18 de novembro de 2009

Oradores saltenses do século XX

Oswaldo de Souza Aguirre (1896-1965)
Nasceu e faleceu em Santo André/SP, mas viveu a maior parte de sua vida em Salto, entre 1920 e 1950, onde foi sepultado. Foi escrivão de polícia no antigo prédio que abrigava a cadeia e a delegacia, na Avenida D. Pedro II, no local em que hoje se encontra o Fórum. Zeloso cumpridor de seu trabalho, também obteve destaque na comunidade saltense como orador eloqüente e sempre solicitado nos eventos cívicos ou quando da visita a Salto de autoridades de destaque.

Seu nome está fortemente associado à história da imprensa saltense, tendo colaborado em diversos jornais da cidade, a exemplo de O Ferrão, O Serrote, O Argus, O Povo, O Trabalhador. Foi ainda redator de O Saltense e diretor do Correio de Salto. Dentre seus escritos encontram-se até mesmo poesias. A sala de imprensa da Prefeitura de Salto, até a alguns anos atrás, recebia o seu nome – homenagem prestada em 1967. Foi diretor do clube Ideal, em 1928. Estava rotineiramente envolvido com as atividades das diversas sociedades e clubes locais.


Inauguração da sala de imprensa Oswaldo de Souza Aguirre, com a presença de Archimedes Lammoglia, Joseano Costa Pinto e Paulo Maluf, 1967.

Hélio Steffen (1923-1984)
Foi vereador de Salto por dois mandatos e prefeito entre 1956 e 1959. Durante os mais de trinta anos em que participou ativamente da vida social e política saltense, Hélio Steffen notabilizou-se como excelente orador, discursando em inúmeros eventos da comunidade ao longo de sua vida. Nasceu na Fazenda Cruz Alta, município de Indaiatuba, sendo filho de Christina Clemente e Eduardo Steffen. Veio para Salto ainda criança, estudando no Grupo Escolar Tancredo do Amaral. Posteriormente, estudou em Itu, na Escola Normal Regente Feijó, instituição na qual se formou professor, em 1950. Dez anos mais tarde, pela Faculdade de Direito de Niterói, diplomou-se advogado.

A partir de 1940 trabalhou como locutor numa rádio de Sorocaba, tendo passado também pela Rádio Mayrink Veiga, no Rio de Janeiro. No final dessa década, de volta a Salto, Steffen participou do Grêmio Teatral Antonio Vieira Tavares, então existente. Aprovado num concurso estadual, em 1951, foi trabalhar como fiscal de rendas na região de Dracena/SP, serviço ao qual se manteve ligado até se aposentar, por problemas de saúde. Em 1956 casou-se com Haydée Leal Nunes, tendo dois filhos.

Como prefeito, Steffen foi responsável por algumas ações significativas para a Salto daqueles tempos, como a construção da Escola Prof. Cláudio Ribeiro da Silva, o asfaltamento da estrada velha Salto-Itu e a aquisição do terreno no qual seria instalada a Escola Prof. Acylino do Amaral Gurgel, dentre outros órgãos, no Bela Vista. A estação de tratamento de água também foi viabilizada no seu mandato. Como empresário, dedicou-se ao ramo da cerâmica vermelha desde 1957.


Hélio Steffen, prefeito de Salto no final da década de 1950.

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Ouça o hino da cidade, "Salto Canção", na gravação de 1966