Casa da Rua José Galvão, 26/32.
Casa da Rua José Galvão, 18.
Rua curta no centro velho da cidade de Salto, a José Galvão é um prolongamento da José Weissohn (antiga Rua do Porto) que, após chegar à Rua 9 de Julho, muda de nome. Segue até a ponte sobre o rio Jundiaí, tendo apenas 3 quadras de comprimento. Essa rua tem algumas particularidades que merecem destaque. Primeiro, é nela que se localiza o Museu da Cidade de Salto e o antigo Teatro Verdi – mas não é somente por isso que a mencionamos aqui. No século XIX era chamada de Rua Alegre ou Rua da Estação e, em 1908, foi dado oficialmente a ela o nome de José Galvão de França Pacheco Júnior. Nascido em Itu em 19 de janeiro de 1834, Galvão foi o pioneiro da indústria têxtil em Salto. Iniciou a construção de sua fábrica em 1873 – mesmo ano da chegada da ferrovia, com a instalação da estação de Salto – inaugurando-a em 1875 e dando-lhe o nome de Fortuna. Na comunidade saltense que então se avolumava no final do século XIX, muito em virtude dos braços trazidos para trabalharem em seu empreendimento, Galvão era figura de destaque. Faleceu em 30 de março de 1889.
Atualmente, o movimento da rua não é dos mais intensos, mas a tendência é que a alegria e o vínculo com a antiga estação ferroviária retornem ao cotidiano dessa rua, com a instalação do Trem Republicano – um projeto que interligará as cidades de Itu e Salto por meio de uma maria-fumaça. Ocorre, no entanto, que o potencial desse trecho vem sendo subestimado. Atrás da José Galvão se encontra o Bairro da Barra, com um potencial todo particular que merece uma reflexão numa coluna à parte. Algumas das mais antigas edificações de Salto se encontram no quarteirão da José Galvão que antecede a ponte sobre o rio Jundiaí. Acima, destacamos algumas delas em fotografias. No lado par da rua, à esquerda de quem a percorre de carro, estão duas casas térreas. Uma delas, de fachada amarela, mais vistosa, chama especialmente a atenção por suas janelas com arcos ogivais. Outra, menor, no estilo porta e janela, tem características originais das primeiras ocupações dessa porção da cidade, na virada do século XIX para o XX. Ambas há muitos anos encontram-se abandonadas, estando a primeira delas à venda. No lado ímpar da rua temos dois grandes sobrados, modificados por reformas nas últimas décadas, mas que mesmo assim conservam sua imponência e importância histórica – merecendo também atenção diferenciada por parte da comunidade.
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