Nesta semana foram expostos à imprensa e à população saltense os projetos das alterações previstas para a estrutura até então conhecida por Concha Acústica, além do seu entorno, que dentro de poucos meses passará a se chamar Pavilhão das Artes.
As construções pioneiras naquela porção da hoje denominada Praça Archimedes Lammoglia datavam do século XIX. Uma delas, situada na cabeceira da ponte Salto-Itu e que pertenceu a José Bonifácio, o Moço – político do Segundo Reinado – foi demolida em 1913. A outra, mais ao centro da praça, abrigou desde 1936 a Escola Paroquial, mais tarde denominada Externato Sagrada Família. Era um casarão datado de fins do século XIX, que antes abrigava um hotel.
Em meados da década de 1950 ocorreu uma permuta de terrenos entre a Prefeitura e o coleginho das freiras, que fora transferido para um terreno na Avenida Dom Pedro II. Em 1958, na gestão do prefeito Hélio Steffen, ocorreu a demolição do antigo casarão, ficando o espaço livre para a remodelação da praça.
A pressa em demolir o casarão não se aplicou nas obras para um novo uso daquele espaço. Idas e vindas ocorreriam e por mais de três anos a obra – iniciada pela empresa Cunha Lima Carvalhosa – ficaria parada. Nova concorrência pública foi aberta, sendo vencida pelo grupo do arquiteto João Walter Toscano, o mesmo responsável pela remodelação do Jardim Público existente ao lado. A promessa era de concluir a obra em até um ano.
A inauguração da Concha Acústica ocorreria apenas em 7 de abril de 1963, com a bênção do Monsenhor João da Silva Couto, pároco da cidade, e discurso do prefeito Vicente Scivittaro, queima de fogos de artifício e apresentação de artistas do rádio e da televisão com algum destaque à época.
Abaixo, algumas fotos da Concha Acústica recém inaugurada:
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