Em 16 de junho de 2008 foi exibido um filme no Auditório Gaó, de oito minutos, que editei de forma bastante simples, às pressas, e que contava um pouco da vida do historiador saltense Ettore Liberalesso, homenageado naquela ocasião com a entrega da Medalha Municipal do Mérito pelo poder público de Salto. Em fevereiro de 2010, já transcorrido mais de um ano e meio, reassistindo aquele pequeno vídeo, ocorreu-me a possibilidade de produzi-lo novamente, aprofundando-o, e desta vez com o auxílio de profissionais que pudessem dar um tratamento diferenciado às idéias que eu agora tinha em mente. E parti em busca de auxílio para isso.
Foi então que iniciei os trabalhos que resultaram no documentário em vídeo “O homem e a cidade: uma biografia de Ettore Liberalesso”, em parceria com o editor e cinegrafista Andrei Schoba, que de imediato se dispôs a trabalhar em conjunto. No meio do percurso, contamos com a colaboração do experiente fotógrafo e cinegrafista Edson Piron, responsável pela descoberta e preservação do filme mais antigo de nossa cidade, datado de fins da década de 1930. Elaboramos um roteiro, selecionamos entrevistados, buscamos patrocínios. Em meio ao esforço, nos pareceu impossível dissociar a história de vida do biografado da própria história da cidade: elas se fundem nos 60 minutos do vídeo. Foi a linha que seguimos na produção dessa biografia de Ettore, que é uma forma de agradecimento por seu trabalho e um registro às gerações futuras de um exemplo de dedicação à comunidade na qual se vive. Um trailer pode ser visto em: http://tiny.cc/l9xri
Ettore Liberalesso
Ettore sempre foi figura atuante em clubes, comunidades religiosas, comissões e sociedades locais. São exemplos dessa atuação seu envolvimento com a Sociedade São Vicente de Paulo, o Círculo Católico, a Sociedade Instrutiva e Recreativa Ideal, a Associação Atlética Saltense, a Assistência Vicentina Frederico Ozanam, as comissões de construção da Igreja de São Benedito, da Festa da Padroeira, além do Conselho Administrativo da Paróquia de Nossa Senhora do Monte Serrat. Desde 1979 é membro da Comissão de Nomenclatura de Ruas da Cidade, tornando-se o presidente desta em 1990.
Sua mais importante publicação, Salto: história, vida e tradição – é seguida de outras significativas contribuições, com destaque para a coluna semanal no Jornal Taperá, denominada “Arquivo”, mantida de 1990 a 2010 e que ocupava o espaço agora preenchido por “História e Memória”. As famílias saltenses foram abordadas em várias dessas colunas, que acabaram dando origem a um livro. Em 2009, Ettore lançou Salto: sua história, sua gente – publicação bilíngue e ricamente ilustrada com fotografias da cidade que é a sua paixão.
O envolvimento de Ettore com a implantação do Museu da Cidade de Salto foi decisivo. Como consultor da equipe de implantação, no início da década de 1990, não mediu esforços em sua atuação. Além da orientação histórica, sua participação foi especialmente importante na interface com os doadores das peças mais significativas hoje expostas. Assim sendo, o Museu é a própria materialização do sentimento que Ettore nutre por Salto e sua história. Nesse sentido, seu incansável trabalho como memorialista merece a consideração de toda a comunidade saltense. Documentando fragmentos do passado local em seus escritos, Ettore Liberalesso lega às gerações futuras a possibilidade de compreensão de uma Salto que não mais existe – compreensão esta indispensável para se entender e, especialmente, valorizar nossa cidade no tempo em que vivemos.
Nascido em 31 de março de 1920, o saltense Ettore Liberalesso é nome emblemático em nossa comunidade. Pertencente a uma geração que tem como conterrâneos Anselmo Duarte, Archimedes Lammoglia e Jota Silvestre (todos nascidos em 1920), Ettore é casado com Virgínia Soares Liberalesso – sendo pai de dois filhos. É avô e bisavô. Na infância, cursou, entre 1928 e 1931, o então Grupo Escolar de Salto – hoje Escola Estadual Tancredo do Amaral. Foi aluno de Benedita de Rezende, Alice Barbeito, Antonio Berreta e José de Paula Santos.
Aproveito a coluna desta semana para, além de trazer uma síntese biográfica do protagonista do nosso trabalho, convidar os leitores a acompanhar a primeira exibição do vídeo documentário. Ela ocorrerá no dia do 312º aniversário de Salto, 16 de junho, quarta-feira, como parte do Ato Solene a ser realizado na Sala Palma de Ouro – Centro de Educação e Cultura Anselmo Duarte, às 20h, sendo a entrada franca.
Entre 1933 e 1934, Ettore trabalhou para um senhor cego, Jorge de Souza, lendo jornais por 4 horas diárias. Em agosto de 1934, ingressou na Têxtil Assad Abdala, atual York. Meses mais tarde, transferiu-se para a Brasital, onde permaneceu até 1966, quando se aposentou. Nesse período de mais de 32 anos, Ettore foi pesador da fiação cascame, contínuo de escritório, esteve responsável pelo economato, trabalhou no escritório de pessoal, no departamento de contabilidade administrativa, foi correntista, datilógrafo, arquivista e correspondente. De 1967 a 1971, dirigiu a Auto Salto Administradora de Veículos. E entre 1973 e 1988, foi corretor de imóveis. Foi também vereador da Câmara Municipal de Salto, pela União Democrática Nacional, entre 1952 e 1959.
Foi então que iniciei os trabalhos que resultaram no documentário em vídeo “O homem e a cidade: uma biografia de Ettore Liberalesso”, em parceria com o editor e cinegrafista Andrei Schoba, que de imediato se dispôs a trabalhar em conjunto. No meio do percurso, contamos com a colaboração do experiente fotógrafo e cinegrafista Edson Piron, responsável pela descoberta e preservação do filme mais antigo de nossa cidade, datado de fins da década de 1930. Elaboramos um roteiro, selecionamos entrevistados, buscamos patrocínios. Em meio ao esforço, nos pareceu impossível dissociar a história de vida do biografado da própria história da cidade: elas se fundem nos 60 minutos do vídeo. Foi a linha que seguimos na produção dessa biografia de Ettore, que é uma forma de agradecimento por seu trabalho e um registro às gerações futuras de um exemplo de dedicação à comunidade na qual se vive. Um trailer pode ser visto em: http://tiny.cc/l9xri
Ettore Liberalesso
Ettore sempre foi figura atuante em clubes, comunidades religiosas, comissões e sociedades locais. São exemplos dessa atuação seu envolvimento com a Sociedade São Vicente de Paulo, o Círculo Católico, a Sociedade Instrutiva e Recreativa Ideal, a Associação Atlética Saltense, a Assistência Vicentina Frederico Ozanam, as comissões de construção da Igreja de São Benedito, da Festa da Padroeira, além do Conselho Administrativo da Paróquia de Nossa Senhora do Monte Serrat. Desde 1979 é membro da Comissão de Nomenclatura de Ruas da Cidade, tornando-se o presidente desta em 1990.
Sua mais importante publicação, Salto: história, vida e tradição – é seguida de outras significativas contribuições, com destaque para a coluna semanal no Jornal Taperá, denominada “Arquivo”, mantida de 1990 a 2010 e que ocupava o espaço agora preenchido por “História e Memória”. As famílias saltenses foram abordadas em várias dessas colunas, que acabaram dando origem a um livro. Em 2009, Ettore lançou Salto: sua história, sua gente – publicação bilíngue e ricamente ilustrada com fotografias da cidade que é a sua paixão.
O envolvimento de Ettore com a implantação do Museu da Cidade de Salto foi decisivo. Como consultor da equipe de implantação, no início da década de 1990, não mediu esforços em sua atuação. Além da orientação histórica, sua participação foi especialmente importante na interface com os doadores das peças mais significativas hoje expostas. Assim sendo, o Museu é a própria materialização do sentimento que Ettore nutre por Salto e sua história. Nesse sentido, seu incansável trabalho como memorialista merece a consideração de toda a comunidade saltense. Documentando fragmentos do passado local em seus escritos, Ettore Liberalesso lega às gerações futuras a possibilidade de compreensão de uma Salto que não mais existe – compreensão esta indispensável para se entender e, especialmente, valorizar nossa cidade no tempo em que vivemos.
Nascido em 31 de março de 1920, o saltense Ettore Liberalesso é nome emblemático em nossa comunidade. Pertencente a uma geração que tem como conterrâneos Anselmo Duarte, Archimedes Lammoglia e Jota Silvestre (todos nascidos em 1920), Ettore é casado com Virgínia Soares Liberalesso – sendo pai de dois filhos. É avô e bisavô. Na infância, cursou, entre 1928 e 1931, o então Grupo Escolar de Salto – hoje Escola Estadual Tancredo do Amaral. Foi aluno de Benedita de Rezende, Alice Barbeito, Antonio Berreta e José de Paula Santos.
Aproveito a coluna desta semana para, além de trazer uma síntese biográfica do protagonista do nosso trabalho, convidar os leitores a acompanhar a primeira exibição do vídeo documentário. Ela ocorrerá no dia do 312º aniversário de Salto, 16 de junho, quarta-feira, como parte do Ato Solene a ser realizado na Sala Palma de Ouro – Centro de Educação e Cultura Anselmo Duarte, às 20h, sendo a entrada franca.
Entre 1933 e 1934, Ettore trabalhou para um senhor cego, Jorge de Souza, lendo jornais por 4 horas diárias. Em agosto de 1934, ingressou na Têxtil Assad Abdala, atual York. Meses mais tarde, transferiu-se para a Brasital, onde permaneceu até 1966, quando se aposentou. Nesse período de mais de 32 anos, Ettore foi pesador da fiação cascame, contínuo de escritório, esteve responsável pelo economato, trabalhou no escritório de pessoal, no departamento de contabilidade administrativa, foi correntista, datilógrafo, arquivista e correspondente. De 1967 a 1971, dirigiu a Auto Salto Administradora de Veículos. E entre 1973 e 1988, foi corretor de imóveis. Foi também vereador da Câmara Municipal de Salto, pela União Democrática Nacional, entre 1952 e 1959.
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