Os primeiros pescadores das águas do rio Tietê foram os índios guaianás ou guaianazes, cuja aldeia situava-se nas proximidades do Ytu Guaçu. Pontas de flechas encontradas nas imediações da Ilha Grande, localizada poucos metros à jusante deste painel, atestam a presença indígena. Para esse grupo, a pesca era a base de sua dieta.
Relatórios de antigas expedições militares, montadas numa época em que interior do Estado de São Paulo era um “sertão bravio” – na terminologia da época – registram a abundância de peixes nas águas do rio Tietê e citam algumas das espécies mais comuns então encontradas: dourados, saupés, pacus, piracanjubas, surubins, piracambocus, jaús, piracauxiaras, tabaranas, traíras, bagres e cascudos.
No século XIX, a pesca garantia a subsistência de alguns moradores dessa região, antes da instalação das primeiras tecelagens. Em 1844, por exemplo, o pescador Manoel Roiz da Silva pediu permissão à Câmara de Itu para fazer um girão de pesqueiro abaixo do Salto, no lugar então denominado Tumbador.
No início do século XX, com as primeiras tecelagens já instaladas, surgiram conflitos entre os industriais e os moradores que desejavam pescar na margem direita. O acesso aos pontos mais piscosos exigia o trânsito por áreas que os industriais consideravam de sua propriedade. Diante disso, dificultavam ao máximo o acesso. A instalação da Ponte Pênsil relaciona-se a esse processo.
A partir da década de 1920, viveu na Ilha Grande o pescador sírio conhecido por Chico Turco. Eram famosos os seus viveiros de peixes: grandes gaiolas imersas, nas quais o cliente escolhia ainda vivo o peixe desejado. Até a década de 1950, pescar no rio Tietê era algo possível aos saltenses. Após essa data, a gradativa chegada da poluição paulistana afastou os pescadores. Embora os peixes ainda existam, a contaminação das águas em nossa região impede a atividade pesqueira. Resta-nos, hoje, a esperança do retorno a uma época em que o rio também era visto como uma fonte saudável de alimentos.
Chico Turco exibindo o resultado de uma única noite de pesca no rio Tietê, 1928.
Relatórios de antigas expedições militares, montadas numa época em que interior do Estado de São Paulo era um “sertão bravio” – na terminologia da época – registram a abundância de peixes nas águas do rio Tietê e citam algumas das espécies mais comuns então encontradas: dourados, saupés, pacus, piracanjubas, surubins, piracambocus, jaús, piracauxiaras, tabaranas, traíras, bagres e cascudos.
No século XIX, a pesca garantia a subsistência de alguns moradores dessa região, antes da instalação das primeiras tecelagens. Em 1844, por exemplo, o pescador Manoel Roiz da Silva pediu permissão à Câmara de Itu para fazer um girão de pesqueiro abaixo do Salto, no lugar então denominado Tumbador.
No início do século XX, com as primeiras tecelagens já instaladas, surgiram conflitos entre os industriais e os moradores que desejavam pescar na margem direita. O acesso aos pontos mais piscosos exigia o trânsito por áreas que os industriais consideravam de sua propriedade. Diante disso, dificultavam ao máximo o acesso. A instalação da Ponte Pênsil relaciona-se a esse processo.
A partir da década de 1920, viveu na Ilha Grande o pescador sírio conhecido por Chico Turco. Eram famosos os seus viveiros de peixes: grandes gaiolas imersas, nas quais o cliente escolhia ainda vivo o peixe desejado. Até a década de 1950, pescar no rio Tietê era algo possível aos saltenses. Após essa data, a gradativa chegada da poluição paulistana afastou os pescadores. Embora os peixes ainda existam, a contaminação das águas em nossa região impede a atividade pesqueira. Resta-nos, hoje, a esperança do retorno a uma época em que o rio também era visto como uma fonte saudável de alimentos.
Chico Turco exibindo o resultado de uma única noite de pesca no rio Tietê, 1928.
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