Os trabalhos para implantação do Museu da Cidade de Salto iniciaram-se no final da década de 1980. Para isso, foi contratada uma equipe coordenada pelo museólogo Julio Abe Wakahara, que trabalhou em conjunto com a Prefeitura, que tinha à época, na pasta de Cultura, o atual prefeito, sr. José Geraldo Garcia. A primeira etapa, visando a formação do Acervo Museológico, consistiu em visitas às casas das famílias mais antigas da cidade, realizando-se um primeiro mapeamento de possíveis doações, em grande parte efetivadas. Muitas outras doações vieram de comerciantes, instituições e empresas, sendo as peças de própria escolha do doador. Nessa etapa, o trabalho de Ettore Liberalesso, historiador local contratado pela equipe Julio Abe, foi de fundamental importância.
O Acervo Arquivístico constituiu-se igualmente por doações, destacando-se: Hemeroteca Anselmo Duarte, doada pelo cineasta saltense vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1962; coleção dos jornais da cidade O Trabalhador, O Liberal e Taperá – em séries contínuas cobrindo um período de mais de 50 anos; Registros de Estrangeiros, documentação policial que se estende de 1939 a 1963; acervo fotográfico de mais de 1700 negativos reproduzidos a partir de coleções particulares, concentrado nas primeiras décadas do século XX. Destaca-se ainda um conjunto de 34 depoimentos de antigos moradores, que constitui o Banco de História Oral de Salto, hoje integralmente disponível para audição na Internet.
Sobre o Acervo Bibliográfico vale ressaltar que, quando foi implantado, o Museu recebeu a doação de uma coleção de livros que pertenceram à Sociedade Italiana Giuseppe Verdi, integrante do Círculo de Leitura Dante Alighieri, composto basicamente por volumes em língua italiana trazidos por imigrantes entre o final do século XIX e início do XX, bem como por volumes incorporados através de remessas vindas da Itália durante o governo fascista de Benito Mussolini – movimento esse inserido no programa de propaganda patriótica para italianos residentes no exterior.
A população envolveu-se de fato no projeto de implantação do Museu, e este foi um dos marcos principais da empreitada, contando com a participação de diversas sociedades e grupos sociais do município. Tal postura vinha ao encontro da idéia de que o Museu local deveria ser formado por aquilo que os próprios moradores da cidade julgassem significativo para uma leitura de seu passado.
Outro aspecto peculiar da concepção museológica foi a opção por não se restringir apenas à sede do Museu, mas sobretudo integrá-la com a cidade por meio de outros pontos de seu território. Assim, em vários locais de Salto, os referenciais históricos foram articulados pela comunicação visual, constituindo-se um museu-percurso que evidenciava “a cidade industrial, sua história e o ambiente natural no qual ela se implantou”, como diziam os idealizadores do projeto. O papel da sede do Museu seria o de fornecer um caminho para se conhecer Salto, um ponto de partida. Visitando-a, o interessado receberia as informações fundamentais para, em um passeio externo, desvendar a cidade de forma mais ampla, através de seus núcleos externos e pontos de referência. Com o passar dos anos, alguns pontos tiveram seus painéis removidos. Contudo, desde 2007, gradativamente eles são recolocados.
Aspecto do diagrama que sintetizava a proposta museológica adotada.
O Acervo Arquivístico constituiu-se igualmente por doações, destacando-se: Hemeroteca Anselmo Duarte, doada pelo cineasta saltense vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1962; coleção dos jornais da cidade O Trabalhador, O Liberal e Taperá – em séries contínuas cobrindo um período de mais de 50 anos; Registros de Estrangeiros, documentação policial que se estende de 1939 a 1963; acervo fotográfico de mais de 1700 negativos reproduzidos a partir de coleções particulares, concentrado nas primeiras décadas do século XX. Destaca-se ainda um conjunto de 34 depoimentos de antigos moradores, que constitui o Banco de História Oral de Salto, hoje integralmente disponível para audição na Internet.
Sobre o Acervo Bibliográfico vale ressaltar que, quando foi implantado, o Museu recebeu a doação de uma coleção de livros que pertenceram à Sociedade Italiana Giuseppe Verdi, integrante do Círculo de Leitura Dante Alighieri, composto basicamente por volumes em língua italiana trazidos por imigrantes entre o final do século XIX e início do XX, bem como por volumes incorporados através de remessas vindas da Itália durante o governo fascista de Benito Mussolini – movimento esse inserido no programa de propaganda patriótica para italianos residentes no exterior.
A população envolveu-se de fato no projeto de implantação do Museu, e este foi um dos marcos principais da empreitada, contando com a participação de diversas sociedades e grupos sociais do município. Tal postura vinha ao encontro da idéia de que o Museu local deveria ser formado por aquilo que os próprios moradores da cidade julgassem significativo para uma leitura de seu passado.
Outro aspecto peculiar da concepção museológica foi a opção por não se restringir apenas à sede do Museu, mas sobretudo integrá-la com a cidade por meio de outros pontos de seu território. Assim, em vários locais de Salto, os referenciais históricos foram articulados pela comunicação visual, constituindo-se um museu-percurso que evidenciava “a cidade industrial, sua história e o ambiente natural no qual ela se implantou”, como diziam os idealizadores do projeto. O papel da sede do Museu seria o de fornecer um caminho para se conhecer Salto, um ponto de partida. Visitando-a, o interessado receberia as informações fundamentais para, em um passeio externo, desvendar a cidade de forma mais ampla, através de seus núcleos externos e pontos de referência. Com o passar dos anos, alguns pontos tiveram seus painéis removidos. Contudo, desde 2007, gradativamente eles são recolocados.
Aspecto do diagrama que sintetizava a proposta museológica adotada.
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