Texto de José Francisco Archimedes Lammoglia (1920 – 1996)
Nestas palavras, desprovidas de qualquer intenção literária, todavia, sinceras e espontâneas, procurei homenagear SALTO. Nelas há um pouco de tudo: as suas lutas, suas conquistas, suas tradições; seus tipos populares e aqueles que, não medindo esforços, com sua ousadia e altivez, concorreram para a formação de nossa história. Claro está que não me seria possível citar a todos nominalmente, embora, de uma forma ou de outra, através da evocação de um fato ou acontecimento, implicitamente, não deixaram de ser lembrados. É, pois, meu desejo que, nelas, os jovens filhos de Salto, encontrem a inspiração necessária, para continuar a fazê-la forte e próspera, a exemplo daqueles que nos antecederam e dos que ainda, nesse sentido, continuam a porfiar. Dessa forma, acredito que, despretensiosamente, prestei uma homenagem a minha cidade, a quem todos os dias, desde que a deixei para as lutas da vida, uma parte do meu tempo e pensamento tenho dedicado, como uma prece obrigatória.
Nestas palavras, desprovidas de qualquer intenção literária, todavia, sinceras e espontâneas, procurei homenagear SALTO. Nelas há um pouco de tudo: as suas lutas, suas conquistas, suas tradições; seus tipos populares e aqueles que, não medindo esforços, com sua ousadia e altivez, concorreram para a formação de nossa história. Claro está que não me seria possível citar a todos nominalmente, embora, de uma forma ou de outra, através da evocação de um fato ou acontecimento, implicitamente, não deixaram de ser lembrados. É, pois, meu desejo que, nelas, os jovens filhos de Salto, encontrem a inspiração necessária, para continuar a fazê-la forte e próspera, a exemplo daqueles que nos antecederam e dos que ainda, nesse sentido, continuam a porfiar. Dessa forma, acredito que, despretensiosamente, prestei uma homenagem a minha cidade, a quem todos os dias, desde que a deixei para as lutas da vida, uma parte do meu tempo e pensamento tenho dedicado, como uma prece obrigatória.
1695
Salto nasceu,
Salto de Itu,
Salto de Salto!
Cresceu,
Aumentou,
Quadruplicou,
Espalhou;
Agigantou-se febril,
Impulsionando o Brasil!
Roteiro de glória
É a tua história...
Nasceu sob a égide da cruz!
Da gente que soube amar,
Aquele símbolo de Jesus,
No céu se pode contemplar,
O Cruzeiro
Está no teu roteiro...
Tentarei contar:
VIEIRA TAVARES,
Atravessando mares,
Seguiu com seu par de botas,
Águas do vetusto paulista,
TIETÊ da gigante conquista;
A direita da Cascata,
Do salto de outrora,
Sentou,
Descansou,
Sonhou...
Rompeu a aurora,
Não seguiu.
Parou.
O céu olhou,
O chão beijou,
A Capela plantou;
Pequenina Capela,
Simples, mas bela,
Sem enfeite,
Nem arte.
Que Casa hospitaleira
De nossa Mãe Padroeira,
Senhora do Monte-Serrate!
Venerada com devoção,
Por toda gente,
Da imensa região,
Que orando penitente,
Dedica o coração
A oito de Setembro,
Que jamais se finda
E se repetirá sempre,
Cada vez mais linda!
Depois,
A gente chegando,
Construindo,
Povoando;
Ao lado na Mãe piedosa,
Generosa,
Amantíssima,
Milagrosa,
Surgem casas,
Barracos,
Taperás,
Caminhos,
E feras!...
Pontes escoradas,
Pau-a-pique,
Picadas,
Sem calçadas...
Coisas do sertão,
Da mata
Que se abria
Para aflorar o rincão,
Que um dia
Mais do que o ouro,
Mais do que a prata,
Valeria,
O pedacinho
Que nascia
À direita da Cascata.
Os caminhos,
Feitos de sacrifícios,
E carinhos,
Foram desaparecendo;
Sumindo,
Alargando-se,
Endireitando-se,
Arruando-se!
Sul,
Leste,
Norte,
Oeste!
Tornou-se povoado,
Distante uma légua,
Da Itu histórica;
E sem trégua,
Como estrela que cintila,
Passou à Vila;
Vila e cidade perfeita,
Rua larga e direita.
Em promessa fervorosa,
Um dos Paula Leite,
De árvore frondosa,
Esculpiu a imagem poderosa,
Da VIRGEM e doou,
(Aquela que se queimou),
E na Igreja Velha a colocou.
Vila do Salto de Itu
Que a todos recebeu:
Escravos,
Portugueses,
Todos Bravos,
O espanhol,
O italiano,
Por isso cresceu;
E eu me ufano
De ser filho seu,
Imigrante honrado,
Que tem como Pátria
O solo que é meu;
O campo plantado
Pelo braço incansado...
Do nativo, do europeu!
Na vila
Calma,
Serena,
Tranquila,
A Indústria aparece
E se estabelece
Nova era,
Que prospera:
José Weissohn,
José Revel,
José Galvão,
Fizeram a imensidão.
A Ítalo-Americana,
Pioneira,
Fenomenal,
Desenvolve-se cada ano,
Passa a Brasital;
Com sede em Milano,
Constrói casa
“Atrás do céu”
E o trem soltando brasa,
Leva produto seu;
Estrada de Ferro Sorocabana,
Paralelas do Progresso,
No seu avanço,
Faz sucesso;
Com fumaça e faísca,
A máquina chispa
E o povo se arrisca,
Quer crescer.
A estação aumenta,
Bairros surgem:
Itaici,
Pimenta,
Olarias,
Melhorias,
Ninguém aguenta,
Apressam o crescimento
Momento a momento.
Salto vai indo,
Altivo,
Cativo,
Num burilar infindo!
“Fábrica de Papel”
Na América,
A primeira;
Novas casas,
Novos bairros,
Não há barreira,
Nem em baixo,
Nem no alto,
TUDO PELO SALTO!
“A Fábrica Nova”
Deu prova,
A do Otaviano,
Incendiou-se,
Acabou-se.
Doutor Viscardi,
“Pai do pobre”
Imigrante de alma nobre!
Doutor Pocci, Doutor Mário Rocha,
Doutor Barros Júnior,
Republicano do Distrito,
Seu nome ficou escrito;
Doutor Bicudo, Doutor Assis;
O bondoso Doutor Zé Ignácio...
E no Salto feliz
Esteve José Bonifácio!
Janeiro a agosto:
1912
Água e esgoto!
É Salto brilhando,
No mapa contido,
No coração escondido.
1917
Ninguém se intromete,
Passa a Município;
Novo surto
De vulto,
Novo princípio;
Indústria,
Comércio,
Lavoura,
Luz elétrica!
Enfim,
Belo jardim,
No seu marco,
À direita da Cascata!
Taperás!...
Cascata!...
Fulgurante,
De beleza sem igual,
Do barulho turbulante,
Nascia o ideal;
Hoje vive na saudade,
Como peça nacional!
É o progresso,
É o canal
Que vende a Brasital...
Fartura,
Depois crise
Sofre a criatura:
Enchente,
Revolução,
Doente,
Resignação;
Passa a tormenta,
Olha a amplidão,
O povo enfrenta
E o povo fomenta;
CONTINUA A CAMINHADA!...
Banda de música,
Orquestras,
Teatros,
Palestras,
Clubes,
Escolas,
Adultos,
Rapazolas,
Entusiastas
De sua faceira!
A “Banda da Santa”
Zequinha, maestro que encanta.
“Banda Brasileira”,
Castellari, Mauro, Totico
Requinta sonoro e bom,
Que firme sustenta o tom;
“Banda Italiana”,
Pradelli, Baldi, Dalla Vecchia,
Zuppardo, Ivo, Pasquoalim,
Depois “Gomes-Verdi”,
Tantos outros enfim;
Ecoa assim, a serenata,
Por entre o clamor da cascata,
Músicas maviosas,
Francas boemias,
As suas formosas,
As suas Marias.
Cinemas:
Lopes e Mazza. Pavilhão,
O Zé Pé-no-chão;
Pianista, Itaguassu,
Assim também em Itu;
Alzira, São Bento,
Ruy Barbosa, São José,
O Verdi,
E o que admiro
Até o “Cineminha do Ciro”
Grupos escolares,
Um primeiro,
Outro depois,
Tipos populares,
Revolução de 32!
Tita, homem direito,
Dez anos de prefeito,
Sucede Chiquinho Teixeira,
Honrado e de estilo,
Foi sucedido pelo Chichillo,
Souza Aguirre orador oficial,
Em toda data Nacional.
Contado em prova e verso,
Gaó percorre o universo,
Mostra o nosso tesouro,
Anselmo a Palma de Ouro,
Confirma o atestado,
Que deu o Secretário de Estado.
Beterelli com suas trovas
Sempre novas;
“Comeu formiga”
O flautista Taragim;
“Garrafinha virou”
A Miquelina,
Discurso sem fim
Do Jacomim.
Braveza e prosa,
O Hilário Zebu,
Bastião das Nuvens,
Busca o ariticu,
Não perde a fama,
A distribuir programa,
O Bastião Raposa;
Náne Pé-de-Pato,
Por ter pé chato,
Pernas em bodoque,
Luizinho Roque,
Sílvio Ribas, Henrique Tatângelo;
Guerino,
Desde menino,
Rato Branco,
No Salto risonho e franco;
“Lá tem cobra”
“Não sou guindaste”
“Não quero sobra”
“Não sou relógio”
É o Durico,
Mineiro Pobre,
Mineiro Rico;
O Zabé:
“Cantá, pulá,
Mai mió,
O grilo tá no jardim,
Cri-cri-cri,
Fai assim”
Zabé Bobo!
O Nhô Zé,
Zé Batatão,
Vira lobo:
Uma história,
Uma tradição,
Carroceiro,
Sacristão...
SALTO, assim é!
A risada do Urubatão,
O Fanfula do Franchiné;
Roquinho,
Filho do Chicão:
“Amendoim torradinho”
No cinema, na tourada,
No coreto, no circo,
No portão
Do futebol.
Futebol! Futebol!
Italo, o esquadrão,
Que deu paulista campeão!
SALTO X ITU
Confusão,
Briga,
Discussão;
Que espiga;
Polícia,
Sem malícia,
Tibúrcio, Dito Quarenta,
Nenhum sustenta,
Morteiro,
Rojão.
Coisas de irmão!
Padre Monteiro,
O melhor sermão,
Pregador da Festa;
Festa do SALTO,
Que assombro!
Na procissão,
A Padroeira passeava no ombro,
Hoje passeia na mão.
Não zangue, patrão!
Nas esquinas o bate-papo,
Itu é chamado “sapo”,
Revida ele, daí
Chamar Salto “mandi”,
Assim definidos,
Vivem hoje unidos.
Salto de Itu,
Itu da brasilidade,
A fidelíssima,
Roma brasileira,
Da Convenção;
Capital da Região,
Cidade lendária,
Da Virgem Candelária,
Nossa também,
CRISTO não nasceu em Belém?
Na festa todos vêem:
Bolas, bolinhas,
Balões,
Barcos, barquinhas,
Aviões;
Ciganas, Tiro ao alvo,
(Ponha sua carteira a salvo!)
Parques e rodas gigantes,
Luzes, músicas, alto-falantes;
Montanha Russa, Cavalinho de Pau,
Cus-cus, pastéis, mingau,
Pinguço, mulher barbada,
Churrasco, petisco,
Sorvete, soda-limonada;
A Procissão de São Francisco,
Pipocas, paçocas, torrão,
Café, chás, quentão,
Frango, cabrito, leitão;
Roupas feitas, presilhas, chinelas,
Relógios, calçados, blusões,
Máquinas, caçarolas, panelas,
Cadarços, cintos, fivelas;
Cantores, sambas, batuques,
Roletas, mágicos, truques,
Foguetórios e foguetões;
Na festa em benefício,
Com fogos de artifício,
O êxito é total,
E a canseira geral!
Temos ainda agora,
Romaria a Pirapora.
Escolas Municipais,
Rurais,
Coleginho,
Das filhas de São José:
Educação,
Carinho,
E fé;
Escola Anita,
Que palpita,
Ginásio,
Escola Artesanal,
Colégio Industrial,
Escola Normal!
Os professores,
Que primores!
Beliscavam,
Mas ensinavam...
Baxixa, o Paula Santos,
Berreta, João César, Celino,
Rigorosos como tantos;
Cláudio Ribeiro, Bruno, Lordelo,
Austeros, decisivos, modelo,
Joana, Argentina, Cornélia,
Põem em suspense;
Ana Rita, a primeira Saltense,
Argelina, Dinorah, Isabel,
Desfazem a Torre de Babel;
Georgina, Elisa, Laurinda,
Severiano, saudade infinda,
Antonieta, Nair Colli, Rosária,
Antônia Laghi, Plínio, Alice,
Incutem a letra primária;
Motta Navarro, Celina, Serafina,
Otília, Helena, Benedita Rezende,
Com ardor o Salto defende;
Hermelinda, Lucinda, Transvalina,
Maria Ferraro, Cotinha, Maria Augusta,
Nossa homenagem justa;
Lourdes Carvalho, Belica, Jandira,
Gratidão nos inspira;
E outras formam a plêiade,
Que ensinou mestres, engenheiros,
Médico, operário, dentista,
Farmacêutico, advogado, cientista,
Homem do comércio, espectador, artista;
Anastácio, Frias, Paulito,
Gertrudes, Geraldo, Florindo,
Completam o buquê tão lindo.
Progresso!
Progresso!
Progresso!
Sem recesso.
O calçamento,
Major Garrido,
Homem querido,
Foi o pensamento,
Fazia dupla,
Doutor Mendonça
Ficava onça
Pelo tempo perdido;
Centro Popular
De Educação Física e Moral,
Concentrando a criança,
Evoluindo os pais,
Arregimentando os mestres,
Felicitando casais,
Assim começou,
Não parou mais.
“SOU SAPECA,
SOU SAPECA,
PERERECA”
Carnaval,
Pancadão,
Com boizinho,
Banda infernal,
Hoje só de salão...
Esporte avança,
Corinthians,
Que lembrança,
Campeão da Apea!
Ipiranga,
Outro valente,
Astro da Via Láctea;
Juntaram-se,
Uniram-se,
Associaram-se...
Atlética Saltense,
Simpática agremiação,
“A Gloriosa”
Honra e tradição,
Saltense do coração;
Rompe o Guarani,
Cacique,
De briosa equipe,
Popularidade,
Ao derredor e na cidade,
“O mais querido”
Nunca se deu por vencido;
Da refrega descansa,
Vem a bonança
E com ela os amadores,
Outros amores;
XV de Novembro
“Rei da Vila”
Nacional
“O maioral”
Emas,
“Das surpresas, o tal”;
Canto do Rio,
“Apaga qualquer pavio”
Avenida
“Canarinho da Ilha”
Estudante,
Há muito palmilha
Sua trajetória brilhante;
Sivat
Não é nula
Hoje o caçula.
A Siri, o Ideal,
A Siros, do operário,
Tudo igual,
Sociedade repositário,
Do povo fabuloso,
Grandioso,
Extraordinário!
Cooperativa,
A expectativa,
Do calendário,
Sociedade Italiana,
Socorro Mútuo,
Com a farmácia,
Prestando serviço
À economia
É vista com simpatia.
São Vicente de Paulo,
Coisa louca,
Como si, muito pouca!
Tudo aqui é organizado,
O respeito é primado;
Prefeitura,
É a estrutura.
Câmara Municipal,
Sindicatos, Rotary,
Associações religiosas,
Não religiosas,
Entidades,
Reúnem felicidade;
Para todos e em todos,
Com sinceridade,
SALTO, é desse jeito!
Coisa que enche o peito!
Toda sorte de atividade,
No velho, na mocidade,
Preocupados em vencer,
Razão que fez Salto crescer,
E o mundo conhecer,
Através de seus filhos,
Que não temem empecilhos!
São Francisco, Três Marias,
Buru das Romarias,
Vila Teixeira, Vila Nova,
Porto do Góes, Ponte Caída,
Estação mui conhecida,
Bela Vista ou Risca Faca,
Ex-Lageado não impaca,
Guaraú, Pedra Branca,
Conceição, Piraí,
Boa Vista, a daqui,
Chapada e Castanho,
Morro Vermelho,
Hoje é estranho.
Tudo cresce,
Tudo floresce,
Na SALTO querida,
Fazendo feliz a vida!
Effori, Dario, Conte,
Peixoto, Pelis, Barcella,
Rodrigues, Puentedura, Casalli,
Emas, Cerâmicas, Eucatex,
Sivat, Picchi, Baldi,
Bergamo, Carra, Galafassi,
Fabbri, Piratello, Begossi,
Grenci, Maniero, Irmãos Telesi;
E tantos outros cooperadores,
Lavoura, Comércio, Bancos,
São os construtores!
Temos tudo,
Fazemos tudo,
Tudo damos,
Em todos os ramos,
Diria como o soprano,
Cantando em italiano,
“Ecco populo la questione”
Ao sabor do champanhe,
Do Donalísio
E do Milioni,
Na cidade simpática,
Que também cura ciática!
Padre Lourenço,
Padre Pepe,
Padre Arthur,
Projeto do Scarano,
Elaborou com plano;
Monsenhor Couto,
Venerando,
Que a Matriz constrói,
A outra o incêndio destrói,
No entanto, mais se anima,
As bênçãos vem de cima,
Constrói e orienta tudo aquilo,
Do Isolamento fez o Asilo
E do progresso o veredito:
Paróquia de São Benedito!
Católicos,
Apostólicos,
Espíritas,
Crentes,
Protestantes,
Não há ateus,
A terra é de DEUS,
Para o homem,
Sem brigas,
Nem intrigas;
Estas somem
No ardor da luta;
A união é pronta,
O amor desfruta,
A paz desponta,
SALTO, assim é
Na esperança,
No amor,
Na fé!
O povo é todo valente,
Valoroso,
Vibrante,
Fabuloso;
Do Tietê ao Lageado,
Do Jundiaí ao Ajudante,
Neste imenso quadrado,
De trabalho fecundo,
É uma só família,
Em todo este mundo,
De harmonia e compreensão:
Estrangeiros,
Brasileiros,
Paulistas ou não,
Querem ver grande
Esta amada Nação;
País, Esperança do Hemisfério,
Neste rincão desde o Império;
“SOU SAPECA,
SOU SAPECA,
PERERECA”...
Quando tínhamos Monarca,
Aqui esteve o Patriarca;
SALTO, eu te saúdo em toda época!
Eu te beijo agora, SALTO COMARCA!
Archimedes Lammoglia
Agosto de 1966
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