“SALTO DE ITU (PIQUENIQUE DA FAMÍLIA DO DR. ELIAS ANTONIO PACHECO E CHAVES)”, 1886
José Ferraz de Almeida Júnior
Óleo sobre tela
135 x 199 cm
Coleção Museu Paulista da Universidade de São Paulo
José Ferraz de Almeida Júnior (Itu/SP, 1850 - Piracicaba/SP, 1899). Pintor. Ingressa na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, em 1869, onde tem aulas de desenho com Jules Le Chevrel (ca.1810 - 1872) e de pintura com Victor Meirelles (1832 - 1903). Conclui estudos em 1874, mas não concorre ao prêmio de viagem e retorna a Itu. Abre ateliê em 1875 e atua como retratista e professor de desenho. Em visita ao interior de São Paulo, o imperador dom Pedro II (1825 - 1891) impressiona-se com seu trabalho e concede-lhe uma bolsa de estudos para a Europa. Vive em Paris entre 1876 e 1882 e estuda na École National Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], sendo aluno de Alexandre Cabanel (1823 - 1889). Durante sua estada na capital francesa, participa de quatro edições do Salon Officiel des Artistes Français. Regressa ao Brasil em 1882 e expõe na Aiba as obras produzidas em Paris. Em 1883, instala ateliê em São Paulo. Em 1886, Victor Meirelles o convida para ocupar sua vaga na Aiba como professor de pintura histórica, mas o artista prefere permanecer em São Paulo. Uma parcela da crítica de arte brasileira o vê como o "pintor do nacional", pois, em suas telas figuram os costumes, as cores e a luminosidade regional, contrários à tradição eurocêntrica vigente na pintura acadêmica. Ao montar seu ateliê em São Paulo, em 1883, traz para a cidade paulista amadurecimento artístico e contribui para a formação de novos artistas, entre eles Pedro Alexandrino (1856 - 1942).
Almeida Júnior (1850-1899)
“SALTO DE ITU”, 1849
Hercule Florence
Aquarela sobre papel
21,5 x 36 cm
Coleção Cyrillo Hercules Florence
Antoine Hercule Romuald Florence (Nice/França, 1804 – Campinas/SP, 1879). Desenhista, pintor, fotógrafo, tipógrafo, litógrafo, professor, inventor. Chega ao Brasil em 1824. Trabalha no comércio e numa empresa tipográfica, antes de ingressar na Expedição Langsdorff como desenhista, entre 1825 e 1829, ocasião na qual concebe um método para a transcrição do canto dos pássaros denominado zoophonia. Reside na Vila de São Carlos (atual Campinas), onde inventa um processo fotográfico em 1833, batizado de photographie [fotografia]. É responsável por diversas outras invenções, entre elas a polygraphie [poligrafia], um sistema de impressão simultânea de todas as cores primárias. Em 1842, lança O Paulista - o primeiro jornal do interior da província de São Paulo - e, em 1858, imprime em sua litografia o Aurora Campineira, o primeiro jornal de Campinas. Seu talento múltiplo atrai a atenção do imperador dom Pedro II (1825 - 1891), que o visita em Campinas, em 1876. É autor de vários livros, entre os quais se destaca Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas, publicado em 1875.
Hercule Florence (1804-1879)
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