Campos a benzeu.</p><p style="text-align: justify;">Passados dois anos e meio da bênção da capela, Tavares e sua mulher, Maria Leite, firmaram uma escritura de doação do sítio Cachoeira à capela de Nossa Senhora do Monte Serrat recém fundada, mas impunham algumas condições. Além da já mencionada localização da capela, que não poderia ser alterarada, especificaram que a doação só seria consumada por falecimento de ambos, marido e mulher. Doariam ainda as peças de gentio da terra – como eram chamados os escravos índios – e demais escravos de origem africana. A casa na qual residiam também estaria entre os bens doados, excetuando-se apenas dinheiro, ouro, prata, cavalos, armas e roupa branca. E é sobre a localização dessa casa que paira um grande mistério. Em que ponto do sítio Cachoeira ela estaria localizada? Possivelmente próxima de onde se construiu a capela, embora não exista hoje nenhum vestígio material nem documento escrito que nos dê qualquer indicação.</p><p style="text-align: justify;">Maria Leite faleceu em 1704, não tendo nenhum filho com Tavares, que cerca de um ano depois do falecimento dessa primeira esposa se casaria novamente. A segunda esposa, Josepha de Almeida, lhe deu cinco filhos – dois dos quais se tornaram religiosos. Tavares faleceu em 4 de dezembro de 1712, sendo sepultado na capela-mor da Igreja dos Franciscanos, em Itu. Seus restos mortais foram transferidos para Salto em 1981, estando hoje depositados na capela do Monumento à Padroeira.</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6AW73W2O5WE3DGYpt7w-ldxK1R32vO1n5FAsZKJAk15nQCaWZ8PHIiVr0Ssa1AIxvDw4KR3I2kFZFfOP5AY4wcvsfP_94a7R1R2jb96EBdlHEKBloU9_y55pLs1rqJjci-YoELYGZQCk/s2048/13433074_10201991465946027_8096306136295955785_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1333" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6AW73W2O5WE3DGYpt7w-ldxK1R32vO1n5FAsZKJAk15nQCaWZ8PHIiVr0Ssa1AIxvDw4KR3I2kFZFfOP5AY4wcvsfP_94a7R1R2jb96EBdlHEKBloU9_y55pLs1rqJjci-YoELYGZQCk/w416-h640/13433074_10201991465946027_8096306136295955785_o.jpg" width="416" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><b>Transcrição da imagem:</b></p><p style="text-align: justify;"><i>"Título da Erecção e Instituição da Capella de Nossa Senhora do Monserrate Sita no termo desta Villa no Sitio chamado Salto, e Cachueyra.</i></p><p style="text-align: justify;"><i>Traslado da Provisão da Erecção</i></p><p style="text-align: justify;"><i>Muito Reverendo Senhor Doutor Vizitador Geral. Dis Antonio Vieyra Tavary morador em a Villa de Itu, que elle Suppte. tem o Sitio de Sua habitação na paragem chamada Cachueyra, o qual fica dystante da villa hua legua, e tem hua passagem de Rio, com que Sua família não pode acudir a villa para ouvir Missa aos Domingos, e dias Santos, e elle Suppte. o faz com grande modéstia; e por estas razoens, com tão bem por sua devoção quer erigir no dito Seu Sitio hua Igreja com seu Adão. Com a invocação de Nossa Senhora do Monserrate, para cuja família aplicar os bens moveis da Capella da (Acutia), que por ordem delle. Se lhe entregarão por Ser elle o Suppte. Sucessor legítimo do Fundador. Pello que pode [...] lhe faça mercê Conceder Licença para erigir a dita Igreja na sobredita paragem com seu Adão: afirmar de Com Missão do Reverendo Vigário para a benzer Como estiver feita. E receberá a mercê. Despacho. Passe Provisão na forma do estilo Villa de São Paulo: vinte e hum de outubro de mil seiscentos e noventa e sinco annos. Costa. Provisão! O Doutor Manoel da Costa Cordeiro Vizitador Geral das Villas, e Capitanias da Provinça do Sul, Juiz das Presidença e Casamentos pello Illustrissimo Reverendissimo Senhor Dom Joseph de Barros de Alonço por mercê de Deos, e da Santa Sé Apostólica Bispo do Bispado de São Sebastião do Rio de Janeiro, do Concelho de Sua Magestade Ma. Aos que Apresente Nossa Provisão Vierem donde e Paz para sempre em Jesus Cristo Nosso Salvador, que de todos he Verdadeyro Remedio e Salvação. Faremos saber, que hera descrito ao que o Suppte. nos Representou em Sua petição e havermos por bem lhe coceder, licença Como por esta presente lhe concedemos para que possa fazer a Igreja, que pela Invocação de Nossa Sra. do Monserrate; e depois de feita lavantar a Ata para de poder dizer Missa na forma que Se constara fazer nas mais Igreja, a qual Será Situada em lugar livre fora de toda a Constribuição, e serviço das casas de vivenda; codito Suppte."</i></p><p style="text-align: right;">(2º livro tombo da Paróquia de Nossa Senhora da Candelária)</p><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-54709565450727475222021-06-11T11:46:00.000-03:002021-06-11T11:46:04.736-03:00Entrevista - Aniversário de Salto<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/dm1AM641s4A" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-48939554430802557082021-05-26T18:35:00.008-03:002021-05-26T18:38:27.442-03:00Praça XV de Novembro<p style="text-align: justify;"><b>Bem antes de uma praça...</b></p><p style="text-align: justify;">Até a década de 1950, o espaço hoje ocupado pela Praça XV de Novembro e a Escola Estadual Prof. Cláudio Ribeiro da Silva compunha um cemitério. No ano de 1890, meses após Salto ser elevada a vila independente, teve início uma campanha junto à população para a construção de um cemitério no terreno doado por Antônio da Silva Teixeira. Antes disso, os cemitérios aqui existentes eram construídos emergencialmente, por ocasião de epidemias, como as de varíola. Nos demais casos, as pessoas que faleciam em Salto eram enterradas em Itu.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQptIa9nvdaFm1pS-a1psmS2cFG3Hy_zCjjTcHZfM-cOWi7cwKdy2GsKfYQXB-THM0wcDcTrgaOp46brIBQppNdchyFvj8QReQY0vWMDaQ-wLxiic1UuSsu-haKnfjbj8fKbZx0-ICeh0/s1862/desenho_cemiterio_velho.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1205" data-original-width="1862" height="414" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQptIa9nvdaFm1pS-a1psmS2cFG3Hy_zCjjTcHZfM-cOWi7cwKdy2GsKfYQXB-THM0wcDcTrgaOp46brIBQppNdchyFvj8QReQY0vWMDaQ-wLxiic1UuSsu-haKnfjbj8fKbZx0-ICeh0/w640-h414/desenho_cemiterio_velho.jpg" title="Figura: O cemitério velho em desenho de Gileno do Carmo, com os portões voltados para a atual Av. Dom Pedro II. Jornal Taperá, 10/10/1998." width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: left;">O cemitério velho em desenho de Gileno do Carmo, com os portões voltados<br />para a atual Av. Dom Pedro II. Jornal Taperá, 10/10/1998.</span></td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br />Este espaço (imagem acima) foi chamado durante muito tempo de cemitério velho, em oposição ao cemitério novo, que começou a funcionar em outra região da cidade, a Vila Nova, por volta de 1903 (atual Cemitério da Saudade). Em 1952, uma lei municipal proibiu sepultamentos no cemitério velho e, seis anos mais tarde, metade de seu terreno foi doada ao governo estadual para a construção do 2º Grupo Escolar de Salto, atual Escola Estadual Professor Cláudio Ribeiro da Silva. A outra metade do terreno, correspondente à frente do antigo cemitério, foi transformada na Praça XV de Novembro, inaugurada em 1968.<br /><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirPvOeLIHXcw4lGiMbmOZZyZ56xgcIVcZcfZroxr1RfKRXsljx1dZ3OOR0c6nkq_e3lYbbLs-fBjgHnZS_xX8pGTg6WcXIX5qw8wD8JM6kYwgsws8TCrgGnFQ9m2iYXnkrZNYObQ32EfY/s2048/foto_gazeta_1968.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1246" data-original-width="2048" height="390" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirPvOeLIHXcw4lGiMbmOZZyZ56xgcIVcZcfZroxr1RfKRXsljx1dZ3OOR0c6nkq_e3lYbbLs-fBjgHnZS_xX8pGTg6WcXIX5qw8wD8JM6kYwgsws8TCrgGnFQ9m2iYXnkrZNYObQ32EfY/w640-h390/foto_gazeta_1968.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: left;">Vista aérea da Praça XV antes de ser inaugurada. Gazeta Esportiva, 16/06/1968.<br /><br /></span></td></tr></tbody></table><p><b>O prefeito que criou a Praça XV</b></p><p style="text-align: justify;">Prefeito de Salto entre 1º/01/1964 e 31/01/1969, Joseano Costa Pinto nasceu nesta cidade em 1930. Também foi vereador por três vezes, sendo presidente do Legislativo entre 1953 e 1955. Em seu mandato como prefeito, Salto viu diversas praças surgirem: XV de Novembro, da Saudade, São Benedito, Santa Lúcia e Ângelo Telesi. A Praça XV de Novembro foi inaugurada em 16/06/1968, quando a cidade completava 270 anos. Naquela ocasião, foi considerada a vedete da festa de aniversário.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_PZxBk7_nQbJ3rDOmohX0jIbdUqnDvrScaHAeABfwVN6ACM465O5TALpHMaYji4I_o4dgpOS7TFP41VKl6ds8FM7sBf3srXBqEczblWDgeBgeQleeGEIhyomEvp2WmED7U2ZGLaYpG8E/s2048/079_08.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1613" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_PZxBk7_nQbJ3rDOmohX0jIbdUqnDvrScaHAeABfwVN6ACM465O5TALpHMaYji4I_o4dgpOS7TFP41VKl6ds8FM7sBf3srXBqEczblWDgeBgeQleeGEIhyomEvp2WmED7U2ZGLaYpG8E/w252-h320/079_08.jpg" title="Joseano Costa Pinto [1930-1981], ex-prefeito de Salto." width="252" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: left;">Joseano Costa Pinto [1930-1981], ex-prefeito de Salto.</span></td></tr></tbody></table><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipryRsKacoDy2o8mtn6Lvhh3E_JWCisrIg5p76j1t1qdXv0GXgfeA3J6O97gywtVZTvXhQ_SYNsjzlMgaD_ZD_wvOlgoOQsKhprF1_WO9pQNB8ZqLWq53lZb7o5KmZFgqrOEKbFMV2eCc/s1884/noticia_gazeta.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1884" data-original-width="1819" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipryRsKacoDy2o8mtn6Lvhh3E_JWCisrIg5p76j1t1qdXv0GXgfeA3J6O97gywtVZTvXhQ_SYNsjzlMgaD_ZD_wvOlgoOQsKhprF1_WO9pQNB8ZqLWq53lZb7o5KmZFgqrOEKbFMV2eCc/w618-h640/noticia_gazeta.jpg" width="618" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><p>Trecho do suplemento sobre Salto veiculado no jornal Gazeta Esportiva, 16/06/1968.</p><p><br style="text-align: left;" /></p></td></tr></tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfpMmhmsPW-cvanjZmhtym26lQVAI8whPmneO0ccDJ0BzFtn7jtrMkinU27Dd4SJQrpliZCWIZElhDNJrfPeTSf9H1MMEDxuVc5p5sNo5i1T2CCTrIoTVct8hj1NlnVxpbXPIzP0XdQFw/s2048/133_09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1107" data-original-width="2048" height="346" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfpMmhmsPW-cvanjZmhtym26lQVAI8whPmneO0ccDJ0BzFtn7jtrMkinU27Dd4SJQrpliZCWIZElhDNJrfPeTSf9H1MMEDxuVc5p5sNo5i1T2CCTrIoTVct8hj1NlnVxpbXPIzP0XdQFw/w640-h346/133_09.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Escola Estadual Cláudio Ribeiro da Silva, sem a Praça XV no terreno à frente.<br /><br /></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihkQGwF81VwNiCBAdBV1fAxvoOK8CP1D6Aq3kaZRBTeTiC_6ax18p0F6aO6yY6gBpl6nsJsD56TtUxpVJBPbiDGQCchRGf4VL7y5ZMkyKCshNsduNvUkNzDUIKdzd7RBbgmadkdpX5qsY/s2048/slide01.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="2016" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihkQGwF81VwNiCBAdBV1fAxvoOK8CP1D6Aq3kaZRBTeTiC_6ax18p0F6aO6yY6gBpl6nsJsD56TtUxpVJBPbiDGQCchRGf4VL7y5ZMkyKCshNsduNvUkNzDUIKdzd7RBbgmadkdpX5qsY/w630-h640/slide01.jpg" width="630" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: left;">Panorama da Praça XV em seus primeiros tempos.<br />Em primeiro plano, a Av. Dom Pedro II. Foto de 1974.</span><br /></td></tr></tbody></table><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_qZWgceWxutGhnoiJHFUgVbR8q96RqDMZqxPO1lQzIM_u6_okmN_TiEvv3hW6zlSep7QJCJWOYmAn1jmCqaqpUFRY73ZOnk47N5aYuLlN-zQVltF3PkcAVAEeU51LmM48qtAhe-SQjzw/s2048/fonte_noite.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="2042" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_qZWgceWxutGhnoiJHFUgVbR8q96RqDMZqxPO1lQzIM_u6_okmN_TiEvv3hW6zlSep7QJCJWOYmAn1jmCqaqpUFRY73ZOnk47N5aYuLlN-zQVltF3PkcAVAEeU51LmM48qtAhe-SQjzw/w638-h640/fonte_noite.jpg" width="638" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: left;">Vista noturna da antiga fonte luminosa.</span></td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-83331335105995203912021-05-25T22:26:00.005-03:002021-05-25T22:26:30.691-03:00Podcast #002 A Ponte Pênsil e os pescadores<iframe src="https://anchor.fm/historiasalto/embed/episodes/002-A-Ponte-Pnsil-e-os-pescadores-e11jfe5" height="102px" width="400px" frameborder="0" scrolling="no"></iframe><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-10851908724362866662021-05-23T19:28:00.005-03:002021-05-24T08:49:33.459-03:00Podcast #001 A fundação de Salto<iframe src="https://anchor.fm/historiasalto/embed/episodes/001-A-fundao-de-Salto-e11d666" height="102px" width="400px" frameborder="0" scrolling="no"></iframe><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-84426764222974970342021-04-23T10:46:00.008-03:002021-05-23T19:30:43.789-03:00Preservando vozes do passado<p>Há 15 anos, quando comecei formalmente a trabalhar com a história e a memória de Salto, tive como primeira preocupação digitalizar o acervo de história oral que estava sob guarda do Museu da Cidade. Eram 34 fitas cassete, algumas já desmagnetizando-se, que foram convertidas para CDs. O trabalho era quase que artesanal, envolvendo uma busca por técnicas que não se aprendem na universidade.</p><p>Ao final de alguns meses, nos idos de 2006, o acervo estava plenamente digitalizado. Eram gravações dos anos 1990, em sua maioria, com algumas fitas alheias ao processo principal de coleta de depoimentos que ocorreu logo após o início do trabalhos de implantação do Museu. Dessa forma, tínhamos 32 fitas dos anos 1990, uma dos anos 1980 e uma de 1979! Preciosidades, a se considerar a raridade de registros desse tipo no âmbito memorialístico saltense.</p><p>Antes de 2010, os CDs foram convertidos em trilhas de MP3, que já vinham substituindo a tecnologia em declínio dos discos compactos. </p><p>Eis que agora, no contexto de popularização dos serviços de streaming de áudio e da ampla aceitação e consumo dos podcasts, surge-nos a possibilidade de perpetuar essas vozes do passado saltense na "nuvem", ampliando as chances desses documentos não se perderem. Fui fazendo a tarefa aos poucos, desde o ano passado. Temos, agora, os 34 depoimentos acumulados postados no podcast "História de Salto/SP", que nasce com essa primeira temporada. </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe src="https://open.spotify.com/embed/show/50wHjgRp0UMhvFF1lb6REZ" width="100%" height="232" frameborder="0" allowtransparency="true" allow="encrypted-media"></iframe>
</div><p>São ao todo 22h46min de gravações. A escuta, a depender do episódio, exige paciência com os chiados, barulhos externos e oscilações existentes em capturas não profissionais. Talvez incomode aos ouvidos, mas certamente tocará o coração de muitos a audição de testemunhos de pessoas de grata memória a tantos saltenses.</p><p>Fica o convite!</p><p style="text-align: justify;"><b><br />O podcast "História de Salto/SP" está disponível nas seguintes plataformas:</b></p><p style="text-align: justify;"><br />Spotify</p><p style="text-align: justify;"><a href="https://open.spotify.com/show/50wHjgRp0UMhvFF1lb6REZ">https://open.spotify.com/show/50wHjgRp0UMhvFF1lb6REZ</a></p><p style="text-align: justify;"><br />Google Podcasts</p><p style="text-align: justify;"><a href="https://www.google.com/podcasts?feed=aHR0cHM6Ly9hbmNob3IuZm0vcy8zOTVmODM4NC9wb2RjYXN0L3Jzcw==">https://www.google.com/podcasts?feed=aHR0cHM6Ly9hbmNob3IuZm0vcy8zOTVmODM4NC9wb2RjYXN0L3Jzcw==</a></p><p style="text-align: justify;"><br />Anchor</p><p style="text-align: justify;"><a href="https://anchor.fm/historiasalto">https://anchor.fm/historiasalto</a></p><p style="text-align: justify;"><br />Breaker</p><p style="text-align: justify;"><a href="https://www.breaker.audio/historia-de-salto-slash-sp">https://www.breaker.audio/historia-de-salto-slash-sp</a></p><p style="text-align: justify;"><br />Overcast</p><p style="text-align: justify;"><a href="https://overcast.fm/itunes1534251645/hist-ria-de-salto-sp">https://overcast.fm/itunes1534251645/hist-ria-de-salto-sp</a></p><p style="text-align: justify;"><br />Pocket Casts</p><p style="text-align: justify;"><a href="https://pca.st/1rgozhgc">https://pca.st/1rgozhgc</a></p><p style="text-align: justify;"><br />RadioPublic</p><p style="text-align: justify;"><a href="https://radiopublic.com/histria-de-saltosp-6LlZm9">https://radiopublic.com/histria-de-saltosp-6LlZm9</a></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-69260931396140552592021-02-21T13:34:00.003-03:002021-02-21T13:35:23.691-03:00O teleférico da Brasital<p style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: justify;">As duas fábricas de tecido pioneiras
em Salto, instaladas nesta margem do rio Tietê, bem como a fábrica de papel
situada na margem oposta – todas surgidas no último quarto do século XIX –
passaram, em </span><st1:metricconverter productid="1904, a" style="text-align: justify;" w:st="on">1904, a</st1:metricconverter><span style="text-align: justify;">
pertencer a uma única proprietária: a </span><i style="text-align: justify;">Società
per l’Esportazione e per l’Industria Italo-Americana</i><span style="text-align: justify;">. Esta se tornou, ao
mesmo tempo, produtora de tecidos e de papel.</span></span></p><p style="text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="text-align: justify;">Em </span><st1:metricconverter productid="1919, a" style="text-align: justify;" w:st="on">1919, a</st1:metricconverter><span style="text-align: justify;"> </span><i style="text-align: justify;">Italo-Americana</i><span style="text-align: justify;"> passou para as mãos da
Brasital S/A, que incorporou todo o patrimônio de sua antecessora. Apenas em </span><st1:metricconverter productid="1976 a" style="text-align: justify;" w:st="on">1976 a</st1:metricconverter><span style="text-align: justify;"> fábrica de papel foi
desmembrada da fábrica de tecidos, passando a ter um proprietário distinto.</span></span></p><p style="text-align: left;"><span style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O vínculo entre essas fábricas,
naquela época, se dava em virtude da matéria-prima para a produção do papel –
fibras de celulose – vir das sobras das fábricas de tecidos. Era comum,
inclusive, a fábrica de papel anunciar em jornais da época o seu interesse em
adquirir roupas velhas e trapos de linho ou de algodão.</span></span></p><p style="text-align: left;"><span style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">O teleférico da Brasital ligava
as fábricas de tecido e de papel, uma em cada margem do rio. Por meio de uma
barqueta, pessoas – inclusive gerentes – e materiais de pequeno porte eram
transportados com a agilidade necessária, constituindo a linha mais curta entre
as duas fábricas.</span></span></p><p style="text-align: left;"><span style="text-align: justify;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLZlltEAdtcSqmqdqQ-rIZRBkNnKlrnI22ZhwJlmig0HUt8uLFVc1FD3Z741WYLVuF4aGr3z6JvmrPAMkLhUxKTIsCgwlEZpwxcFKAKj2aGT2QvICUS3gjBFCGb6emoNfMYAlSPgCs6M8/s1986/041_01.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1986" data-original-width="1392" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLZlltEAdtcSqmqdqQ-rIZRBkNnKlrnI22ZhwJlmig0HUt8uLFVc1FD3Z741WYLVuF4aGr3z6JvmrPAMkLhUxKTIsCgwlEZpwxcFKAKj2aGT2QvICUS3gjBFCGb6emoNfMYAlSPgCs6M8/w448-h640/041_01.jpg" width="448" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Teleférico, próximo à torre de sustentação, que ligava a Fábrica de Tecido da Brasital à Fábrica de Papel. Desativado nos anos 60.</td></tr></tbody></table><span style="text-align: justify;"><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit2epnC4s2RkQWagFZ0tBW0wKXyjXhwGr5l2IwfP7ntr3bXdXm-mSYZ0LuAVoTUKBpIPv475jg_19xhYIH9IFwLwUkyzYXs5t7R6_T28XbK1AaxiD5Jyo_XQu8qTv6aWKEyPQK6i1cQos/s2048/045_11.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1242" data-original-width="2048" height="389" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEit2epnC4s2RkQWagFZ0tBW0wKXyjXhwGr5l2IwfP7ntr3bXdXm-mSYZ0LuAVoTUKBpIPv475jg_19xhYIH9IFwLwUkyzYXs5t7R6_T28XbK1AaxiD5Jyo_XQu8qTv6aWKEyPQK6i1cQos/w640-h389/045_11.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ponte Pênsil e Rio Tietê, 1945.</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghNcE8RsicZg-a5PwKrdGu2vXiuYYr7VLXzronrx1WOG8GwhQ8uu8zP8g8bhp2V9wKuUtpadiDfDmQj17W8bI0jtTYVTOIs-InYB3b4HMtbFS54LVhSGOUnqwVO8qTWuplSzKWqZ590jc/s2048/138_10.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1540" data-original-width="2048" height="482" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghNcE8RsicZg-a5PwKrdGu2vXiuYYr7VLXzronrx1WOG8GwhQ8uu8zP8g8bhp2V9wKuUtpadiDfDmQj17W8bI0jtTYVTOIs-InYB3b4HMtbFS54LVhSGOUnqwVO8qTWuplSzKWqZ590jc/w640-h482/138_10.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rio Tietê, a partir da Ponte Pênsil, tendo ao fundo o teleférico da Brasital que ligava à Fábrica de Papel.</td></tr></tbody></table><br /><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-69529073735745996652020-04-15T20:29:00.003-03:002020-04-16T08:48:32.082-03:00Epidemia de gripe em Salto, 1918<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Na contracapa do livro utilizado para registro do
movimento dos internados em Salto durante a pandemia de gripe de 1918, que
ficou conhecida por <i>gripe espanhola</i>,
vê-se um panfleto nela colado. Intitulado “Ao público”, informa que “a Comissão
de Socorros, tendo em vista o franco declínio da gripe nesta cidade, avisa ao
povo que o Hospital, instalado no Grupo Escolar, será fechado no próximo
domingo, 8 do corrente”. Datado de 6 de dezembro, o panfleto, que provavelmente
foi distribuído por toda a cidade, informava que “os doentes, todos em
convalescença” teriam alta no dia seguinte – um sábado. Por fim, assegurava que
os médicos continuariam “a receitar às pessoas indigentes, de acordo com a
lista em poder dos mesmos”, os “medicamentos [que] se encontram no Hospital”.
Além disso, garantia-se que a <i>Comissão</i>
continuaria “a distribuir gêneros alimentícios aos necessitados”.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span>
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaP-48oB0obNHGRa6pQkYjZORiA1MCK11V11jLlJUjy71gXSDvV7UxGJzf65C3k9WF4zMVCwL0A8lJRE2AjSS0y8TwUyfqfhrzCoe5F6f_cF84Y9cGQBhecziE0moedJDBe1H1xwJ1PyU/s1600/pagina_livro_reg.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><img border="0" data-original-height="959" data-original-width="698" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaP-48oB0obNHGRa6pQkYjZORiA1MCK11V11jLlJUjy71gXSDvV7UxGJzf65C3k9WF4zMVCwL0A8lJRE2AjSS0y8TwUyfqfhrzCoe5F6f_cF84Y9cGQBhecziE0moedJDBe1H1xwJ1PyU/s640/pagina_livro_reg.jpg" width="464" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Uma das páginas do livro de registro</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">A gripe espanhola apareceu em duas ondas diferentes.
Na primeira, em fevereiro de 1918, embora bastante contagiosa, era uma doença
branda, não causando mais do que três dias de febre e mal-estar. Já na segunda,
em agosto, tornou-se mortal. Se a primeira onda de gripe atingiu em especial os
Estados Unidos e a Europa, a segunda devastou o mundo inteiro. No Brasil, ela chegou
no final de setembro de 1918: marinheiros que prestaram serviço militar em
Dakar, na costa da África, desembarcaram doentes no porto de Recife. Em duas
semanas, surgiram casos de gripe em outras cidades do Nordeste, em São Paulo e
no Rio de Janeiro.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Nos jornais da época, multiplicavam-se as receitas,
como pitadas de tabaco e queima de alfazema ou incenso para evitar o contágio e
desinfetar o ar. Com o avanço da pandemia, sal de quinino, remédio usado no
tratamento da malária e muito popular na época, passou a ser distribuído à
população, mesmo sem qualquer comprovação científica de sua eficiência contra o
vírus da gripe. Diante do desconhecimento de medidas terapêuticas para evitar o
contágio ou curar os doentes, as autoridades aconselhavam apenas que se
evitassem as aglomerações. A partir desse raciocínio, criaram-se os hospitais
de isolamento.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Em Salto, o total de pessoas internadas no hospital de
isolamento improvisado no Grupo Escolar – atual Escola Estadual Tancredo do
Amaral – foi de 61. O primeiro a ser internado, em 19 de novembro, foi o jovem
Eduardo Carlos (14 anos de idade), “morador no Morro Vermelho” e “empregado do
Sr. Manoel da Silva Ladeira, residente na Vila Nova”. A última internada, em 6
de dezembro, foi Julia Ribeiro, jovem de 17 anos “natural de Santa Bárbara” e
“moradora à Rua Paysandu nº 119” (atual Rua Ruy Barbosa) – conforme registrou o
diretor dos trabalhos, Silvino Silveira.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Os registros são minuciosos. Há o detalhamento dos
objetos pertencentes ao hospital, que por sua vez foram colocados à disposição
da Câmara de Salto após o encerramento dos trabalhos. Na listagem, figuram
itens como camas de ferro, camisolas, colchões de capim, lenços, cobertores de
lã, pares de chinelos, urinóis, pratos de louça, saca-rolha, fogareiro, vassoura
– dentre outros.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Na relação das pessoas envolvidas com os trabalhos, na
qual a maior parte delas aparece descrita como “enfermeira” ou “servente”,
notamos a presença de pessoas vinculadas às antigas tecelagens de nossa cidade,
tais como a <i>Ítalo-Americana</i> – caso do
vigilante noturno João Leme – e a <i>Monte
Serrat</i> – casos da enfermeira Margarida de Pádua e da cozinheira Emilia de
Oliveira.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Uma nota triste aparece na tabela do “movimento geral”
de dezembro de 1918: <i>“No dia 4 (...), a
internada Augusta Carlos deu a luz a uma criança do sexo masculino, que recebeu
o nome de Benedicto. A parturiente é esposa de Tiburcio de Arruda Campos,
também internado. A criança nasceu às 10.25 do dia 4, e faleceu às 16.15 do
mesmo dia, vítima de gastro-enterite”.<o:p></o:p></i></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;"><br /></span></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">Numa rápida observação dos registros,
observam-se casos como os de Maria Benedicta (30 anos de idade), Maria de
Lourdes (6), José (10) e Agenor da Silva (8) – respectivamente mãe e seus três
filhos, internados todos no dia 21 de novembro. Há, ainda, situações como as da
família Tardelli, em que no espaço de poucos dias, vários de seus membros foram
internados. O balancete final dos 19 dias de funcionamento mostra que, do total
de 61 pessoas que passaram pelo hospital improvisado, com um número máximo de
26 concomitantes em três desses dias, houve dois falecimentos: Fernando
Tardelli, de 44 anos; e Aurélio Biaggi, de 49 – ambos italianos.</span><br />
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;"><span style="color: red;"><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">Texto publicado originalmente no jornal </span><b style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><i>Taperá </i></b><span style="font-family: "georgia" , "times new roman" , serif;">em 13/11/2010.</span></span></span></div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-57768912849678286652019-03-10T11:02:00.003-03:002019-03-10T11:04:16.441-03:00Vídeo histórico! Brasital, italianos e parte da cidade de Salto em fins dos anos 1930.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/ktYp9uYmH7o/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ktYp9uYmH7o?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
Trecho de vídeo que apresenta as instalações da Brasital em Salto, suas vilas operárias e as instalações da Casa d'Itália. Aproximadamente 1938.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>TRANSCRIÇÃO DO ÁUDIO</b></div>
<br />
EM ITALIANO:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<i>La Società Anonima Brasital è una tra le più importanti organizzazioni industriali dello Stato di San Paolo. Trarre il nome che prese nel 1919, l'azienda, fondata da Enrico Dell'Acqua e sviluppata in seguito dalla Società per l'Esportazione e per l'Industria Italo-Americana.</i><br />
<i>Ecco l'importante gruppo di edifici del cotonificio di Salto, che occupa oltre 1400 operai, maggioranza italiana, e i loro discendenti. Particolare l'adattamento di questi lavoratori alla Brasital, tanto che oggi figli e nipoti lavorano accanto a molti dei primi capi reparto ed operai dell'azienda. I prodotti di questa fabbrica esemplare sono apprezzati in tutto il Brasile.</i><br />
<i>Gruppo di direttori e capi tecnici.</i><br />
<i>Gruppo di abitazioni per gli impiegati.</i><br />
<i>Alcuni aspetti delle case degli operai.</i><br />
<i>Anche in Salto la Brasital ha una cartiera che è alla prima portata dello Stato di San Paolo.</i><br />
<i>In Sao Roque, il cortile della fabbrica di tessuti, che rappresenta il nucleo iniziale delle attività svolte in Brasile da Enrico Dell'Acqua.</i><br />
<i>Casa d'Italia: grazie all'ammirevole iniziativa degli italiani di Salto, e al costante appoggio della Brasital, i nostri connazionali, grandi e piccini, hanno in questa dignitosa sede tante occasione di ricordare la patria lontana.</i></blockquote>
<br />
EM PORTUGUÊS:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<i>A Sociedade Anônima Brasital é uma das mais importantes organizações industriais do Estado de São Paulo. A empresa, denominada Brasital em 1919, é um desenvolvimento da então Sociedade para a Exportação e para a Indústria Ítalo-Americana, fundada por Enrico Dell'Acqua.</i><br />
<i>Eis o importante conjunto de edifícios da tecelagem de Salto, que emprega 1400 operários, em sua maior parte italianos e seus descendentes. Peculiar o comprometimento desses trabalhadores para com a Brasital, visto que nos dias de hoje filhos e netos trabalham lado a lado a muitos dos primeiros chefes de departamento e operários da empresa. Os produtos desta fábrica exemplar são apreciados em todo o Brasil.</i><br />
<i>Grupo de diretores e responsáveis técnicos.</i><br />
<i>Conjunto de casas dos empregados.</i><br />
<i>Alguns aspectos das casas dos operários.</i><br />
<i>Também em Salto, a Brasital possui uma fábrica de papel que foi a primeira do Estado de São Paulo.</i><br />
<i>Em São Roque, as instalações da fábrica de tecidos, que representam o núcleo inicial das atividades desenvolvidas por Enrico Dell'Acqua no Brasil.</i><br />
<i>Casa d'Italia. Graças à admiravel iniciativa dos italianos de Salto e ao constante apoio da Brasital, os nossos conterrâneos, adultos e crianças, encontram neste digno espaço tantas ocasiões de recordarem a pátria distante.</i></blockquote>
<br />
-----<br />
<br />
Nossos agradecimentos pelo trabalho de transcrição e tradução a Flavia Santini e Bruno Elias.<div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-25469519327839400462018-11-23T21:31:00.001-02:002018-11-23T21:43:11.153-02:00Os italianos e os bairros rurais de Salto<div style="text-align: justify;">
<b>A IMIGRAÇÃO ITALIANA</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Antes de 1860, a península itálica estava dividida em vários pequenos Estados, em geral fracos e dominados por outras potências europeias. A ideia de que a Itália devia formar um só país vinham de longe, mas foi somente no século XIX que ela ganhou força e se completou.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHA3iBKIkrJT_s4-l0o2kGpLaRl_lMlJRr6AbXyVuhWXX8TAdFuRh6f3h7sc3V_iPCfcdB4S1WLmTmgry3e9iCLZLQB5x2mNPHY6y3UdKv88qkIlF1pUP-i28UKocDHMI19mrbk3kWkOA/s1600/unificacao_italia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="656" data-original-width="588" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHA3iBKIkrJT_s4-l0o2kGpLaRl_lMlJRr6AbXyVuhWXX8TAdFuRh6f3h7sc3V_iPCfcdB4S1WLmTmgry3e9iCLZLQB5x2mNPHY6y3UdKv88qkIlF1pUP-i28UKocDHMI19mrbk3kWkOA/s400/unificacao_italia.jpg" width="357" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O gradativo processo de unificação da península itálica: 1860-1870</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A unificação não melhorou a vida do povo italiano. A crise agrícola de 1880 afetou profundamente as pequenas propriedades, que não suportavam a pesada carga de impostos do governo e não conseguiam competir com a produção agrícola de outros países. A injustiça social, acompanhada de um governo ineficiente, lançava as famílias ao desencanto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para muitas famílias italianas o sonho de superar as dificuldades vividas na terra natal passou a ser representado pela expressão “fazer a América”. E assim, muitos italianos atravessaram o Oceano Atlântico e aportaram no Brasil, cheios de esperança. Estima-se que, entre homens, mulheres e crianças, o total tenha ultrapassado um milhão e meio de pessoas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5FI2Mpg-FaXZEyfba8e6-zTw1zSUcqfTDoXSquW6KsWQmtbJ_i93NgHhID5D__xdVxyrbV5_3Q5vI5O6IOTDXpcVGWafc4gFFLEhHOknxW91Zif1_CZYrsBRfJRgyBdjW5vfTfpaZfBY/s1600/Os+emigrantes%252C+de+Ant%25C3%25B4nio+Rocco%252C+c.+1910.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="1341" height="545" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5FI2Mpg-FaXZEyfba8e6-zTw1zSUcqfTDoXSquW6KsWQmtbJ_i93NgHhID5D__xdVxyrbV5_3Q5vI5O6IOTDXpcVGWafc4gFFLEhHOknxW91Zif1_CZYrsBRfJRgyBdjW5vfTfpaZfBY/s640/Os+emigrantes%252C+de+Ant%25C3%25B4nio+Rocco%252C+c.+1910.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Os emigrantes</i>, de Antônio Rocco, c. 1910</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A CULTURA CAFEEIRA</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Diante da necessidade de mão-de-obra barata para a manutenção da lavoura do café, o estado de São Paulo foi o centro da imigração europeia para o Brasil. Dos 4 milhões de estrangeiros que entraram no Brasil entre 1886 e 1934, 56% vieram para São Paulo. Enquanto os alemães preferiam ir para o Sul e os portugueses para o Rio de Janeiro, os italianos fizeram de São Paulo o seu lugar. Quase 2 em cada 3 italianos que imigraram para o Brasil vieram para São Paulo, sendo a maioria esmagadora dirigida aos cafezais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKfrMpDCGbzzgiXPWUQwury5zLToE9xTZXa0cGmFhwwV9Py_eK7hSqnfy2S2AB9Ok3kCBYMyeNAsskbiMr1-wXYoCoXI3s-L2MMBCYmBUIV3z7jofbthFQ9q8RJvExltHR3vsmMDZd3ws/s1600/A+colheita%252C+de+Ant%25C3%25B4nio+Ferrigno%252C+1903.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="875" data-original-width="1367" height="408" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKfrMpDCGbzzgiXPWUQwury5zLToE9xTZXa0cGmFhwwV9Py_eK7hSqnfy2S2AB9Ok3kCBYMyeNAsskbiMr1-wXYoCoXI3s-L2MMBCYmBUIV3z7jofbthFQ9q8RJvExltHR3vsmMDZd3ws/s640/A+colheita%252C+de+Ant%25C3%25B4nio+Ferrigno%252C+1903.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>A colheita</i>, de Antônio Ferrigno, 1903</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por volta de 1890, grande número de famílias italianas se instalou nas lavouras de café existentes no bairro denominado <b>Buru</b>, em Salto – uma região que, à época, se estendia desde a margem direita do córrego do Ajudante e do rio Tietê até as divisas do município de Salto, tendo no meio o próprio rio Buru, que nomeava a essa vasta área.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-dhPEAbqHQOyZQhdLbyhKGw0jnCAnczTSGaBxojsZeLDZJuPlceroJOoaqQVsWgwMaJOoNRmlnt5vCvnIqV5E13JgY_ZWaGmc2cwFy4qatEdh8Oh22h59tsa-dPVsVDIzRZz5KRh80K4/s1600/levantamento+topogr%25C3%25A1fico+1931.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1117" data-original-width="1600" height="444" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-dhPEAbqHQOyZQhdLbyhKGw0jnCAnczTSGaBxojsZeLDZJuPlceroJOoaqQVsWgwMaJOoNRmlnt5vCvnIqV5E13JgY_ZWaGmc2cwFy4qatEdh8Oh22h59tsa-dPVsVDIzRZz5KRh80K4/s640/levantamento+topogr%25C3%25A1fico+1931.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A então vasta área rural saltense, em mapa de maio de 1931, de autoria do imigrante Henrique Castellari.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>OS ITALIANOS EM SALTO</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A então <i>Vila de Salto de Ytu</i>, situada entre as regiões cafeeiras de Itu, Campinas e Jundiaí, era um local bastante modesto em fins do século XIX. Contudo, tornou-se um exemplo significativo da força da presença italiana em solo brasileiro. Nos primeiros anos do século XX, era grande o número de italianos que chegava à região de Salto. No ano de 1905, por exemplo, o contingente de naturais da Itália que aqui instalados passava de 3000, quando a população saltense era de aproximadamente 4200 habitantes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As primeiras levas de italianos começaram a chegar a Salto por volta de 1890 – tempo em que ainda eram pouco numerosas as propriedades rurais e se encontravam vastas áreas cobertas pela mata virgem. Valendo-se dessas terras inexploradas e de baixo custo, nelas se fixaram muitas famílias de imigrantes recém chegadas da Itália ou saídas das fazendas de café dos municípios vizinhos ou áreas próximas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU42-FR2Za0tlAgtIVd6gwtiRPC5HgS8JLZWo_IuTiRa8GzmhozvLeAmlDsxUlo5SKSVaj8q49-oqZ8U86LhxkUGwmrC9N1eqmhyphenhyphenFb-4IvUnP2dPjVYvnmzt3fRZ6I5XrpN34vRhkDVKs/s1600/S%25C3%25ADtio+Fund%25C3%25A3o%252C+fam%25C3%25ADlia+Quaglino%252C+c.+1901.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="770" data-original-width="1600" height="308" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhU42-FR2Za0tlAgtIVd6gwtiRPC5HgS8JLZWo_IuTiRa8GzmhozvLeAmlDsxUlo5SKSVaj8q49-oqZ8U86LhxkUGwmrC9N1eqmhyphenhyphenFb-4IvUnP2dPjVYvnmzt3fRZ6I5XrpN34vRhkDVKs/s640/S%25C3%25ADtio+Fund%25C3%25A3o%252C+fam%25C3%25ADlia+Quaglino%252C+c.+1901.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sítio Fundão, da família Quaglino, c. 1901</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O BAIRRO DO BURU</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma família de imigrantes trouxe da Itália a primeira imagem de Nossa Senhora das Neves, propagando o culto na região do Buru. Desde o final do século XIX se promoviam novenas, sempre no mês de agosto, que eram encerradas com a procissão da referida imagem. Desde esse tempo festas populares eram realizadas com o intuito de se arrecadas fundos para a construção de uma capela. A capela hoje existente já é a segunda construção e data de 1938.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As famílias Rocchi, Di Siervo, Zambon, Bethiol, Pauli, Pitorri, Bolognesi, Cortis, Ognibene, Zanoni, Gianotto, Vallini, Quaglino, Ferrari, Stecca, Santinon, Matiuzzo, Bernardi, Gilberti, Bergamo, Nicácio, Mosca, Fiori - dentre outras - estiveram ligadas à história de ocupação do bairro do Buru e adjacências, bem como aos trabalhos religiosos na capela de Nossa Senhora das Neves.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHWxTmZrEjqiBT_W7H02wK29L3p_viXsVTMNAToljIW7oZdZereLZ8CkkJNqtFHfvvTveu9LX5XCW3dC8lW_0CV5P1TI78EA4k5TzP8Bvgk01CmJrC1cbi23COKeqs8yuK_qiv8KbcxR4/s1600/Jo%25C3%25A3o+Ivo+Stecca%252C+esposa+e+filhos+-+uma+fam%25C3%25ADlia+do+Buru%252C+c.+1940.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="947" data-original-width="1287" height="470" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHWxTmZrEjqiBT_W7H02wK29L3p_viXsVTMNAToljIW7oZdZereLZ8CkkJNqtFHfvvTveu9LX5XCW3dC8lW_0CV5P1TI78EA4k5TzP8Bvgk01CmJrC1cbi23COKeqs8yuK_qiv8KbcxR4/s640/Jo%25C3%25A3o+Ivo+Stecca%252C+esposa+e+filhos+-+uma+fam%25C3%25ADlia+do+Buru%252C+c.+1940.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">João Ivo Stecca, esposa e filhos - uma família do Buru, c. 1940</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEIUHjAW5UeMh0EoMrl6ftOlo4CApUtkWVg1raGuxlvkAq54IKeZ6be7VTf3rHrortb-X-matNVDlFORHRLcO0nIZHqtQYb3zaxfiB_Lt26PmGXASNkc53UMVW_-WlHF_i-A4e7Fkv_7E/s1600/Casal+Zambon.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="762" data-original-width="587" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEIUHjAW5UeMh0EoMrl6ftOlo4CApUtkWVg1raGuxlvkAq54IKeZ6be7VTf3rHrortb-X-matNVDlFORHRLcO0nIZHqtQYb3zaxfiB_Lt26PmGXASNkc53UMVW_-WlHF_i-A4e7Fkv_7E/s400/Casal+Zambon.jpg" width="307" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O casal Dorothéa Ghizzo Zambon (1875-1955) e João Zambon (1873-1958): originários de Treviso (Itália), chegaram ao Brasil em 1888, via porto de Santos. Residiram no Bairro do Buru durante várias décadas.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDXVkXcPAxFgi35jovxxEW_O5atKXeFkoDOxT6k3ZjY696W97dMFiM6fE3YggHRxe5wMtSWhhnW84Paz1odIThcebb1sLA9O5JCOTb04PiruoPA7MYcU5rCI7InKIVSQRAlTfF6GUfFNU/s1600/capela_ns_neves_dec_1970.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="742" data-original-width="1004" height="472" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDXVkXcPAxFgi35jovxxEW_O5atKXeFkoDOxT6k3ZjY696W97dMFiM6fE3YggHRxe5wMtSWhhnW84Paz1odIThcebb1sLA9O5JCOTb04PiruoPA7MYcU5rCI7InKIVSQRAlTfF6GUfFNU/s640/capela_ns_neves_dec_1970.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capela de Nossa Senhora das Neves, padroeira do Bairro do Buru, em foto da década de 1970.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b>Nota: </b>este texto fez parte da exposição sobre o mesmo tema que figurou na Festa Ítalo-Saltense de 2010, realizada na Praça XV de Novembro.</i></div>
<div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-38330006082565360362018-04-29T22:33:00.004-03:002018-11-23T20:12:03.671-02:00Vídeo: Parque Natural Ilha da Usina<iframe allowfullscreen="true" allowtransparency="true" frameborder="0" height="315" scrolling="no" src="https://www.facebook.com/plugins/video.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fagenciasagan%2Fvideos%2F164760344188818%2F&show_text=0&width=560" style="border: none; overflow: hidden;" width="560"></iframe><br />
<br />
Roteiro: Elton Frias Zanoni<br />
Edição: Lucas Frias Zanoni<br />
Produção: <a href="http://www.agenciasagan.com.br/" target="_blank">Agência Sagan - Salto/SP</a><br />
Veja também no <a href="https://www.youtube.com/watch?v=vtUe9yg9IC8" target="_blank">YouTube</a><br />
<br /><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-30496971212420993422017-09-02T07:36:00.000-03:002017-09-02T07:36:46.833-03:00Monsenhor Mário Negro (1922-2006)<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<b><span style="color: yellow;">Texto de Valderez Antonio Bergamo Silva, publicado originalmente no jornal <i>Taperá</i>, em 2006.</span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><b>MONSENHOR</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;">Era o meu
modelo de padre. Porreta e da pá-virada.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;">Certa vez, precisei
telefonar-lhe para combinar detalhes sobre uma cerimônia da Semana Santa em
praça pública. O carnaval tinha passado fazia poucas semanas e eu, na época
dirigente de cultura da cidade, havia mandado decorar a rua dos desfiles com
grandes painéis que evocavam os orixás do candomblé, em homenagem aos cem anos
da abolição da escravidão e às raízes africanas do povo brasileiro. Lembrei,
depois, que o padre talvez não tivesse gostado muito e, diplomaticamente,
expliquei por que era uma referência cultural legítima, uma homenagem a uma das
vertentes da formação brasileira, coisa e tal. Disse que ele tinha </span><i style="text-indent: 27pt;">“um coração compreensivo” </i><span style="text-indent: 27pt;"> </span><span style="text-indent: 27pt;">e que certamente tinha entendido a razão dos
enormes desenhos de Iemanjá, Iansã, Ogum, Oxalá, pairando no centro da cidade.
Ele pegou o gancho da minha fala e me devolveu a espetada pelo telefone</span><b style="text-indent: 27pt;">:</b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<i style="text-indent: 27pt;"><br /></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<i style="text-indent: 27pt;">- Claro, o coração do padre é tão
compreensivo que vira terreiro de
macumba.</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;">Esse homem
direto, franco, freqüentemente rude, foi Mário Negro, o padre da minha
infância, o monsenhor de minha cidade natal, o amigo querido que fui a
sepultar, dias atrás.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;">Quando chegou
à cidade, no final dos anos 1960, criou o hábito que, em seu funeral, todos os
de minha geração cuidavam de lembrar. Nas manhãs de domingo tomava de um
tambor, um bumbo, e saía pelas ruas da cidade arrebanhando a garotada para a
chamada Missa das Crianças. Depois de percorrer ruas a fio, o cortejo – que
lembrava o flautista de Hamelin, da lenda medieval do homem que hipnotizava
meninos com o toque da flauta – chegava à frente da Igreja Matriz. Fazia,
então, as crianças seguirem em fila, pisando criteriosamente uma fita pregada
no chão, até se acomodarem nos bancos para assistirem à missa. Ficou também, na
memória da cidade, como o homem que, num descuido, despencou do campanário da
igreja, estatelando-se no duro chão de pedra do adro. E sobreviveu. Homem de
peripécias curiosas, houve o episódio em que viu-se enganado por uma trupe de
cinema, que o convenceu a fazer uma ponta como ator, celebrando um casamento
numa dada cena do filme que se rodava na cidade. Só depois da estréia, a
pequena cidade – e o padre, inocente – viram tratar-se de um filme pornográfico
dos que surgiam na época.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;">Haverá, certamente,
quem prefira lembrá-lo como o homem turrão e genioso, que bronqueou com beatas,
implicou com isto e aquilo, brigou com o prefeito, desafiou até o bispo. Eu o
vejo como fruto perfeito da Igreja, naquilo que ela efetivamente é</span><b style="text-indent: 27pt;">: </b><span style="text-indent: 27pt;">feita de homens; não de anjos. A
Igreja militante e peregrina, santa justamente porque só se torna possível à
custa de aprendizados, marchas, erros, acertos, martírios e sofrido exercício
da fé. O sacerdote octogenário que minha cidade perdeu foi o homem sabedor dos
limites do homem. Aquele, bem-humorado, que ministrava uma palestra em minha
escola, quando o conclave de cardeais se reunia para escolher o sucessor do
recém-falecido papa Paulo VI. Mário Negro explicava aos jovens que o Espírito
Santo é quem escolhe o papa, e que, em tese, não precisava ser um cardeal, poderia
ser qualquer um, até ele. Quando, com deliciosa malícia no sorriso, acrescentou</span><b style="text-indent: 27pt;">: </b><i style="text-indent: 27pt;">-
Esse risco, porém, não existe, porque Deus não comete besteiras.</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;">Mário, que me
lembrou Pedro, o pescador, como eu quis dizer na oração fúnebre junto a sua
sepultura. O Pedro também teimoso, carregado de dúvidas e erros, de humanidade
profunda, a quem Cristo perguntou por três vezes</span><b style="text-indent: 27pt;">: </b><i style="text-indent: 27pt;">Pedro, tu me amas ? </i><span style="text-indent: 27pt;">E,
ao ouvir a resposta positiva do apóstolo, então, por três vezes pediu</span><b style="text-indent: 27pt;"><i>: </i></b><i style="text-indent: 27pt;">- Apascenta as minhas ovelhas.</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;">As ovelhas o
padre de minha infância apascentou daquele modo, arrebanhando-as meninas pelas
ruas da cidade. Ou comovendo-se até às lágrimas, numa voz soluçante de homem,
quando se inflamava na pregação da Descida da Cruz. Cuidou do seu rebanho
quando bradava, numa empolgação inigualável, acolhendo nas escadarias da
igreja, por mais de trinta anos, a procissão e o andor da Senhora do Monte
Serrat, padroeira da terra onde foi missionário infatigável. E ainda na
infalível disposição em atender os moribundos, em encomendar as almas segundo
seu credo, em consolar as famílias chorosas, em ter oficiado missa mesmo na
manhã do seu último dia de vida. Combateu o bom combate, a que alude o apóstolo
Paulo, guardou a sua fé, justificou os seus dias, atendeu, em meio aos seus
limites de homem, ao pedido que o Nazareno fez ao pescador.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;">Num de seus
últimos gracejos para mim, poucos meses atrás, apareceu numa chácara onde eu me
encontrava, conversando com uma amiga que tínhamos em comum. Perguntei por onde
havia chegado, que não ouvira barulho de automóvel, apenas o vira emergir de trás
dos arbustos do jardim. Ele, sem perder a anedota, me esclareceu</span><b style="text-indent: 27pt;">: </b><i style="text-indent: 27pt;">-
Cheguei voando. Os padres, depois que fazem oitenta anos, começam a virar
anjos.</i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="text-indent: 27pt;">Para mim, que
soube amá-lo, sua imagem, sim, vai-se voando, na minha resignada tristeza,
levada na batida do bumbo que ouvia criança, nas cantigas marianas, nos acordes
da banda, nas pancadas do sino. Vai-se a figura polêmica. Vai-se o pastor
incansável. O amigo dos meus dias de homem. O padre dos meus tempos de menino. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 27.0pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjliQF0h9odvgGk6uVaWgL7gkP1qJKHG8eYUvLix2-0cwQ0UWDqGvi3GsOa3jBez-2F1md_RKoYjZHYZSglDURz43WumnXp09wCQz71v62AEOLJx0bFsTHATJu5VaRlH-3qcgZvozIzsGs/s1600/20526040_1460627860688791_5067663802543118170_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="704" data-original-width="462" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjliQF0h9odvgGk6uVaWgL7gkP1qJKHG8eYUvLix2-0cwQ0UWDqGvi3GsOa3jBez-2F1md_RKoYjZHYZSglDURz43WumnXp09wCQz71v62AEOLJx0bFsTHATJu5VaRlH-3qcgZvozIzsGs/s640/20526040_1460627860688791_5067663802543118170_n.jpg" width="420" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGio8Ugbrjr-c6o_kjkQAPX49EfeaObFpLJz5AjQcyF1I86o-zvV0vqouKGVDJuNpxr96CNCDqZmTEEMweSnb4xOHUY5fjB4weXd4YbXI0Rm_vVLgc_23bmj1Dw_yBqVGIGDbyde8jrc4/s1600/20621303_1460627857355458_4309671372075072240_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="459" data-original-width="367" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGio8Ugbrjr-c6o_kjkQAPX49EfeaObFpLJz5AjQcyF1I86o-zvV0vqouKGVDJuNpxr96CNCDqZmTEEMweSnb4xOHUY5fjB4weXd4YbXI0Rm_vVLgc_23bmj1Dw_yBqVGIGDbyde8jrc4/s640/20621303_1460627857355458_4309671372075072240_n.jpg" width="510" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b>Monsenhor Mário Negro (1922-2006), que foi o pároco responsável pela Igreja Matriz de Nossa Senhora do Monte Serrat, em Salto/SP, durante quase trinta anos.</b></div>
<br /><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-74270914641561667812017-06-16T07:54:00.002-03:002017-06-16T10:02:00.564-03:00Quem foi Tavares? As (in)certezas de um marco inicial<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Considera-se como a data da
fundação de Salto o dia da bênção da capela dedicada a Nossa Senhora do Monte
Serrat, ocorrida em 16 de junho de 1698. E o fundador, o capitão Antonio Vieira
Tavares - então proprietário do sítio Cachoeira, cujas terras correspondem hoje
a parte da cidade de Salto. Antes de falecer, Tavares fez a doação do sítio
Cachoeira à capela por ele construída. E na escritura de doação, datada de
1700, fez constar que era vontade dele e de sua mulher, Maria Leite, que a
capela permanecesse para sempre naquele local, onde hoje está a Igreja Matriz,
sob a mesma invocação que a capela pioneira. À época, quem observasse o
horizonte a partir daquele ponto teria vista privilegiada para a cachoeira –
algo que se tornou impossível com a instalação das primeiras tecelagens, a
partir de 1875.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O
trabalho de recuperação da memória do fundador de Salto coube a Luiz Castellari [1], autodidata, autor de <i>História de Salto</i>,
que empreendeu competente pesquisa, decifrando manuscritos do final do século
XVII e início do século XVIII. Antes disso, pouco se sabia sobre a ocupação
pioneira das terras à direita do <i>Ytu
Guaçu – </i>o salto d’água no rio Tietê.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Nascido
em meados do século XVII, Tavares vivia no sítio Cachoeira desde
aproximadamente 1690, com sua mulher, alguns familiares e escravos. A
propriedade fora obtida por duas escrituras de datas de cartas de sesmarias –
uma forma existente, no Brasil colonial, para se tornar proprietário de terras.
Para assistir missa aos domingos, na vila de Itu, Tavares e seus familiares
tinham que atravessar o rio Tietê – e não há registro da existência de uma
ponte ligando as duas margens nessa época. Além disso, nosso fundador alegava
sofrer de grande moléstia – o que dificultava ainda mais o seu deslocamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Com
base nesses argumentos, somados à sua devoção religiosa, solicitou formalmente
às autoridades católicas que o autorizassem a construir em seu sítio uma capela
dedicada à Senhora do Monte Serrat. Para tanto, pediu autorização também para
usar os bens móveis de uma capela fundada por seu pai, Diogo da Costa Tavares [2], localizada em Cotia, hoje cidade da Grande São Paulo. A licença para construir
a capela no sítio Cachoeira foi concedida em fins de 1696 e, em 16 de junho de
1698, o padre Felipe de Campos, a benzeu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Passados
dois anos e meio da bênção da capela, Tavares e sua mulher, Maria Leite,
firmaram uma escritura de doação do sítio Cachoeira à capela de Nossa Senhora
do Monte Serrat recém fundada, mas impunham algumas condições. Além da já
mencionada localização da capela, que não poderia ser alterada, especificaram
que a doação só seria consumada por falecimento de ambos, marido e mulher.
Doariam ainda as peças de <i>gentio da terra</i>
– como eram chamados os escravos índios – e demais escravos de origem africana.
A casa na qual residiam também estaria entre os bens doados, excetuando-se
apenas dinheiro, ouro, prata, cavalos, armas e roupa branca. E é sobre a
localização dessa casa que paira um grande mistério. Em que ponto do sítio
Cachoeira ela estaria localizada? Possivelmente próxima de onde se construiu a
capela, embora não exista hoje nenhum vestígio material nem documento escrito
que nos dê qualquer indicação. Vale lembrar que a capela construída por Tavares
resistiu até 1928, quando foi demolida para que se construísse em seu local a
atual Igreja Matriz, concluída em 1936. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando
chegou ao sítio Cachoeira, Tavares era casado com Maria Leite, sua primeira
esposa, filha de Paschoal Leite Furtado e Mécia da Cunha. Com ela, falecida em
3 de maio de 1704, não teve filhos. Cerca de um ano depois do falecimento da
primeira esposa, o fundador de Salto casou-se com Josefa de Almeida, filha de
Manoel Antunes de Carvalho e Ana de Almeida, do Rio de Janeiro. Desse
casamento, nasceram: Antonio, que ficaria conhecido por frei Antonio do Monte
Carmelo; Braz de Carvalho Paes; Manoel, que se tornou irmão leigo da Ordem do
Carmo; Francisco, que foi mestre em Filosofia; e Maria, que se casou com um
sargento de milícias de Itu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Antonio
Vieira Tavares faleceu em 4 de dezembro de 1712, sendo sepultado na capela mor
da Igreja dos Franciscanos, em Itu. Em seu testamento, nomeou seu filho Braz
Carvalho Paes como administrador da capela que ele havia construído em suas terras,
assim como declarou deixar todos os seus bens, inclusive o próprio sítio
Cachoeira, à referida capela. Seus restos mortais foram transferidos para Salto
em 21 de junho de 1981 e desde então se encontram no interior da capela
existente no Monumento à Padroeira, inaugurado no ano anterior, no bairro hoje
denominado Jardim Itaguaçu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Embora
seja costume referir-se a Salto como “terra de Tavares”, em alguns círculos
saltenses, é notório que não foram ele e sua gente os primeiros a ocupar a área
onde hoje se localiza a cidade de Salto, que abrigava, ao início da colonização
portuguesa na América, aldeamentos dos índios guaianás (ou guaianazes), do
grupo Tupi-Guarani. Consta que a aldeia aqui localizada chamava-se <i>Paraná-Ytu</i>. Foram esses índios que deram
à cachoeira o nome de <i>Ytu Guaçu</i>, que
significa Salto Grande em língua nativa. Assim, fica claro que esta cachoeira
acabou dando nome a duas cidades: a Salto (em português) e à vizinha Itu (em
tupi-guarani).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Há
registros que mencionam o ataque que, em 1532, os indígenas empreenderam contra
Martim Afonso de Souza – primeiro donatário da Capitania de São Vicente. Dentre
os líderes guerreiros, menciona-se o <i>Cacique
de Ytu</i>. Sendo essa ocorrência de época em que a vila de Itu ainda não
existia, acredita-se que seja uma referência ao chefe dos índios que viviam
pelas terras da atual Salto. O Museu da Cidade, inclusive, exibe urnas
funerárias, pontas de flechas e outros fragmentos de cerâmica recolhidos nos
arredores, que testemunham essa presença. Esses indígenas, assim como outros
das margens do Tietê, foram repelidos ou aprisionados nas investidas das
primeiras bandeiras paulistas, que os levaram para abastecer de mão-de-obra as
roças nas vilas do planalto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLC9VuJp0E0RhnMuxjJjJAvRz8k5x8p2ZJOtHzFQL3L9eva1UxKXtz6JnwbyRuUKwmAiorobl1cplUqVppOPbKCT6KnF5hM9jvE4mSOu3BlhrKbSmKs0aSxeBODbwIFaLrBmED3cDj0qM/s1600/%25C3%2581rea+de+transfer%25C3%25AAncia01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1027" data-original-width="684" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLC9VuJp0E0RhnMuxjJjJAvRz8k5x8p2ZJOtHzFQL3L9eva1UxKXtz6JnwbyRuUKwmAiorobl1cplUqVppOPbKCT6KnF5hM9jvE4mSOu3BlhrKbSmKs0aSxeBODbwIFaLrBmED3cDj0qM/s1600/%25C3%2581rea+de+transfer%25C3%25AAncia01.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75"
coordsize="21600,21600" o:spt="75" o:preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe"
filled="f" stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="Imagem_x0020_1" o:spid="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75"
style='width:513.75pt;height:770.25pt;visibility:visible;mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:/Users/Elton/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_image001.jpg"
o:title=""/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">A certidão de nascimento de Salto: o pedido de Tavares para construir a
capela, no ano de 1696.<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Transcrição
preservando-se a grafia original:<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Título de erecção e instituição da Capella de Nossa Senhora do Monserrate
sita no termo desta villa no Sitio chamado Salto, e Cachueyra.<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;">Translado da Provisão de ereção<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 107%; mso-bidi-font-size: 11.0pt;"> Muito Reverendo
Senhor Doutor Visitador Geral Diz Antonio Vieyra Tavares morador em avilla de
Ytú, que ele supp.te tem o sitio de sua habitação na paragem chamada Cachueyra,
oqual fica distante da Villa húa Legoa, etem húa passagem de Rio, comque sua familia
não pode acudir a Villa para ouvir Missa aos Domingos, edias Santos, e elle
supp.te sofrer com grande molestia epor estas razoens, Com tão bem por sua
devoção quer erigir no dito Sitio húa Igrejia com seu Adro com a invocação de
nossa Senhora do Monserrate, para cuja fabrica aplicada os bens moveis da
Capella da Acutia que por ordem de Vm.ce selhe entregarão por ser elle supp.te
sucessor Legitimo do Fundador que (...) lhe faça mercê Conceder licença para
erigir adita Igreja na sobredita paragem com seu Adro; assim mas de comissão do
Reverendo Vigario para benzer como estiver feita.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
________________<br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;">[1] Nascido em Salto em 1901, Luiz Castellari era filho do maestro Henrique Castellari, que dá nome ao Conservatório Musical de Salto. Luiz faleceu precocemente, aos 47 anos. Foi um de seus filhos quem doou ao Museu da Cidade de Salto, nos anos 1990, os originais de seu livro História de Salto e da pesquisa original, com todas as notas tomadas por seu pai, em diversos arquivos públicos e eclesiásticos. Tais textos, embora publicados apenas em 1971, por iniciativa do então prefeito de Salto, Jesuíno Ruy, foram concluídos em 1942. Luiz muito se esforçou por publicar sua pesquisa à época, sem, contudo, obter sucesso.<br />[2] Sobre o pai do fundador de Salto, um português, sabe-se que foi casado duas vezes, sendo a segunda com Catarina de Lemos, e que morou muito tempo em Cotia, onde faleceu em 1659. Participou, junto com o lendário irmão Antonio Raposo Tavares, de expedições visando expulsar os holandeses de Pernambuco e da Bahia, entre 1639 e 1642. É de se imaginar, portanto, que tenha se dedicado ao aprisionamento de índios para o trabalho escravo nos engenhos, como o irmão. Já Fernão Vieira Tavares, avô paterno do fundador de Salto, era português e chegou ao Brasil em 1618, tornando-se capitão-mor da capitania de São Vicente em 1622.</span><br />
<span style="font-size: xx-small;"><br /></span><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-63397958706573700262017-03-04T20:29:00.004-03:002017-05-01T11:14:49.796-03:00No tempo (não tão distante) do VHS e do UHF<div style="text-align: justify;">
Hoje parece bobagem. Mas houve um tempo – e isso coincide com minha infância – que gravar o que era transmitido na TV em VHS era algo fantástico, pois você estava a documentar algo importantíssimo, que poderia ser revisto tantas vezes se desejasse depois. Gravar naquela precária fita magnética, mais perecível do que se imaginava à época, com um aperto no <i>rec </i>do controle remoto, parecia ser um serviço de grande relevância perante as pessoas mais próximas. Isso num tempo que, em Salto, assistíamos aos principais canais abertos retransmitidos em UHF por uma torre mantida pela Prefeitura – coisa que ainda hoje se mantém. Toda casa tinha sua antena “vermelhinha” para captar o sinal. Dez ou vinte anos antes era necessário ter uma torre na própria casa, com antena “espinha de peixe” apontada para São Paulo, de modo a captar diretamente o sinal VHF da capital. Em outras cidades a coisa era ainda mais precária. Por esses anos, falava-se canal 5 para a Globo, 13 para a Bandeirantes, 4 para o SBT, 9 para a extinta Manchete. Era uma linguagem conhecida por todos. Depois vieram as antenas parabólicas com sinal mais limpo e cobrindo praticamente todo o território nacional. Antes disso as interferências no sinal faziam parte do show, era um sofrimento! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilV-1cqqcfkimedP4kFVw4_atdmQvyFxd8-h8zIeAuhhzI1gk8KT0VRzmT6lzw6wbEqxPJsTytf_dOvtHIoR3vNUlD7jfIZOLToeU3tMkWbWzSl3HAW7CWVRipgAkSJenaCNJ3M42Pg4s/s1600/vide.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilV-1cqqcfkimedP4kFVw4_atdmQvyFxd8-h8zIeAuhhzI1gk8KT0VRzmT6lzw6wbEqxPJsTytf_dOvtHIoR3vNUlD7jfIZOLToeU3tMkWbWzSl3HAW7CWVRipgAkSJenaCNJ3M42Pg4s/s640/vide.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com o primeiro aparelho de vídeo cassete que tivemos em casa – da marca Mitsubishi, “quatro cabeças”, top da época – gravei horas a fio de desenhos do SBT, no formato EP – o que reduzia um pouco a qualidade, mas permitia registrar mais de seis horas por fita. Esses aparelhos eram relativamente caros e vez por outra se ouvia notícia sobre certa casa que fora roubada, da qual o ladrão tinha levado apenas o vídeo cassete. Fita boa era da marca TDK, mas por vezes comprávamos da JVC, normalmente com melhor preço. Quando a gravação não ficava boa ou não desejávamos guardar para posteridade, gravávamos por cima, na mesma fita. Fazendo isso muitas vezes, perdia-se qualidade nas últimas gravações. Era o senso comum em torno dessa prática. Se o desejo fosse não mais gravar sobre aquela fita, bastava quebrar um pequeno lacre plástico que havia nelas, um quadradinho. Era a segurança de que não se perderia uma gravação por acidente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de certo tempo comecei a gravar jogos de futebol. O primeiro que gravei e tenho até hoje foi o que deu a classificação ao Brasil para a Copa do Mundo de 1994. Foi um Brasil x Uruguai disputado no Maracanã, com a volta de Romário à seleção. Eram tempos mais modestos e dignos desse esporte. No ano seguinte gravei a Copa toda, até a final vencida pelo Brasil nos pênaltis. Gravei também as finais do Corinthians no Campeonato Paulista de 1995 e na Copa do Brasil do mesmo ano, o Paulista de 1997, o Brasileiro de 1998, 1999... Em caso de perda do título não mantinha a gravação: gravava outra coisa por cima! Nessa prática, acumulei umas 25 ou 30 fitas. Ganhei algumas outras de parentes, com gravações um pouco mais antigas. Boa parte disso converti para DVD. Alguns fragmentos postei no YouTube, na tentativa de perpetuá-los. São registros modestos, que não contam a história da TV nem do futebol, mas são meus próprios registros dos momentos que escolhi como memoráveis, por minha ótica daqueles anos. Bom revê-los!<br />
<br />
(16/09/2015)</div>
<div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-44940163924312704992016-08-07T22:04:00.001-03:002016-08-07T22:08:31.260-03:00Indústria Nacional do Salto<div style="text-align: justify;">
Entre 1898 e 1904, as indústrias pioneiras que se instalaram em Salto às margens do Rio Tietê, logo após a cachoeira, pertenciam a <i>José Weissohn & Cia</i>. (por isso as iniciais J. W. & Cia.). Eram o resultado da fusão das duas tecelagens mais antigas: a Júpiter, fundada em 1875 por José Galvão; e Fortuna, inaugurada em 1880 por Barros Júnior. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nessa época, Júpiter e Fortuna eram também conhecidas por <i>Indústria Nacional do Salto</i>. É dessa época a belíssima imagem aqui postada: um conjunto de pinturas que tentava retratar a grandiosidade dos prédios do complexo industrial saltense, um dos pioneiros do Estado de São Paulo e do Brasil. Em 1904, o complexo, juntamente com a <i>Fábrica de Papel Paulista</i>, de Antonio Melchert, seria adquirido por capitais italianos, tornando-se a <i>Fábrica de Tecidos e de Papel Ítalo-Americana</i>, transformada em Brasital S/A em 1919.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd2lY-uVbEmoefgjMUcHzI6ALcInUv8ChdZnV5QAFTQGN7wsukmu0fcKVVkv2aU4BZSv_CKkOVeJ68b4vR2v18EqUHh6RniGyx5zGlrtv40vbviVUFdZLj7SaK2OudoS89afuzWx3kx18/s1600/brim-fluminense.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhd2lY-uVbEmoefgjMUcHzI6ALcInUv8ChdZnV5QAFTQGN7wsukmu0fcKVVkv2aU4BZSv_CKkOVeJ68b4vR2v18EqUHh6RniGyx5zGlrtv40vbviVUFdZLj7SaK2OudoS89afuzWx3kx18/s640/brim-fluminense.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A imagem acima, postada no grupo <a href="https://www.facebook.com/groups/saltenses/">Fotos Antigas de Salto</a> pelo saltense Marcos Buratti, ao que tudo indica é a embalagem do "Brim Fluminense", um dos produtos fabricados pela tecelagem naqueles tempos. Nota-se ao centro um desenho da então Rua do Porto, posteriormente transformada em caminho particular, dando origem a uma disputa que culminaria com a instalação da Ponte Pênsil em 1913. Precioso documento que merece análise pormenorizada, a qual farei brevemente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Conheça os industriais pioneiros em Salto:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>José Galvão de França Pacheco Júnior - </b>Ituano, nasceu em 19 de Janeiro de 1834 e faleceu em Salto em 29 de março de 1889. Foi o primeiro a construir e inaugurar uma fábrica de tecidos em Salto. Todo o maquinário foi adquirido da Platt Brothers Co., da Inglaterra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Octaviano Pereira Mendes -</b> Ituano, engenheiro civil formado nos Estados Unidos. Em 1887, através de uma associação com seus familiares, inaugurou a terceira fábrica de tecidos de Salto. Mendes ocupou também vários cargos públicos, especialmente na cidade de Itu, onde desenvolveu toda a sua trajetória política pelo Partido Republicano Paulista. Foi um dos membros organizadores da Companhia Ituana de Força e Luz, com capitais exclusivamente ituanos, e adquiriu uma cachoeira existente do rio Tietê no lugar denominado Lavras. Em 1906, concluídos todos os trabalhos da represa e usina, as cidades de Itu e Salto passaram a ser iluminadas por energia elétrica.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Francisco Fernando de Barros Júnior - </b>Nasceu em Capivari em 17 de março de 1856 e faleceu em Salto em 2 de novembro de 1918. Em 1879, retornou ao Brasil depois de concluir o curso de engenharia civil nos Estados Unidos. Barros Júnior, além de industrial, foi também vereador em Itu e Deputado Estadual pelo Partido Republicano Paulista. Em Salto, ocupou diversos cargos públicos, como o de vereador e presidência de intendência – equivalente a prefeito, na época.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Antonio Melchert -</b> Engenheiro paulista que, com seus filhos, construiu e inaugurou a Fábrica de Papel Paulista, em 1889. Foi a primeira do gênero a ser instalada na Província de São Paulo.</div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeeFBaXLyor4aEB88EmlAJpfATeJwswQ9vj6IJcoc8SpRXjFphJ5rIOp7pSz13xxiky3YCN-AC9GnVnTmrIbT5OSk4FamkiWXMPlMJ1auDtlyoPjnfnih0FkJ7u5t8HsjNW7VusEShB1s/s1600/diagrama.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeeFBaXLyor4aEB88EmlAJpfATeJwswQ9vj6IJcoc8SpRXjFphJ5rIOp7pSz13xxiky3YCN-AC9GnVnTmrIbT5OSk4FamkiWXMPlMJ1auDtlyoPjnfnih0FkJ7u5t8HsjNW7VusEShB1s/s640/diagrama.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><h4>
<span style="font-size: x-small; font-weight: normal;">Diagrama elaborado com base nas pesquisas de Anicleide Zequini e Ettore Liberalesso. </span></h4>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<i>"Acham-se adiantadas as obras da fábrica que vai estabelecer no Salto de Ytu o Sr. José Galvão de França Pacheco Júnior... tem ela 50 teares, vai fabricar algodão grosso e é movida por água. A casa é de pedra lavrada e digna de ser observada pela perfeição do trabalho. Parte do maquinismo já está apresentada e espera-se muito breve inauguração."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desta forma foi que jornal Correio Paulista, da capital, anunciou, em 1875, a construção da primeira fábrica de tecidos de Salto. Localizada junto à cachoeira do rio Tietê, utilizava-se da turbina hidráulica para um maior aproveitamento da força das águas para movimentar os teares.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As soluções tanto construtivas como tecnológicas adotadas por José Galvão serviram, depois, como modelo para outras fábricas. Em 1882 Francisco Fernando de Barros Júnior também instalava, junto ao rio Tietê, pouco abaixo da de José Galvão, uma segunda fábrica de tecidos em Salto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na margem esquerda do rio Tietê, em 1889, a Melchert & Cia. inaugurava uma fábrica de papel, a primeira da Província de São Paulo. Dois anos antes, em 1887, Octaviano Pereira Mendes construía, próximo à Estação Ferroviária, a terceira fábrica de tecidos de Salto. Foi a única neste período a ser movimentada totalmente a vapor.</div>
<div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-32965787458645621852016-06-15T21:45:00.001-03:002018-11-24T10:29:07.498-02:00Tavares e a fundação de Salto<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">O capitão
<b>Antonio Vieira Tavares</b> é considerado o fundador de Salto, por ter erguido a
capela de Nossa Senhora do Monte Serrat no seu sítio, denominado Cachoeira,
cujas terras correspondiam a parte do atual município de Salto. O fundador era
sobrinho do famoso bandeirante Raposo Tavares, que provavelmente o levou a
expedições pelo sertão. <o:p></o:p></span><br />
<span style="line-height: 115%;"><br /></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVLR3p8IkIScWRMAXCYkyx9MJ-aoH3P8O7Nly_LdpU22aD0uqRXPsy-PgX6dw8UfjX2aaUPKNmx5Q41HETu7frpXOiA6Q78YZyFjJobL7p-DgdZiczDrUi_2nEOQdxfRIRJlgmAUeC98Q/s1600/Raposo+Tavares.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVLR3p8IkIScWRMAXCYkyx9MJ-aoH3P8O7Nly_LdpU22aD0uqRXPsy-PgX6dw8UfjX2aaUPKNmx5Q41HETu7frpXOiA6Q78YZyFjJobL7p-DgdZiczDrUi_2nEOQdxfRIRJlgmAUeC98Q/s640/Raposo+Tavares.jpg" width="594" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Raposo Tavares, tio do fundador de Salto: bandeirante de fama</td></tr>
</tbody></table>
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">Tavares
vivia no Sítio Cachoeira desde aproximadamente 1690 com sua mulher, Maria
Leite, familiares e escravos. Para assistir missa na Vila de Itu tinham de
atravessar o Tietê. Além disso, o capitão alegava sofrer de grande moléstia,
que lhe dificultava os deslocamentos. Por isso, solicitou autorização da Igreja
para erguer uma capela em seu sítio.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIXYKbgvlC5i_4OldpfsLYDr62zJGW_asGv6M4Jcapeu14sVHOP5WehhgRd_c_2k9KMVse64t1Zghm4YGRhxxVKy3WIXJUmsbEEYVlNjRYt6hcOWB2sBuzbvtnenalwYksqogrAoiJakU/s1600/erecao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIXYKbgvlC5i_4OldpfsLYDr62zJGW_asGv6M4Jcapeu14sVHOP5WehhgRd_c_2k9KMVse64t1Zghm4YGRhxxVKy3WIXJUmsbEEYVlNjRYt6hcOWB2sBuzbvtnenalwYksqogrAoiJakU/s640/erecao.jpg" width="426" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O documento no qual Tavares pede autorização para construir a capela.<br />
Abaixo, a transcrição.</td></tr>
</tbody></table>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<br />
<i>Título da Erecção e Instituição da Capella de Nossa Senhora do Monserrate Sita no termo desta Villa no Sitio chamado Salto, e Cachueyra.</i> </blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<i><span style="line-height: 18.4px;">Traslado da Provisão da Erecção</span></i></div>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i><span style="line-height: 18.4px;">"Muito Reverendo Senhor Doutor Vizitador Geral. Dis Antonio Vieyra Tavary morador em a Villa de Itu, que elle Suppte. tem o Sitio de Sua habitação na paragem chamada Cachueyra, o qual fica dystante da villa hua legua, e tem hua passagem de Rio, com que Sua família não pode acudir a villa para ouvir Missa aos Domingos, e dias Santos, e elle Suppte. o faz com grande modéstia; e por estas razoens, com tão bem por sua devoção quer erigir no dito Seu Sitio hua Igreja com seu Adão. Com a invocação de Nossa Senhora do Monserrate, para cuja família aplicar os bens moveis da Capella da (Acutia), que por ordem delle. Se lhe entregarão por Ser elle o Suppte. Sucessor legítimo do Fundador. Pello que pode [...] lhe faça mercê Conceder Licença para erigir a dita Igreja na sobredita paragem com seu Adão: afirmar de Com Missão do Reverendo Vigário para a benzer Como estiver feita. E receberá a mercê. Despacho. Passe Provisão na forma do estilo Villa de São Paulo: vinte e hum de outubro de mil seiscentos e noventa e sinco annos. Costa. Provisão! O Doutor Manoel da Costa Cordeiro Vizitador Geral das Villas, e Capitanias da Provinça do Sul, Juiz das Presidença e Casamentos pello Illustrissimo Reverendissimo Senhor Dom Joseph de Barros de Alonço por mercê de Deos, e da Santa Sé Apostólica Bispo do Bispado de São Sebastião do Rio de Janeiro, do Concelho de Sua Magestade Ma. Aos que Apresente Nossa Provisão Vierem donde e Paz para sempre em Jesus Cristo Nosso Salvador, que de todos he Verdadeyro Remedio e Salvação. Faremos saber, que hera descrito ao que o Suppte. nos Representou em Sua petição e havermos por bem lhe coceder, licença Como por esta presente lhe concedemos para que possa fazer a Igreja, que pela Invocação de Nossa Sra. do Monserrate; e depois de feita lavantar a Ata para de poder dizer Missa na forma que Se constara fazer nas mais Igreja, a qual Será Situada em lugar livre fora de toda a Constribuição, e serviço das casas de vivenda; codito Suppte.</span></i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 18.4px;"><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"></span></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><i><br /></i></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;">A capela foi
benzida em 16 de junho de 1698, data considerada como de fundação da cidade.
Dois anos e meio depois, o casal firmou uma escritura de doação do sítio à
capela. Essa doação somente se consumaria em 1712, com o falecimento de Antonio
Vieira Tavares.</span><br />
<span style="line-height: 115%;"><br /></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMcUjDjACDHhj1Z8XMQDcZ_3Q-A8invRGO5o0Y8BqY_bQ-3E103_9ko9Y8m4SsySo1uNu0pWtwP5LEdZ9wFy37ciMoBNQ4TcFNY1jUP3mJlBSDItBZB3AM8eAf0zA9QLFwDmgKA6owct8/s1600/SitioCachoeira-recortada.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="416" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMcUjDjACDHhj1Z8XMQDcZ_3Q-A8invRGO5o0Y8BqY_bQ-3E103_9ko9Y8m4SsySo1uNu0pWtwP5LEdZ9wFy37ciMoBNQ4TcFNY1jUP3mJlBSDItBZB3AM8eAf0zA9QLFwDmgKA6owct8/s640/SitioCachoeira-recortada.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Área provável do Sítio Cachoeira, marcada sobre foto aérea de 2010, segundo descrições em documentos setecentistas.<br />
Estudo do Prof. Elton Frias Zanoni.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="line-height: 115%;"><br /></span></div>
</div>
<div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-44834886898922575842016-03-12T08:25:00.003-03:002016-03-12T08:30:53.267-03:00Pinturas de Lydia Dotta Lobo<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUIDmUdDHJ_WOs-APqLiXSUnl0GDJMxY2WMMsPZzweEWI1d5wUeNsFxol6IODEUvfhTdytEXY86UGoQ_BY-kubMknOM5iArg1032R0uzA2VPFipK7CpSczbpYbq0cBvu-AXTRCytL_k14/s1600/ld_01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUIDmUdDHJ_WOs-APqLiXSUnl0GDJMxY2WMMsPZzweEWI1d5wUeNsFxol6IODEUvfhTdytEXY86UGoQ_BY-kubMknOM5iArg1032R0uzA2VPFipK7CpSczbpYbq0cBvu-AXTRCytL_k14/s640/ld_01.jpg" width="522" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"O SALTO"<br />
Óleo sobre tela - 1990 - tamanho 40x50 cm. </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8-fg9srRJmpSNASupufcMkJsKSy5o_y_xMYBCLnNE0v39zv11L8DYE-g9Zp2UUGf9AbWpbHzJeHVKWpWYzI4BbCqhyphenhyphenM8n5lZ6kXtLV5737JknS6WNvHcT52JbXSRnB_WPwxI-Jxs0wYw/s1600/ld_02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8-fg9srRJmpSNASupufcMkJsKSy5o_y_xMYBCLnNE0v39zv11L8DYE-g9Zp2UUGf9AbWpbHzJeHVKWpWYzI4BbCqhyphenhyphenM8n5lZ6kXtLV5737JknS6WNvHcT52JbXSRnB_WPwxI-Jxs0wYw/s640/ld_02.jpg" width="478" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"O AREIÃO"<br />
Nome dado pelos pescadores ao local aprazível onde a pesca era abundante, situado após a Ponte Pênsil.<br />
Óleo sobre tela - 1991 - tamanho 50x80 cm.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPTi2YwGgcxpQnuiwpVoc0oc-ugMQnx3172ID4bgQ3Sm-wpN9_pqVDEBUWXwkeyngLe4f24OjcwMtLRMEq1dlyz5hy6VtUR5ZLO-uAdad-bJeE0eK2o4oKqCT1BoBq_eMOEurSonGGb2I/s1600/ld_03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPTi2YwGgcxpQnuiwpVoc0oc-ugMQnx3172ID4bgQ3Sm-wpN9_pqVDEBUWXwkeyngLe4f24OjcwMtLRMEq1dlyz5hy6VtUR5ZLO-uAdad-bJeE0eK2o4oKqCT1BoBq_eMOEurSonGGb2I/s640/ld_03.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"BRASITAL, A MÃE DOS SALTENSES" <br />
Indústria de tecidos localizada próximo ao Rio Tietê, que por muitos anos foi considerada "a mãe dos saltenses" pelos benefícios que eram oferecidos aos seus empregados: açougue, armazém, médicos, creche e moradia. <br />
Óleo sobre tela - 1989 - tamanho 30x40 cm.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnCedtLY40j1D9J4YVNQikOXPk-DZlrgsW77lNX5DVMYus8BGqlscg5RyV7JXXZFO-oSN_EyfXyw_wjOiNTKyHD6qa6QJoYa9HehTpJI9fDuMKy-RlaOfrxtXNzjm9Rhs8XrcBcGpHmwo/s1600/ld_04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnCedtLY40j1D9J4YVNQikOXPk-DZlrgsW77lNX5DVMYus8BGqlscg5RyV7JXXZFO-oSN_EyfXyw_wjOiNTKyHD6qa6QJoYa9HehTpJI9fDuMKy-RlaOfrxtXNzjm9Rhs8XrcBcGpHmwo/s640/ld_04.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"UMA VILA MUITO AMADA" - anos 30 <br />
Esta era a inesquecível vila operária Brasital que abrigava as famílias de seus trabalhadores. Eram quatro quadras que, no centro das quais, havia o "Quintalão" onde ficavam as "Vascas" (tanques) e fornos coletivos. Era neste local que as donas de casa se encontravam para lavar as roupas e fazer o pão caseiro, além de ser um espaço de lazer dos adultos e das crianças.(Esquina 9 de Junho com Rio Branco). <br />
Óleo sobre tela - 1989 - tamanho 30x40 cm.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi23HQyqjJB5emrhzXVfM9m9ml46FjNi4HCJ0gFtti6mBal1048eqnGneCdtQTbSj-K6U8fIdnjGUMMkGKzQC3sjGbetyNp7nXomB321tZ0zeYiRLqTDFN1A_jRvv4m-06kgYErf90KqNA/s1600/ld_05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="478" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi23HQyqjJB5emrhzXVfM9m9ml46FjNi4HCJ0gFtti6mBal1048eqnGneCdtQTbSj-K6U8fIdnjGUMMkGKzQC3sjGbetyNp7nXomB321tZ0zeYiRLqTDFN1A_jRvv4m-06kgYErf90KqNA/s640/ld_05.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"RUA JOSÉ WEISSOHN" - anos 40<br />
Rua de acesso para a entrada da Brasital. Ao lado, o Jardim Velho onde eram realizados passeios dos jovens nos finais de semana (o "Footing"). Neste local havia um serviço de auto-falante onde os rapazes ofereciam músicas às suas namoradas.<br />
Óleo sobre tela - 1989 - tamanho 30x40 cm.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBygJKoqxhTicJzdcutiTh4wSpyCIUiHWwTv0rd8CtW44kp3fAPHCINqkiXIiudF5J5mYH5-JZLti0RDwjzUGU-qQqzJy4r6yycs45HXIa4hbMfFH1iDS8C5ofDFTKAbnEUXep8baztzw/s1600/ld_06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="466" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBygJKoqxhTicJzdcutiTh4wSpyCIUiHWwTv0rd8CtW44kp3fAPHCINqkiXIiudF5J5mYH5-JZLti0RDwjzUGU-qQqzJy4r6yycs45HXIa4hbMfFH1iDS8C5ofDFTKAbnEUXep8baztzw/s640/ld_06.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"RUA DA IGREJA" - anos 20<br />
Atual rua Monsenhor Couto, onde se encontra o "Casarão de Pedra", moradia do benemérito Dr. Henrique Viscardi. Nele funcionava a farmácia, onde ele atendia gratuitamente aos pobres. <br />
Óleo sobre tela - 1989 - tamanho 30x40 cm.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibkVr1NFfWAhU52oqyfBmevkXGB6cVsaW-hf3SNwIuktlm-nxjpVcRbvU6PdlhRAxwZZafrJHe0Mbn2vthyb2wfQqVCeTX9AGRNPGKGqiG6QYn0qaiKDfZgb1yy6ma86mwxfDKDrL9jHU/s1600/ld_07.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="434" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibkVr1NFfWAhU52oqyfBmevkXGB6cVsaW-hf3SNwIuktlm-nxjpVcRbvU6PdlhRAxwZZafrJHe0Mbn2vthyb2wfQqVCeTX9AGRNPGKGqiG6QYn0qaiKDfZgb1yy6ma86mwxfDKDrL9jHU/s640/ld_07.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"COOPERATIVA OPERÁRIA SALTENSE" - anos 50<br />
Local situado na esquina da Rua 9 de Julho com a Av. Dom Pedro II, atual Convívio Dom Pedro II. Era um prédio onde funcionavam um armazém, açougue, campo de bochas, sala de jogos, bar e um amplo salão de festas, em que eram realizados os eventos sociais da época. Atualmente é a matriz das Lojas Cem. <br />
Óleo sobre tela - 1993 - tamanho 50x80 cm.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwXpdLXsjxDgFyvaG5u8p7dU25BjijSi5PlA9r_2ezCtvyhTUv85R1leTtcYYGMqAFz4QgKDrqTtiqlq0bNzmCgp3MEByAm1hHdLLc0sEd5-5MtkOV_eADRXRds8BXcjuQTzINzT1FGpc/s1600/ld_08.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="450" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwXpdLXsjxDgFyvaG5u8p7dU25BjijSi5PlA9r_2ezCtvyhTUv85R1leTtcYYGMqAFz4QgKDrqTtiqlq0bNzmCgp3MEByAm1hHdLLc0sEd5-5MtkOV_eADRXRds8BXcjuQTzINzT1FGpc/s640/ld_08.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"LOJA DOTTA" - anos 40<br />
Prédio localizado na esquina da Rua 9 de Julho com a Rui Barbosa, onde funcionou, por muito tempo, a loja mais completa da cidade. Era um verdadeiro magazine dirigido pela sra. Francisca Millioni Dotta e seus filhos. Atualmente Loja Roma. <br />
Óleo sobre tela - 1989 - tamanho 80x100 cm.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPFM-ycsHSh5ee0KHYuZiynIYM-KHvAtf33pKPucoUUa5YuU-2KU74PrZLPPYawZqVjQlSdGoPyO-9uaDBJlHK7Lg3F0vt2cTGHGkdp7W0EqmI7Sl7mxUEJVnA3euojk4AHrFO4GZ5QRQ/s1600/ld_09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="378" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPFM-ycsHSh5ee0KHYuZiynIYM-KHvAtf33pKPucoUUa5YuU-2KU74PrZLPPYawZqVjQlSdGoPyO-9uaDBJlHK7Lg3F0vt2cTGHGkdp7W0EqmI7Sl7mxUEJVnA3euojk4AHrFO4GZ5QRQ/s640/ld_09.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"VARANDA" - anos 70<br />
Nas proximidades da Concha Acústica funcionou esta lanchonete que foi destaque da vida social da cidade na época. O local era ponto de encontro dos jovens e famílias saltenses. Atualmente restaurante Rincão Gaúcho.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ1HsnBxJBW-ylwGyvHQGUjVa9QXHMuQbR5XG7NkCkT_BLZX5ryqBcLAVxbhXvcgy959ABY_gRnYBdX9p2_xYqUMG7A3KXGZTKW-p6T1bmmwkLGh-jZgt5k0TGwBYm3JwdREPDUlNf4TI/s1600/ld_10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ1HsnBxJBW-ylwGyvHQGUjVa9QXHMuQbR5XG7NkCkT_BLZX5ryqBcLAVxbhXvcgy959ABY_gRnYBdX9p2_xYqUMG7A3KXGZTKW-p6T1bmmwkLGh-jZgt5k0TGwBYm3JwdREPDUlNf4TI/s640/ld_10.jpg" width="510" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"O ARVÃO" <br />
Este arvoredo, que ficava num terreno baldio próximo à chácara de Silvio Brenha (atualmente Chácara Padreca), sombreava a "criançada" da época que se divertia jogando bola de meia. <br />
Óleo sobre tela - 1987 - tamanho 40x50 cm.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_v66zqrQ39DhI5St1sftmKKuoNluZtJPRdKVxDQlYzWpSqcFZIqjprDyFcK0PvfCseHFw5TDeTdE4u7XPCg15RTf6iX2QtGYJWD4r3v-s7Sl5L89ipjRKU7eLnRNIpRAg52KsIJG75U4/s1600/ld_11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="516" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_v66zqrQ39DhI5St1sftmKKuoNluZtJPRdKVxDQlYzWpSqcFZIqjprDyFcK0PvfCseHFw5TDeTdE4u7XPCg15RTf6iX2QtGYJWD4r3v-s7Sl5L89ipjRKU7eLnRNIpRAg52KsIJG75U4/s640/ld_11.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"O BARROTE" - anos 30<br />
Sítio localizado à margem esquerda do rio Jundiaí onde eram realizadas as festas juninas da época. <br />
Atualmente local onde se instalou a Eucatex.<br />
Óleo sobre tela - 1986 - tamanho 40x50 cm.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGbYPmdgdR4EtvQj8RO_GwbFtS0gWm5cKbmzr757-uMLkZTc-tFAMvl3jqTQQf5hAlXC1RefVT7ie5VkhYqOD1Se_GsHti_YqXJqiyx8tRW-LdjfsII6CyaSFcIoCtTC07AubMCUk82rg/s1600/ld_12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGbYPmdgdR4EtvQj8RO_GwbFtS0gWm5cKbmzr757-uMLkZTc-tFAMvl3jqTQQf5hAlXC1RefVT7ie5VkhYqOD1Se_GsHti_YqXJqiyx8tRW-LdjfsII6CyaSFcIoCtTC07AubMCUk82rg/s640/ld_12.jpg" width="478" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"IGREJA DE SÃO BENEDITO" <br />
Construída em 1956, possui no seu interior obras sacras do pintor italiano Bruno Di Giusti. <br />
Óleo sobre tela - 1987 - tamanho 30x40 cm.</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Desde 2007 a maior parte das telas acima está sob guarda do Museu da Cidade de Salto. As legendas das imagens foram transcritas a partir do <i>Calendário Comemorativo 300 anos Salto</i>, produzido em 1998 pela Prefeitura Municipal.</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
A ARTISTA - Lydia Dotta Lobo nasceu em Salto em 1922 e, ainda menina, teve seus primeiros passos em direção à pintura orientados pelo tio Henrique Dotta. Sua próxima mestra foi a Irmã Terezita, da Congregação das Filhas de São José - que desde 1936 mantém a Escola Sagrada Família, o popular "Coleginho". Depois estudou pintura com o saltense José Roncoletta, alcunhado "Lubra". Em 1974 fez estudos de pintura, durante quatro anos, no Convívio de Arte de Campinas, com o prof. Bernardo Caro, da UNICAMP. Desde agosto de 1988 seus trabalhos ficavam em exposição permanente em seu atelier na Convívio Galeria, à Rua 9 de Julho, 533 - já não mais existente. Participou de inúmeras exposições desde 1968 em Salto, Piracicaba, Limeira, Campinas, Jundiaí, Itu e São Paulo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No <a href="https://youtu.be/PHA3c5VwjcM?t=28m43s" target="_blank">vídeo abaixo</a>, a partir dos 28 minutos e 43 segundos, é possível ver uma entrevista com Lydia Lobo, realizada em 1987 pela TV Cultura:<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/PHA3c5VwjcM?t=28m43s" width="640"></iframe></div>
<div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-19749823119724592762016-02-20T09:38:00.003-02:002018-12-06T10:26:16.768-02:00O granito de Salto<div style="text-align: justify;">
Em 2007, na tentativa de dar maior visibilidade ao <b>Parque de Lavras</b>, a Prefeitura de Salto decidiu construir uma praça que serviria de novo acesso ao referido parque, o que se mostrou um grande feito, visto que o turista que visitava o <b>Monumento à Padroeira</b> muitas vezes não se dava conta da existência de um outro espaço aberto à visitação, à distância de poucos metros. Era necessário aproveitar esse fluxo de turistas, o maior da cidade. Foi então que nasceu a <b>Praça do Granito</b>, concebida a partir do contexto geofísico e histórico do próprio espaço que se encontrava e da antiga prática de extração de pedras na cidade, que tinha naquele bairro um de seus pontos de referência. Lavras, inaugurado em 1992, passou então a receber mais visitantes. Esta postagem recupera parte do texto que foi produzido para integrar os painéis histórico-turísticos que concebi para o espaço, bem como registra a intervenção que ali foi feita.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTDFe0qHJTnNgGwjUAmQILIUIcb502qNVKJCp9ii5fl3XiKLIREg8mApEDzhhlchEU4AMUguNMrB2ba_dDIkO_ltZdloSYxcGDng8vfLNjkr-GIqcCFCG7xdjqkKF363RsyCgaKmAJE_g/s1600/HPIM3920.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="468" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTDFe0qHJTnNgGwjUAmQILIUIcb502qNVKJCp9ii5fl3XiKLIREg8mApEDzhhlchEU4AMUguNMrB2ba_dDIkO_ltZdloSYxcGDng8vfLNjkr-GIqcCFCG7xdjqkKF363RsyCgaKmAJE_g/s640/HPIM3920.JPG" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Trabalhador construindo muro na Praça do Granito, 2006.</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As fotos a seguir tirei no dia da inauguração da <b>Praça do Granito</b>, em 21/04/2007:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdX6gpzilo6NuTd0eMhgUbPc-79ZHt89hZjsaYdXECCV9KmjTJya3ZPkR4ke9hHQJ9bCleX7_g7LPY3ce59qfEtl6LV8xfhRj7boBfrQ-n1AmXToXOXLfDTxTrEdv_SlRIFaDCpbqHAN8/s1600/HPIM5107.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdX6gpzilo6NuTd0eMhgUbPc-79ZHt89hZjsaYdXECCV9KmjTJya3ZPkR4ke9hHQJ9bCleX7_g7LPY3ce59qfEtl6LV8xfhRj7boBfrQ-n1AmXToXOXLfDTxTrEdv_SlRIFaDCpbqHAN8/s640/HPIM5107.JPG" width="480" /></a></div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQQKB3VbZn0vhL-Nzfoqm_M4yX1oY-WORTs1qtsm_igrguHTgGA8phpzkupseduHj5Hv98Ls_xeT9pyjJNy0YXvRcVhbBDM62tZydu3QUWFtzj9H56QIcNPHUA1y7g_X8KJq0JOr-AYtk/s1600/HPIM5109.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQQKB3VbZn0vhL-Nzfoqm_M4yX1oY-WORTs1qtsm_igrguHTgGA8phpzkupseduHj5Hv98Ls_xeT9pyjJNy0YXvRcVhbBDM62tZydu3QUWFtzj9H56QIcNPHUA1y7g_X8KJq0JOr-AYtk/s640/HPIM5109.JPG" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nicho com seis amostras de granitos existentes em Salto, com variações de cor e granulometria.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGh2nwiIZxgGRVHk0GJ-GgZMqjPJBAjtiM5LdZhN1cdXxx30Rg6253-YQ-epu7bdOA68oiym5tCcOeV6DBkn6fi0HdYWzZDztFrN6zjok5x3L9aoESCKQ7QJfl6FIGRPB0zxq5ptYvOfU/s1600/HPIM5110.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGh2nwiIZxgGRVHk0GJ-GgZMqjPJBAjtiM5LdZhN1cdXxx30Rg6253-YQ-epu7bdOA68oiym5tCcOeV6DBkn6fi0HdYWzZDztFrN6zjok5x3L9aoESCKQ7QJfl6FIGRPB0zxq5ptYvOfU/s640/HPIM5110.JPG" width="480" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma das amostras de granito existente em Salto.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcOAn2WSpzpOuyjg5ShLjrfGX-BL2pD5Bz5WDbqYD_OHAa8dTUu5FifaN2130QvkHja1TZ0L0pORQH9jJM1eI895i27aBuhfTRV3oekt9tIhCImpFXenRzBQ2x-2J33SRoG0mWZazrIVI/s1600/HPIM5111.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcOAn2WSpzpOuyjg5ShLjrfGX-BL2pD5Bz5WDbqYD_OHAa8dTUu5FifaN2130QvkHja1TZ0L0pORQH9jJM1eI895i27aBuhfTRV3oekt9tIhCImpFXenRzBQ2x-2J33SRoG0mWZazrIVI/s640/HPIM5111.JPG" width="480" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Escultura de Eugênio Teribelli, artista saltense, alusiva ao ofício de canteiro.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4PHVE4ug5ThFM7xUIXycuiqgEnuchx08U1PbD9pB2q4gfzTKiv-jI2sSZ4YMcvF5znPDJs26hYcDaSO9SqGESQ4ePujdbsI3Zq7ziAgobPnBGKuKXoMTsJTcPaprlM5ttWZNCjNqAeUM/s1600/HPIM5112.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4PHVE4ug5ThFM7xUIXycuiqgEnuchx08U1PbD9pB2q4gfzTKiv-jI2sSZ4YMcvF5znPDJs26hYcDaSO9SqGESQ4ePujdbsI3Zq7ziAgobPnBGKuKXoMTsJTcPaprlM5ttWZNCjNqAeUM/s640/HPIM5112.JPG" width="640" /></a></div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkbpPOpymwwu5L1A7yyexJM9Y6kh7Wuw3yxSoT4gtb52fd5cu7J_eiASYdRYLBVnovdttA1ebrQLDlR3rT-xcq7tDjnMkCjoGwgiIRQ2TxLmwDT6XpxwgGSLLBml1FThOZjhqoK5TuDnM/s1600/HPIM5113.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkbpPOpymwwu5L1A7yyexJM9Y6kh7Wuw3yxSoT4gtb52fd5cu7J_eiASYdRYLBVnovdttA1ebrQLDlR3rT-xcq7tDjnMkCjoGwgiIRQ2TxLmwDT6XpxwgGSLLBml1FThOZjhqoK5TuDnM/s640/HPIM5113.JPG" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Todas as pedras cortadas para construção da praça encontravam-se no próprio espaço.<br />
Não houve "importação" de granito. Os trabalhos foram conduzidos por Olívio Parentella.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNLRCI_94VW_QjKT5ZpwzoO3qkhShNr2AqnJfLWwq7YXTeYBl_PybARCZ-o4UefjmRQMW3Xmvc-AeezO8oPW5nhHoMjKV39itZw2WMT7wlsgPkH8j5d7WTiBZiA_LS6oXgqFRyGdePim0/s1600/HPIM5114.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNLRCI_94VW_QjKT5ZpwzoO3qkhShNr2AqnJfLWwq7YXTeYBl_PybARCZ-o4UefjmRQMW3Xmvc-AeezO8oPW5nhHoMjKV39itZw2WMT7wlsgPkH8j5d7WTiBZiA_LS6oXgqFRyGdePim0/s640/HPIM5114.JPG" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aspecto central da Praça do Granito, com "casinha" que serve de guarita.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7RYEK7HwV1ZZ5dlxagiNr0LujLjsOrl025nKPBDw0iHKY2izD9J2tVflZEPz30ec5ObKVCqPRu_o7mo8MqUeQX5etAh0mmy6GXZLHzu2kz0ZCgBuGWRsX-e8vXndk1vFsDFglH91UKtg/s1600/HPIM5116.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7RYEK7HwV1ZZ5dlxagiNr0LujLjsOrl025nKPBDw0iHKY2izD9J2tVflZEPz30ec5ObKVCqPRu_o7mo8MqUeQX5etAh0mmy6GXZLHzu2kz0ZCgBuGWRsX-e8vXndk1vFsDFglH91UKtg/s640/HPIM5116.JPG" width="480" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Um dos painéis integrantes da praça. Ao fundo, área de lazer para as crianças.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLqA4fKHr-NA9XGpu3uhK-DKxNWMAsoXAGP4tmkl5BuNa5OtWxSEQJXM6Xn_-lcWN_pyeElo65CLo8Lam1rfghWlXw8qeapvHW39Nox-63aVvyT94fPIhJeER-DInlTPCYDCNGd8nclPs/s1600/HPIM5117.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLqA4fKHr-NA9XGpu3uhK-DKxNWMAsoXAGP4tmkl5BuNa5OtWxSEQJXM6Xn_-lcWN_pyeElo65CLo8Lam1rfghWlXw8qeapvHW39Nox-63aVvyT94fPIhJeER-DInlTPCYDCNGd8nclPs/s640/HPIM5117.JPG" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O cactos são presença constante na paisagem dominada pelo granito.</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrDNVyJEV30TzF0C4y5JaekYGUc8GUINCI9r4tXDq2FjLt1j1D8KA0rz1i8g4fdjaMKzg5gVgBWYLs9fKhqE-v4krnMYk95An1yydn-NrAuIoPBc-Df2nof4vX_0ewG8Nly-Pml7nM_UU/s1600/HPIM5118.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrDNVyJEV30TzF0C4y5JaekYGUc8GUINCI9r4tXDq2FjLt1j1D8KA0rz1i8g4fdjaMKzg5gVgBWYLs9fKhqE-v4krnMYk95An1yydn-NrAuIoPBc-Df2nof4vX_0ewG8Nly-Pml7nM_UU/s640/HPIM5118.JPG" width="480" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O totem de inauguração, concebido por Vanise Begossi.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O GRANITO DE SALTO</b> - O município de Salto possui uma grande reserva de granito, em especial uma variedade conhecida como <i>granito róseo de Salto</i> ou <i>granito vermelho de Salto</i>, que recebe ainda outros nomes. O granito encontrado apresenta variedades de granulometria, da mais grosseira à mais fina, conforme o tamanho dos grãos de minerais encontrados nas rochas. Existe também uma diversidade de tonalidades que podem ser encontradas, o que transformou a cidade num destacado fornecedor desse material no país, no século XX. Pelas suas qualidades, o <i>Granito de Salto</i> pode ser encontrado em obras de cantaria, executadas por trabalhadores saltenses, nos mais diversos locais. São exemplos os altares da Catedral da Sé, em São Paulo, da Basílica de Nossa Senhora Aparecida e da Catedral de Jataí, em Goiás. Ou os arcos na entrada do belo prédio da Bolsa do Café, em Santos, a escadaria principal da sede da Escola Superior de Agricultura (ESALQ), em Piracicaba, inúmeros túmulos maciços em cemitérios paulistanos, além de obras nos Estados Unidos e Canadá.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Informa-nos o químico Jeferson dos Santos, proprietário da Marmoraria Ico: <i>"Além da rocha Moutonnée, Salto possui uma grande reserva geológica de granito – o comercialmente chamado granito Vermelho Salto - entretanto o nome descrito no Departamento Nacional de Produção Mineral é Marrom Itu, apesar da exploração comercial das rochas serem feitas em Salto. O granito de Salto possui algumas diferenças de tonalidade e granulometria, porém a mais acentuada está relacionada com a granulometria da pedra. Na região do Santa Cruz e Cecap encontra-se uma rocha de granulometria grosseira onde os minerais puderam se desenvolver (a chamada grana grossa). Já na região do Bairro do Conte, além rio Tietê, os minerais do granito tem os grãos menores (a chamada grana fina)."</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisRff-S8N51W1yJb50-uDDKcftExeWo2E2C5TAgH3fnXop5T9lhcEZof1YJOhHTULZKm-bXTLvl8HaQokV6hi2qWeQVgC64MMJWcqmb9-jTlgYgFEz0y-s4j-UIcoHvQUVAia7DDBnly4/s1600/Casar%25C3%25A3o+de+Pedra+Dr.+Viscardi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisRff-S8N51W1yJb50-uDDKcftExeWo2E2C5TAgH3fnXop5T9lhcEZof1YJOhHTULZKm-bXTLvl8HaQokV6hi2qWeQVgC64MMJWcqmb9-jTlgYgFEz0y-s4j-UIcoHvQUVAia7DDBnly4/s640/Casar%25C3%25A3o+de+Pedra+Dr.+Viscardi.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O casarão do Dr. Viscardi, cujas bases são de granito vermelho de Salto, quanto ainda abrigava a Biblioteca, 2006.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>UM OFÍCIO TRADICIONAL</b> - O ofício de canteiro (voltado ao corte de pedras) surgiu em Salto quase na mesma época do seu despertar industrial, no final do século XIX. Famílias inteiras acabaram se dedicando a essa atividade, desenvolvendo uma técnica apurada e aprofundando um saber transmitido de geração a geração. Mesmo quando a indústria ainda garantia a maior parte dos postos de trabalho na cidade, a extração e o corte de pedras contribuíam como expressivos geradores de empregos. A arte dos canteiros de Salto marcou a paisagem urbana da cidade. Além das ruas calçadas com paralelepípedos, muitos prédios expressivos exibem elaborados blocos de granito em suas construções. As bases das antigas tecelagens e da estação ferroviária, a escadaria da Igreja Matriz, o casarão de pedra do Dr. Viscardi e a Usina de Lavras, estão entre os muitos exemplos encontrados. Vale salientar uma pequena diferença quanto ao ofício: quem corta, é o canteiro. E quem assenta o paralelepípedo nas ruas é o calceteiro. Em ambos os casos, muitos saltenses dedicaram grande parte de suas vidas a essas tarefas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUxVJIM3YJBrh9CX3gkG1txLjRm5g0OFtgMoer864LExEG-RnOEHJMHpv3-xMNc5MVIz5mKLClrkSzYfSG_OJOFZIwg64Uzj8CyIZfd2PuP9U_RlLy9acGtP667tQOFOjjSnDoYfNocLQ/s1600/Filme+156+Neg+003+-+Pedreira+e+Oficina+de+Cantaria+de+Granit.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="393" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUxVJIM3YJBrh9CX3gkG1txLjRm5g0OFtgMoer864LExEG-RnOEHJMHpv3-xMNc5MVIz5mKLClrkSzYfSG_OJOFZIwg64Uzj8CyIZfd2PuP9U_RlLy9acGtP667tQOFOjjSnDoYfNocLQ/s640/Filme+156+Neg+003+-+Pedreira+e+Oficina+de+Cantaria+de+Granit.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pedreira e oficina de cantaria na região que hoje é o centro de Salto, 1921.</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdSqW5BwXdbH_AlRET1NuWVDse0xY_qGpbtHgurWXFdQF6b6hhqKJ8GLXDRa8AMrPfN8TBQvxbN2GHvmDWScSufl0yhKnRv115RfDl-EnrqUoHfxgAgV6IyBdv2s10EVlmUZ2WGO7-U4/s1600/Filme+156+Neg+001+-+Pedreira+no+Bairro+da+Esta%25C3%25A7%25C3%25A3o+-+1947.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="438" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijdSqW5BwXdbH_AlRET1NuWVDse0xY_qGpbtHgurWXFdQF6b6hhqKJ8GLXDRa8AMrPfN8TBQvxbN2GHvmDWScSufl0yhKnRv115RfDl-EnrqUoHfxgAgV6IyBdv2s10EVlmUZ2WGO7-U4/s640/Filme+156+Neg+001+-+Pedreira+no+Bairro+da+Esta%25C3%25A7%25C3%25A3o+-+1947.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pedreira no bairro da Estação, 1947.</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK0BOKmplNnMdjGTSYHMlalHUfxtNvQVmHayFEMWogjyx1cwpnlA9p33E6WVeg5AeRH8k4PIQdH8sAEtPC0IGKosS9ndS9KkZzyZC3KW49pCQvAHjcT2PHbAXhlA-7HkR3uQFn8Xv2YKk/s1600/Filme+022+Neg+011+-+Avenida+Vicente+Scivittaro+em+reconstru%25C3%25A7.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="450" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK0BOKmplNnMdjGTSYHMlalHUfxtNvQVmHayFEMWogjyx1cwpnlA9p33E6WVeg5AeRH8k4PIQdH8sAEtPC0IGKosS9ndS9KkZzyZC3KW49pCQvAHjcT2PHbAXhlA-7HkR3uQFn8Xv2YKk/s640/Filme+022+Neg+011+-+Avenida+Vicente+Scivittaro+em+reconstru%25C3%25A7.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O trabalho dos calceteiros: colocação de paralelepípedos na Av. Vicente Scivittaro, 1972.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>MATACÕES</b> - Os matacões são grandes blocos de granito aglomerados. Cada um desses blocos sofreu erosão, de cima para baixo, criando a sua forma arredondada característica. São rochas com mais de 500 milhões de anos, surgidas no período Neoproterozóico (Pré-Cambriano superior). Ao mesmo tempo em que surgiam, formou-se o solo que encobria parcialmente as pedras. Mais tarde, esse solo foi lavado, deixando os grandes blocos expostos. Os matacões são típicos da paisagem natural dos arredores de Salto, que se localiza no ponto de ruptura entre duas regiões do Estado de São Paulo: o Planalto Atlântico e a Depressão Periférica. Essa queda no relevo é a responsável, por exemplo, pela existência da grande cachoeira no rio Tietê, que dá nome à cidade de Salto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqVwrgeo1SsDSomRFivgDRTgynebjrZiGYLxrTV2F4gTwUYom4GC2B1vyj_ffhMONjpuEm1JWGnUxdNqQiZcxvlxxH13tw4w-fIbyXQX6O44PoGO3pr_zozFIa0_Cr0VZc4IoervLu-5k/s1600/Matac%25C3%25B5es+Esta%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqVwrgeo1SsDSomRFivgDRTgynebjrZiGYLxrTV2F4gTwUYom4GC2B1vyj_ffhMONjpuEm1JWGnUxdNqQiZcxvlxxH13tw4w-fIbyXQX6O44PoGO3pr_zozFIa0_Cr0VZc4IoervLu-5k/s640/Matac%25C3%25B5es+Esta%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Matacões fazem parte da paisagem dos arredores de Salto. <br />
Nesta foto, matacões no bairro da Estação e Jardim Itaguaçu.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>O MAIS FAMOSO DOS GRANITOS -</b> A cidade de Salto possui um atrativo geológico que traz para cá pesquisadores de todo o Brasil: a <i>rocha Moutonnée</i>. Trata-se de um granito que, há cerca de 270 milhões de anos, teve a sua superfície marcada pela passagem de uma gigantesca geleira. Ficaram arranhaduras e depósitos de outros materiais sobre a rocha, comprovando a era do gelo, num período em que as terras de vários continentes ainda se encontravam unidas, formando o supercontinente que os cientistas chamam de <i>Gondwana</i>. O nome Moutonnée vem do francês, significando forma de carneiro, forma de um carneiro deitado no campo. Só existe mais uma formação rochosa com as mesmas características, em todo o mundo. Trata-se da <i>Glacier Rock</i>, na Austrália. Esse tesouro geológico pode ser conhecido no Parque da Rocha Moutonnée, a pouca distância do centro da cidade de Salto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh45Cqwm_t9QKQPlYLwPoESEaGgyuQCCGwlkGyOufM-hNjnFW6PYBnX-bz8Fzi8BqoaGq7TuxHFERTr3tNWK52j04STf17CC-5ydpj4P-5AtYQGFRvfZfQVoj-PMd8TuwOxT4rhR91Q0dQ/s1600/Rocha+-+dorso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="468" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh45Cqwm_t9QKQPlYLwPoESEaGgyuQCCGwlkGyOufM-hNjnFW6PYBnX-bz8Fzi8BqoaGq7TuxHFERTr3tNWK52j04STf17CC-5ydpj4P-5AtYQGFRvfZfQVoj-PMd8TuwOxT4rhR91Q0dQ/s640/Rocha+-+dorso.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Parte da Rocha Moutonnée, que tem seu parque específico. Nesta face estão marcas (estrias) da Era Glacial.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2490112327816703926.post-34017457357249319582016-01-28T21:02:00.003-02:002016-01-28T21:28:56.477-02:00Escravos em fuga, 1887<div class="tr_bq" style="text-align: justify;">
Transcrevo a seguir dois fragmentos do jornal <i>Imprensa Ytuana </i>que narram um episódio de fuga de escravos. O grupo, de passagem pelo território que hoje é Salto (à época ainda pertencente a Itu), enfrentou a força policial da cidade. Episódio muito interessante e pouco lembrado:</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-style: italic;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Fuga de escravos</b></div>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
LUCTA - FERIMENTOS</div>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
Às 9 horas e tanto da noite de domingo, foi a nossa cidade despertada de sua habitual monotonia, por boatos e noticias incovenientes, pelo terror que incutiam; dizia-se que a força local fora trucidada no caminho do Salto, lugar Cangica, por grande quantidade de negros completamente armados e que se dispunham vir de encontro a nossa população. Boatos é certo, comtudo não deixaram de levar certa preoccupação e sobresalto, despertando a população de modo a indagar e se informar do que acabava de se passar. Momentos depois chegava á cidade uma das praças completamente banhada em sangue a procura do delegado e lhe relatou o resultado da deligencia por elle determinada, que fora motivada por telegramma do inspector da povoação do Salto prevenindo que para esta cidade se dirigia grande quantidade de negros completamente armados e que podião pertubar a ordem publica. Chegados que forão ao lugar Cangica, presentirão grande vozeria e tropel, e como os negros apenas os avistassem dispararão as armas e aggredirão fortemente os soldados, que vencidos pelo numero, forão rechassados, e derão lugar a elles passar. Pela cidade passarão rapidamente, pela rua das Flores, em direcção a S.Paulo, sendo alguns á cavallo, mulheres crianças com cargueiros etc, em marcha apressada. O delegado não tendo mais força para ir ao auxilio das praças que lhe pareciam ter sido victimadas, reuniu grande numero de paizanos e pedio que fossem pela estrada a procura dos soldados. Emquanto esperavam pelo resultado d'essa diligencia, foi dado o signal de rebate pela insistência de boatos mais ou menos pouco tranquilisadores, que continuavão a se espalhar. Reunido regular numero de cidadãos, inclusive pessoas gradas mais ou menos preparados, atravessarão a noite de prevenção. Às 4 horas da madrugada apparecerão os cidadãos que tinhão seguido á procura das praças. Vierão com 4, achandose três seriamente offendidas, que confirmarão as noticias de seo camarada. Pelos conductores forão encontrados os três estendidos no chão, tendo o 40 ido para o Salto ver se podia telegraphar para o delegado. Como faltassem mais três, o delegado de policia em pessoa e com alguns cidadãos dirigio-se para o lugar do conflicto, na supposição de achar os mesmos mortos. Alli chegando ao amanhecer nada encontrarão; apenas bonets, refles, poças de sangue e signaes evidentes de encarniçada lucta. Quanto as praças que faltavão tinhão fugido pelas terras da fazenda Juri-mirim, apparecendo hontem de manhã cedo, pouco contundidas. Consta-nos que as aulhoridades judiciarias e o delegado de policia levaram o facto ao conhecimento do presidente da província. S. Ex.o sr. Presidente da Província e chefe de policia constanos, que telegrapharão pedindo informações dos acontecimentos. Hontem á tarde procedeu-se a corpo de delicto nas praças offendidas. Suppõe-se que os negros são procedentes de fazendas dos municípios de Monte-Mór e Capivary. O espirito da população continúa sobresaltado, predisposto a uma reacção imminente.</div>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<i style="text-align: justify;"><i>Imprensa Ytuana</i>, 18 de outubro de 1887.</i><i></i><br />
<i>
</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote style="text-align: justify;">
<br />
<b>Fuga de escravos</b></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
MAIS PORMENORES</blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
Às noticias que demos hontem pouco temos que acerescentar. Boatos e versões continuam, porem que nada offerecem de positivo e que sò servem para levar o alarma e o sobresalto a população. Consta-nos que os escravos que por aqui passarão na noite de 16, são pertencentes aos fazendeiros os srs. Antônio Dias e Bento Dias, que ficarão corra as suas propriedades inteiramente abandonadas. Consta-nos mais que por ordem do dr. Chefe de policia sahio de S. Paulo em direcção a estrada velha que vem á esta cidade, uma força de cavallaria. Os corpos dedelicto foram feitos sendo considerados leves os ferimentos. O policiamento que na véspera fora feito por paizanos para garantia da cidade, foi substituído pela torça vinda no expresso. Graças ao zelo e actividade do sr. Visconde de Parnahyba que tem tomado providencias, a população está um pouco tranquillisada, se bem que receie de um momento para outro a repetição das ocurrencias de 16. Hontem, segundo somos informados, indo alguns mocinhos procurar animaes ao pasto, junto à matta que margeia ao rio Pirapetinguy, quatro negros sahindo de uma capoeira, a elles dirigiram-se querendo arrebatar-lhes os cavallos em que montavam ; e como os mocinhos se oppuzessem aos seus intentos, declararam que ante-hontem chegaram dez Companheiros que aguardavam a chegada de mais quarenta, afim de acabar com os caboclos soldados da cidade. Entre esses quatro foi reconhecido um escravo do sr. Oliveira, estabelecido no Bairro Alto, actualmente ausente. Si bem que não nos responsabilisemos pela veracidade deste facto, em todo caso será prudente que as autoridades procurem saber o que ha de positivo sobre boatos desta ordem e que providencias não se façam esperar afim de tranquillisar a nossa população.<br />
<i></i></blockquote>
<blockquote style="text-align: justify;">
<i>Imprensa Ytuana</i>, 19 de outubro de 1887.</blockquote>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDi606527YZnSkApSWQte5Kk5ArddgoBYkNA1y6i6Nm18UEru6QAYeIzYh3YnnBskmWxHV1fe5fLDd71ZUgUNBxFndtvx09jQzRFAmhAoz7a4xG2syjHV5VKUAtKrC25fT8Fh47bVbiAo/s1600/LOCALIZA%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="331" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDi606527YZnSkApSWQte5Kk5ArddgoBYkNA1y6i6Nm18UEru6QAYeIzYh3YnnBskmWxHV1fe5fLDd71ZUgUNBxFndtvx09jQzRFAmhAoz7a4xG2syjHV5VKUAtKrC25fT8Fh47bVbiAo/s640/LOCALIZA%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">No círculo vermelho, a provável região do enfrentamento (bairro Canjica, às margens da Estrada do Jurumirim)</td></tr>
</tbody></table>
<br /><div class="blogger-post-footer">Blog: www.historiasalto.blogspot.com | Facebook: www.facebook.com/historiasalto | Instagram: instagram.com/historia.salto </div>Eltonhttp://www.blogger.com/profile/15904190831406508910noreply@blogger.com0