4 de setembro de 2008

As tecelagens pioneiras

O despertar de Salto ocorreu no último quarto do século XIX, por conta da instalação de indústrias. A posição geográfica privilegiada, junto à cachoeira, foi fator decisivo para os primeiros investimentos fabris – dada a possibilidade do aproveitamento energético. A chegada da ferrovia, com a instalação dos trilhos da Companhia Ituana de Estrada de Ferro, em 1873, também influenciou.



Construção da usina da fábrica Fortuna junto à cachoeira, 1903.


Em 1875, o empresário José Galvão da França Pacheco Júnior inaugurou a primeira fábrica de tecidos na margem direita do rio Tietê, batizando-a de Júpiter. Pouco depois, em 1882, o Dr. Francisco Fernando de Barros Júnior, político republicano conhecido por Pai dos Saltenses, inaugurou a sua tecelagem, à qual deu o nome de Fortuna, poucos metros abaixo daquela pioneira.



Em primeiro plano, o rio Tietê correndo por entre matacões.
Ao fundo, prédios das tecelagens pioneiras e a então Rua do Porto, 1903.


Essas duas tecelagens pioneiras passaram, em 1904, às mãos de um único grupo industrial, a Società per l'Esportazione e per l'Industria Italo-Americana. Em 1919, seu patrimônio foi vendido à Brasital S/A, que permaneceu como proprietária de todo o complexo fabril até 1981. A partir deste ano, passou para o controle do Grupo Santista, que manteve a fábrica em funcionamento até 1995. Hoje, os diversos blocos abrigam um centro universitário.



O mesmo ângulo da imagem acima, já com as torres da Brasital, 1950.



Os industriais pioneiros: José Galvão (esq.) e Barros Júnior.




Curto vídeo de época que mostra a industria têxtil Brasital, a cidade de Salto e a Escola Anita Garibaldi.

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Ouça o hino da cidade, "Salto Canção", na gravação de 1966